Notícias e novidades

FENASAN 2022 acontece de 13 a 15 de setembro no Expo Center Norte – São Paulo – SP

Promovida há 33 anos consecutivos pela AESabesp – Associação dos Engenheiros da Sabesp, o Encontro Técnico da AESabesp – Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente é considerada como o maior evento do setor na América Latina.FENASAN 2022

FENASAN

Entre visitantes da Feira e congressistas do Encontro/Congresso, o evento recebe em torno de 22.000 pessoas em cada edição anual. Seu público é formado por executivos, técnicos, empresários, estudantes, gestores e pesquisadores de órgãos públicos e privados, acadêmicos e demais interessados no avanço da aplicação dos conhecimentos em saneamento ambiental, resultando numa das visitações mais qualificadas das realizações do setor.

A Fenasan tem como objetivos principais o fomento e a difusão da tecnologia empregada no setor de saneamento ambiental, bem como a troca de informações, a demonstração de produtos e o desenvolvimento tecnológico de sistemas empregados no tratamento e abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem das águas pluviais, análises laboratoriais, adução e abastecimento e sistemas de coleta, e disposição final e manejo de resíduos sólidos, reunindo os principais fabricantes e fornecedores de materiais e serviços para o setor de saneamento e de segmentos correlatos.

TELEMETRIA DO SANEAMENTO – Solução completa para o controle da água e esgoto do seu município.

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

FENASAN – Galeria de fotos

FENASAN 2022 – Faça a sua inscrição clicando na imagem

FENASAN 2022

E-book Projeto Completo e Gratuito de Sistema de Telemetria da Distribuição Municipal de Água

Este e-book foi feito para você que deseja saber tudo sobre como criar o sistema de telemetria de água e esgoto para a sua cidade.  O e-book contém um projeto completo para você desenvolver e implantar um sistema de automação, controle e tele supervisão de reservatórios, elevatórias e estações de tratamento de água e esgoto.

Leia também

ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento

ASSEMAE é uma organização não governamental sem fins lucrativos, criada em 1984. A Entidade busca o fortalecimento e o desenvolvimento da capacidade administrativa, técnica e financeira dos serviços municipais de saneamento responsáveis pelos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo dos resíduos sólidos e drenagem urbana. Saiba mais

50º CONGRESSO NACIONAL DE SANEAMENTO DA ASSEMAE

O 50º CNSA da ASSEMAE aconteceu em Porto Alegre de 9 a 13 de maio de 2022 e discutiu perspectivas da regionalização do saneamento básico. A lei 14.026/2020 foi analisada por especialistas de diferentes instituições. Cerca de três centenas de inscritos no 50º Congresso Nacional de Saneamento da ASSEMAE (CNSA) acompanharam na quarta-feira (11/5) um debate que reuniu convidados para debater o modelo de regionalização do saneamento básico previsto na Lei 14.026/2020. Saiba mais

Programação do congresso da ASSEMAE

Veja aqui os trabalhos apresentados no congresso da ASSEMAE.

Feira de saneamento da ASSEMAE

A feira foi estruturada com 54 estandes de exposição. Veja aqui as empresas expositoras.

Alfacomp na Feira de Saneamento da ASSEMAE

A Alfacomp esteve presente na Feira de Saneamento da ASSEMAE, apresentando as novas tecnologias para a automação e telemetria do saneamento.

A Alfacomp apresentou a TELEMETRIA DE ÁGUA E ESGOTO com LoraWan

Trata-se de um sistema eletrônico de automação, monitoração e controle dos reservatórios e estações elevatórias de água e esgoto, ETAs (Estações de Tratamento de Água), ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) e demais pontos de interesse como Boosters (Estações de Pressurização), VRPs (Válvulas Reguladoras de Pressão) e pontos de medição de pressão e vazão da rede de distribuição de água tratada. Todo o controle se dá no CCO (Centro de Controle e Operação).

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

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Por que implantar a telemetria com LoraWan?

Em um município sem sistema de telemetria, é a população que avisa a companhia de água e esgoto quando ocorre uma falha no abastecimento.

O sistema de automação e telemetria com LoraWan é necessário para:

  • Garantir o abastecimento da população;
  • Monitorar em tempo real o funcionamento de estações elevatórias, reservatórios, medidores de vazão e demais dispositivos elétricos e hidráulicos do sistema;
  • Armazenar e apresentar dados históricos sobre a qualidade do abastecimento;
  • Alarmar vazamentos, falhas de operação, falhas de equipamentos, intrusões, valores anormais de níveis, pressões e vazões;
  • Prevenir e minimizar perdas;
  • Enfim, garantir a qualidade dos serviços prestados.

O que é a tecnologia LoraWan?

LoRa é uma tecnologia sem fio, assim como o Wi-Fi, LTE, NB-IoT, entre outras. Seu potencial é infinito e foi criado para sua aplicação em IoT. LoRa deriva de (Long Range wireless communication) – Comunicação sem fio de longo alcance. Entre muitas de suas vantagens está a ampla faixa de cobertura e o baixo consumo de energia que proporciona. É a opção perfeita para soluções que requerem baixa largura de banda de dados e operação autônoma de longa duração, como é o caso da telemetria do saneamento.

O que é LoraWAN?

LoraWAN é o protocolo de rede que utiliza a tecnologia Lora. Esse protocolo é a camada superior da comunicação LoRa, e utiliza Media Access Control (MAC). LoraWAN é a camada de software que define como os dispositivos conectados usam a tecnologia LoRa. LoraWAN define os formatos de mensagem e a forma como as mensagens são trocadas entre os componentes da rede.

Como funciona a telemetria do saneamento com a tecnologia LoraWan?

O sistema de telemetria é composto por unidades remotas e por um CCO (Centro de Controle e Operação.

Dotado de computadores e monitores, o CCO permite que a equipe de operação supervisione e controle o funcionamento de todo o sistema de abastecimento de água do município. Do centro de operações é possível comandar de forma automática e manual o funcionamento de elevatórias, reservatórios, boosters, válvulas, comportas, macro medidores de vazão e qualquer outro dispositivo eletromecânico. Toda a comunicação se dá via rádio.

A comunicação entre as unidades remotas e CCO se pela aplicação de gateways Lora que transmitem e recebem dados da nuvem LoraWAN, através de concentradores de comunicação públicos ou privados.

Unidade remota de telemetria de reservatório com LoraWan

A forma mais usual para garantir o abastecimento de água em um bairro ou região de um município consiste em construir reservatórios em pontos elevados da área atendida, ou construir reservatório elevados quando a região é plana. A água é conduzida aos pontos de consumo por gravidade e o sistema de abastecimento municipal tem como missão, manter os reservatórios abastecidos.

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

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Unidade remota de telemetria de elevatória com LoraWan

Cabe à estação elevatória de água a função de manter o reservatório abastecido. Para tanto, a informação do nível do reservatório deve ser transmitida à elevatória para que essa, por sua vez, comande o funcionamento dos grupos moto bombas de maneira a manter o reservatório sempre com o nível dentro dos níveis predefinidos de operação.

A informação de nível de cada reservatório é repassada à sua respectiva estação elevatória pelo sistema da comunicação via rádio, centralizado no CCO.

Nesse tipo de configuração o reservatório terá dois níveis (set points) pré-definidos pela operação:

  • Nível de liga: O nível de liga é mais baixo que o nível de desliga e é aquele nível, que quando atingido, indica para a lógica de comando da elevatória que o grupo moto-bomba deve ser ligado.
  • Nível de desliga: O nível de desliga é mais alto que o nível de liga e é aquele nível, que quando atingido, indica para a lógica de comando da elevatória que o grupo moto-bomba deve ser desligado.

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

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A figura acima apresenta uma topologia típica de uma elevatória de água tratada  de um sistema de distribuição de água tratada municipal. O diagrama mostra os componentes básicos de uma elevatória composta por dois conjuntos moto bomba, principal e reserva, e apresenta também o reservatório abastecido por essa elevatória, que pode estar distante quilômetros da elevatória.

Painel de telemetria com LoraWan

A figura a seguir mostra um exemplo de unidade remota de telemetria utilizada na automação da estação elevatória e reservatórios.

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

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Outras feiras importante do saneamento

FENASAN – Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente

ABES –  Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Agenda de Cursos e Eventos

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FENSAN 2021 acontece de 14 a 16 de setembro no Expo Center Norte – São Paulo – SP

Promovida há 32 anos consecutivos pela AESabesp – Associação dos Engenheiros da Sabesp, o Encontro Técnico da AESabesp – Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente é considerada como o maior evento do setor na América Latina.FENASAN 2021 - Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente

Entre visitantes da Feira e congressistas do Encontro/Congresso, o evento recebe em torno de 22.000 pessoas em cada edição anual. Seu público é formado por executivos, técnicos, empresários, estudantes, gestores e pesquisadores de órgãos públicos e privados, acadêmicos e demais interessados no avanço da aplicação dos conhecimentos em saneamento ambiental, resultando numa das visitações mais qualificadas das realizações do setor.

FENASAN 2021 - Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente

A FENASAN tem como objetivos principais o fomento e a difusão da tecnologia empregada no setor de saneamento ambiental, bem como a troca de informações, a demonstração de produtos e o desenvolvimento tecnológico de sistemas empregados no tratamento e abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem das águas pluviais, análises laboratoriais, adução e abastecimento e sistemas de coleta, e disposição final e manejo de resíduos sólidos, reunindo os principais fabricantes e fornecedores de materiais e serviços para o setor de saneamento e de segmentos correlatos.

TELEMETRIA DO SANEAMENTO – Solução completa para o controle da água e esgoto do seu município.

FENASAN – Galeria de fotos

FENASAN 2021 – Faça a sua inscrição clicando na imagem

FENASAN 2021 - Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente

E-book Projeto Completo e Gratuito de Sistema de Telemetria da Distribuição Municipal de Água

Este e-book foi feito para você que deseja saber tudo sobre como criar o sistema de telemetria de água e esgoto para a sua cidade.  O e-book contém um projeto completo para você desenvolver e implantar um sistema de automação, controle e tele supervisão de reservatórios, elevatórias e estações de tratamento de água e esgoto.

SIMAE DE JOAÇABA – 20 ANOS DE TELEMETRIA DO SANEAMENTO

Queremos te contar uma história real sobre um sistema de telemetria do saneamento que funciona há mais de vinte anos nas cidades de Joaçaba, Herval d’Oeste e Luzerna no estado de Santa Catarina.

Este vídeo é uma homenagem às pessoas do SIMAE de Joaçaba que apostaram nessa tecnologia e permitiram à Alfacomp participar da criação e manutenção desse sistema de telemetria de água e esgoto.

O sistema de telemetria do saneamento começou a ser implantado em 1998, e os depoimentos mostrados no vídeo foram colhidos no ano de 2006.

 

A telemetria do saneamento contribuiu fortemente no combate às perda de água, e ajudou o SIMAE a conquistar prêmios nacionais pelo bom desempenho dos serviços de saneamento prestados à população.

O sistema de telemetria do saneamento do SIMAE foi sendo modernizado e ampliado e se mantém até hoje como um dos cases de sucesso mais antigos e conhecidos do país. 

Benefícios de um sistema de telemetria do saneamento

  • Garantia do abastecimento;
  • Controle de perdas e redução de custos;
  • Eficiência na operação;
  • Instrumento de gestão e qualidade.

Supervisório SIMAE

Telemetria do saneamento e controle de perdas

O sistema de telemetria implantado no SIMAE de Joaçaba foi de fundamental importância na redução em 20% das perdas que giram em torno de 25% atualmente.

São indicadores de perdas:

  • Variações inesperadas de pressão na rede;
  • Tendo-se a rede de distribuição de água setorizada, o sistema permite comparar os valores registrados pelos macro medidores com os obtidos dos hidrômetros;
  • O registro histórico de vazões instantâneas e acumuladas indicam variações que podem ser devidas a vazamentos;
  • Na análise gráfica dos níveis de enchimento e esvaziamento de reservatórios, mudanças das curvas podem indicar rupturas de adutoras.

Telemetria do saneamento e eficiência na operação

  • O sistema permite o controle remoto das estações e o diagnóstico prévio das situações anormais;
  • Os operadores podem equilibrar a distribuição de água habilitando e desabilitando elevatórias seletivamente quando a produção de água está comprometida;
  • Para atravessar o horário de ponta com os reservatórios mais abastecidos, os bombeamentos são ligados conforme a avaliação do operador.

Supervisório SIMAE

Redução de custos

A utilização de um sistema de telemetria e a implantação de um programa de controle de perdas permitem:

  • Reduzir o consumo de produtos químicos;
  • Reduzir o consumo de energia elétrica devido ao menor de volume de água a ser tratado e distribuído;
  • Reduzir o consumo de energia elétrica pela tarifa horo-sazonal. O SIMAE contabilizou uma redução de 30% no consumo de energia elétrica;
  • Diminuição do desgaste dos equipamentos.

Antes da implantação do sistema de telemetria, a duplicação da ETA para 2002 era tida como imprescindível. A ETA continua dando conta do abastecimento.

Telemetria do saneamento como instrumento de gestão e qualidade

  • O sistema permite o registro de dados e a geração de relatórios operacionais, essenciais na implantação de programas de qualidade;
  • O planejamento de programas de manutenção preventiva dependem dos dados fornecidos pelo sistema de telemetria.

Agradecimentos

Agradecemos ao SIMAE de hoje e de ontem, e às pessoas que participaram da implantação e manutenção do sistema de telemetria do saneamento nas cidade de Joaçaba, Herval d’Oeste e Luzerna.

E-book Projeto Completo e Gratuito de Sistema de Telemetria do Saneamento

Este e-book foi feito para você que deseja saber tudo sobre como criar o sistema de telemetria de água e esgoto para a sua cidade.  O e-book contém um projeto completo para você desenvolver e implantar um sistema de automação, controle e tele supervisão de reservatórios, elevatórias e estações de tratamento de água e esgoto.

Fonte – Automazione Industriale No. 260 – https://www.automazioneindustriale.com/

Os COBOTS – Robôs Colaborativos – estão cada dia mais presentes no processo produtivo. Encontramos os principais fabricantes do setor para entender essa novidade e suas consequências no ambiente de trabalho.

Na Itália, já existe um robô para cada 62,5 operários. Trata-se de um número significativo, sobretudo se comparado aos 150 robôs por operário na Espanha e aos 127 por operário na França. Esses números, contudo, podem sugerir para um risco de saturação de mercado.

Alessio Cocchi

Alessio Cocchi

Um risco que, segundo Alessio Cocchi, Gerente de Vendas na Universal Robots da Itália, neste momento não existe: “Devemos fazer uma distinção entre os robôs industriais, que representam hoje a maioria dos robôs operando no parque industrial, e os robôs colaborativos. Para esses últimos, conforme pesquisas recentes, a taxa de crescimento será exponencial. Sendo coerente com os números apurados, também o número de robôs industriais continuará a crescer no parque industrial, mas a taxas inferiores em comparação aos colaborativos.”

Uma visão também otimista é aquela de Ákos Dömötör, CEO

Ákos Dömötör

Ákos Dömötör

da OptoForce: “Existe ainda amplo espaço para o crescimento desse mercado. O crescimento do número de robôs colaborativos tem sido grande, na faixa de 5 a 10% ao ano, se comparado com o crescimento do mercado de robôs industriais, graças à flexibilidade de aplicações colaborativas: a demanda de novos robôs colaborativos é crescente, mas depende também do setor industrial. A ampla adoção dos cobots é devida a diversos fatores, desde a simplicidade de programação até a flexibilidade e inteligência que facilita a operação nas empresas. Em ambientes estruturados e organizados, os cobots possuem alto grau de sinergia no trabalho com os seres humanos, e não há dúvidas que a tendência de crescimento se manterá constante no futuro”.

Kenneth Bruun Henriksen

Kenneth Bruun Henriksen

É um sucesso de mercado, como confirma Kenneth Bruun Henriksen, Gerente de vendas para a Europa da On Robot, baseado no fato de que as aplicações colaborativas “continuarão a guiar o crescimento do setor, graças também ao seu curto período de amortização. As aplicações colaborativas são o instrumento de automação ideal para os fabricantes dispostos a superar a concorrência. Os motivos para sua utilização são a implementação flexível, a facilidade de gestão, a alta segurança e a programação fácil, que reduz custos”.

Thomas Visti

Thomas Visti

Thomas Visti, CEO da Mir, ressalta por outro lado, as peculiaridades do mercado italiano: “Apesar de boa parte da produção industrial atualmentej á se encontrar  automatizada, existem ainda muitas atividades que podem ser automatizadas nos processos internos. Valendo-se de cobots móveis, como são os produtos da Mir, a movimentação de materiais e insumos dentro da área de produção e entre a produção e área de armazenamento são apenas alguns exemplos de aplicações para a automação utilizando robôs”.

A logística operada por COBOTS

Alessandro Redavide

Alessandro Redavide

A observação dos indicadores na área de serviço como logística revela que o número de robôs em 2016 aumentou 30% em relação ao ano anterior. Números que, como lembra Alessandro Redavide, Gerente de Marketing & Comunicação da Yaskawa, são relacionados ao fato de que “as solicitações personalizadas tiveram efeito significativo sobre a logística, que atende pedidos cada dia mais variados. Por consequência, assistimos uma evolução dentro da ótica da indústria 4.0 nesse setor, que adota e continuará adotando soluções como a utilização de robôs e automação para garantir e melhorar o desempenho em tarefas repetitivas e na movimentação de cargas”. Também por essa razão, ressalta Visti da Mir, “pensamos que os robôs móveis autônomos, ou AMR (Autonomous Mobile Robot), são o futuro desse setor. Por muito tempo se observou que a única opção para o transporte automatizado vinha sendo a utilização de AGV (Automated Guided Vehicles), robôs que se movimentam por longos percursos fixos e conduzidos por cabos ou sensores, sem a possibilidade de contornar obstáculos. Isso resultou em baixa flexibilidade e funcionalidade e, não raro, também em alto custo, para não mencionar as paradas de produção devido à manutenção de cabos e sensores. Os AMR, por outro lado, graças à capacidade de moverem-se livremente em ambientes dinâmicos, baseando-se apenas nos mapas registrados em suas memórias, representam uma revolução nesse setor. Apesar de possuírem softwares mais avançados que os tradicionais AGV, o custo de introdução e setup é muito inferior, considerando que não é necessário instalar guias físicos no ambiente no qual o robô opera. Utilizando uma interface simples, fácil de operar mesmo por quem não possui experiência em programação, o operador pode efetuar outras tarefas enquanto o robô irá calcular trajetos alternativos e mais otimizados evitando obstáculos imprevistos em seu percurso”.

Revolução do trabalho

Como toda revolução, também a maciça utilização de robôs colaborativos terá efeito sobre o mercado de trabalho e sobre o índice de ocupação. E não faltam preocupações sobre os possíveis efeitos negativos no número de postos de trabalho. Esse é um temor não compartilhado pelas equipes da Universal Robots: “Aquilo que estamos verificando, e que diversas pesquisas internacionais confirmam, é que o uso de robôs colaborativos não conduz à redução de postos de trabalho, mas à uma valorização em duas possíveis direções. De um lado, os operários podem ser aliviados das tarefas mais pesadas, rotineiras ou entediantes, para dedicarem-se a funções diversas e mais criativas. De outro lado, o trabalho colaborativo permite a aquisição de habilidades por parte daqueles que operam equipamentos inteligentes, como são os cobots da UR. Isso tem um efeito específico: restitui ao operador o controle sobre o processo e enriquece o perfil do mesmo”.
Essa opinião é compartilhada por Dömötör da OptoForce: “os robôs colaborativos não são vistos como uma ameaça de substituir o trabalhador, mas como um instrumento que permite mantê-lo. Graças à utilização de cobots, que realizam as tarefas tediosas e repetitivas e são extremamente flexíveis em sua programação, as pessoas podem aumentar sua eficiência e trabalhar de modo proativo e estimulante. O emprego de cobots permite às empresas manter constante a produção em qualquer situação, mesmo quando acontecem solicitações não planejadas de aumento de produção, sem aumentar gastos com a alocação de recursos extras que encarecem os custos de produção”.
Adicionalmente, Visti da Mir ressalta os aspectos positivos dessa revolução, capaz de realmente valorizar as competências das pessoas: “Nossos robôs, assim como muitos outros robôs colaborativos em geral, têm um efeito positivo no trabalho, na medida em que não são concebidos para substituir as pessoas, mas para liberá-las de tarefas duras e pouco nobres. Colocando lado a lado robôs autônomos e pessoas, significa obter o melhor de dois mundos: de um lado a precisão dos incansáveis robôs, de outro a inteligência, a destreza e a adaptabilidade dos humanos, que podem ser aproveitados em atividades de mais alto valor”.

Nicola Giordani

Nicola Giordani

Nicola Giordani, Executivo de vendas de Robôs da Fanuc na Itália, compartilha da opinião dos colegas, acrescentando que “a mudança pode criar resistência, sobretudo naqueles menos flexíveis e menos abertos à inovação, mas não por isso será rejeitada. Os robôs, sem dúvida, representam uma vantagem competitiva para a produtividade das empresas e, sobretudo no caso da robótica colaborativa, uma oportunidade para empregar as pessoas em tarefas variadas e mais qualificadoras. Não acreditamos que a difusão dos robôs levará a um colapso da ocupação na indústria; pelo contrário, prevemos que os trabalhadores que se ocupam hoje de tarefas repetitivas e pouco gratificantes poderão ser reconduzidos a atividades de supervisão ou dedicarem-se a atividades ainda difíceis de automatizar. É evidente que, com o aumento da complexidade dos processos produtivos, se ampliará a busca por profissionais capacitados em competências específicas no âmbito da programação e na análise de Big Data e de Inteligência de Negócios (BI). Trata-se de repensar as competências buscando adaptar-se às novas oportunidades e, claro, para tanto é necessário estar aberto à mudança. Acreditamos na necessidade de investir não apenas em tecnologia, mas também na formação de pessoas, pois uma fábrica super tecnológica não poderá existir sem pessoas qualificadas e capazes de manter a operação com altos índices de produtividade”.

Prontos para gerenciar a transição?

Ainda que todos os entrevistados ressaltem a necessidade de estar aberto à inovação e ser flexível, não podemos esquecer que essa predisposição representa apenas o primeiro passo para a transformação dos trabalhadores, aos quais devem ser apresentados planos de crescimento profissional.

Oscar Ferrato

Oscar Ferrato

Nessa linha, pensa Oscar Ferrato, Gerente de Produtos de Collaborative Robots para a Itália na Abb: “A robótica, e a automação em geral, seguem uma tendência de crescimento, seja em termos de volume seja em termos de inovação; a robótica colaborativa demanda profissionais capazes de intervir durante a produção para efetuar todas as operações de otimização e ajustes do processo, de modo a reprogramar de forma simples e rápida as tarefas dos robôs para atender as necessidades da produção.  Isso demanda primeiramente requalificar os trabalhadores com formação específica nas novas modalidades de trabalho. Em um contexto mais amplo, onde a tecnologia introduz rapidamente novas práticas de operação, é necessária a preparação antecipada dos trabalhadores do amanhã, prevendo o crescimento do mercado de trabalho no qual a automação e a robótica são as bases da formação profissional”.

Marco Filippis

Marco Filippis

Nesse contexto, reforça Marco Filippis, Gerente de Produtos Robôs para a South Emea da Mitsubishi Electric, “é fundamental gerir a fase de transição, que está conduzindo à robotização massiva dentro da perspectiva dos novos aplicativos. A atenção foca, então, não somente nos aspectos tecnológicos ligados ao conceito de Manufatura Inteligente, mas também naquelas empresas dedicadas ao treinamento e formação de mão de obra. Nessas últimas, o emprego de recursos advindos de subsídios na forma de redução de impostos sobre atividades de treinamento e formação de pessoas não apenas sinaliza claramente esse aspecto fundamental, mas coloca as pessoas como imprescindíveis no processo revolucionário de indústria 4.0”. Sobre o que foi dito, Bruun Henriksen, da On Robot, comenta que “muitas empresas têm dificuldade para encontrar novos colaboradores já qualificados, por isso é importante formar e atualizar o capital humano existente na empresa. Através da formação e atualização se capacita os funcionários atuais para que compreendam que os cobots ali estão para os liberarem de tarefas repetitivas”.

Alberto Pellero

Alberto Pellero

Alberto Pellero, Gerente de Estratégia e Marketing da Kuka Roboter na Itália, convida a voltar um passo na análise:” é preciso saber identificar as competências necessárias nos profissionais que se busca. Lembramos que os cursos de Mecatrônica nas escolas técnicas são amplamente disponíveis atualmente, e que os jovens normalmente possuem uma boa formação de base para serem empregados, seja nas empresas que desenvolvem os sistemas de automação seja nas no cliente final. É fundamental o investimento do estado em instrumentos didáticos de robótica de nível profissional que viabilizem a montagem de laboratórios que repliquem o ambiente industrial real para que os estudantes tenham uma formação atualizada e sólida”. A formação, de fato, não se limita aos trabalhadores existente, mas constitui um caminho bem mais longo que começa na escola. Esta é uma premissa da qual está convencido Redavide da Yaskawa: “É necessário promover o contato direto entre as empresas e os estudantes, para aproximar esses últimos do mundo da robótica real, com cursos bem estruturados e com visitas às empresas, para enriquecer a formação teórica com a experiência prática dos profissionais da industrial. Uma vantagem importante da qualificação dos funcionários, promovendo a capacitação via treinamentos internos na empresa, significa encarar o futuro, valorizando os colaboradores existentes e já familiarizados com o processo produtivo”.

Precisamos compreender os robôs

Investir em capacitação significa não apenas manter empregos, mas sim aprender a conviver com uma nova forma de trabalho. Como explica Filippis, da Mitsubishi Electric, “graças à abordagem inovadora ligada à quarta revolução industrial, o setor da robótica deve influenciar a necessidade de evolução do conceito clássico de robô, de forma a contextualizá-lo na fábrica do futuro. Integração com mais níveis da organização, compartilhamento do espaço de trabalho e simplicidade de utilização são certamente os conceitos chave da nova imagem da robótica, que faz dupla com a tecnologia da inteligência artificial e que aponta para novos cenários de aplicação, evidenciando a flexibilidade do robô. Se, sob a ótica gerencial, a inteligência artificial é considerada como tecnologia que resulta em vantagem competitiva, resultando na criação de novos postos de trabalho, o sentimento comum de quem irá trabalhar lado a lado com os cobots é diferente. É, portanto, fundamental formar e requalificar os colaboradores esclarecendo as potencialidades de um processo inovador inevitável”.
Dömötör, da OptoForce ,ao contrário, prefere enxergar mais imediatamente: “Os robôs tradicionalmente são desenhados para trabalhos repetitivos e atualmente a inteligência artificial ainda não é estritamente necessária, ainda que fará parte da pesquisa e desenvolvimento nos próximos anos. A verdade é que os robôs já são agora inteligentes. Graças à programação os cobots desempenham, sim, tarefas repetitivas, mas podem executar operações muito mais complexas, seguir trajetos diversos e não apenas indo do ponto A ao ponto B, se localizam e podem aprender sobre o ambiente à sua volta. Examinando um robô que deve polir uma superfície, os sensores de pressão (força) semelhantes aos da OptoForce, por exemplo, permitem ao robô encontrar a superfície e calcular a força que deve aplicar na operação”.
Pellero, da Kuka Roboter, vê ainda longe o advento do robô inteligente: “No momento não se pode falar propriamente de inteligência artificial, mas sim de robôs ultra dotados de sensores com câmeras e sensores de força, que permitam a possibilidade de adaptar-se a situações imprevistas. Por outro lado, a possibilidade de modificar o próprio programa de trabalho em função de escolhas autônomas é ainda, direi, futurística”.

Você trabalharia perto de um COBOT?

Confiar a um robô uma série de tarefas repetitivas e perigosas significa afastar o trabalhador humano de perigos conhecidos. Mas não podemos esquecer que os cobots são apenas máquinas e, como tais, podem representar uma fonte potencial de risco, provocando receio nos trabalhadores próximos.
Redavide, da Yaskawa, procura minimizar esse receio, ressaltando sobretudo a normativa em vigor:” A novidade do tema resultou que o mercado, não tendo conhecimento amplo, mas parcial, acumulou uma série de dúvidas e incertezas. Os robôs colaborativos têm sua utilização regulada por rígidas normas de segurança, como por exemplo a ISO 10218-1 (Robôs e seus equipamentos de controle – Requisitos de segurança para robôs industriais). Existe também a norma específica ISO/TS 15066:2016 para o (Projeto de postos de trabalho com robôs colaborativos – Cobots), assim como a ISO 13849-1 (Norma de segurança para máquinas). Precisamos ainda lembrar que a avaliação dos riscos não é associada apenas ao robô em si, mas deve compreender a aplicação como um todo: frequentemente são os elementos acessórios, como as ferramentas acopladas ao robô, que adicionam risco adicional à operação do sistema”.
Um aspecto importante deve ser considerado pelos fabricantes de robôs, convocados a avaliar cada possível risco associado à interação homem-máquina. Daí as considerações de Giordani, da Fanuc, que ressalta o cuidado com cada detalhe desde a concepção original: “Nossos cobots não possuem pontas vivas, são protegidos por uma cobertura macia que amortece impactos eventuais. A velocidade é controlada e o movimento é interrompido por um sistema de frenagem especial quando impactos imprevistos ocorrem. Os robôs são dotados dos mais modernos sensores de movimentação, que sugerem ao robô como se comportar conforme o que surge em seu raio de ação. Paradoxalmente, robôs colaborativos podem ser considerados, de certo modo, mais seguros que os robôs industriais, porque por vezes, devido ao hábito ou por pressa, os trabalhadores não respeitam todos os procedimentos de segurança relativos à operação desses últimos. Os cobots são extremamente confiáveis do ponto de vista da segurança; se adicionarmos a natural cautela inicial, quando o operador adota as medidas de segurança necessárias, podemos pensar que é difícil imaginar uma situação mais segura de interação entre homem e máquina”.
Essa é uma opinião reiterada também por Filippis, da Mitsubishi Electric, que lembra que as empresas “definem três abordagens estratégicas para a colaboração entre o homem e o robô. A primeira abordagem prevê a utilização em atividades de segurança avançada com os robôs padrão Melfa, mediante o emprego da central de controle e segurança. Graças a esse recurso é possível criar áreas colaborativas e trabalhar ocasionalmente em postos abertos, mas com total segurança, mantendo inalterada a produtividade da linha. A segunda abordagem prevê a utilização de barreiras de sensores no entorno de robôs tradicionais, ao tempo que os robôs colaborativos podem operar desprovidos de barreiras, pois irão interromper a movimentação mediante choques mecânicos de forma segura. A última e mais inovadora abordagem diz respeito à introdução dos cobots MelCor, que prevê ampla colaboração com o ser humano, ressaltando como características principais a facilidade e rapidez de start-up, simplicidade de programação e aprendizado da movimentação”.

COBOTS – do projeto à segurança

A segurança deve ser garantida já no momento do concepção, quando os projetistas avaliam cada possível risco físico. Contudo, situações bem diversas podem acontecer quando se instala o robô na linha de produção. Um exemplo são os possíveis ataques cibernéticos, como já foi registrado pelo Instituto Politécnico de Milão. Cabe, portanto, ao fornecedor do robô e ao integrador de sistemas, o compromisso de proteger os robôs contra os ataques de hackers? Sobre essa questão, Cocchi, da Universal Robots afirma: “A nenhum dos dois. Ou, melhor dizendo, a todos os envolvidos direta ou indiretamente, incluindo o cliente final do robô. Os robôs, de qualquer tipo, estão tão seguros quanto for a rede Intranet da empresa. Os integradores criam aplicações seguras que são posteriormente depuradas e colocadas em funcionamento junto ao cliente. Contudo, se a rede do cliente não é protegida, intrusos mal-intencionados poderão ter acesso fácil e causar prejuízos. A responsabilidade de proteger o robô recai então no cliente e usuário da máquina”. Compartilha desta opinião, Pellero, da Kuka Roboter: “O robô é apenas um componente no sistema, e a segurança cibernética deve cuidar da planta produtiva como um todo, sobretudo com relação às conexões em nuvem com aplicações de análise de dados e programas de manutenção preditiva, conceitos fundamentais da indústria 4.0”.

Funcionamento contínuo

Sugerindo os próprios robôs colaborativos, os fabricantes ressaltam, entre outras vantagens, a confiabilidade e a capacidade de trabalhar 24/7. Não podemos, contudo, negligenciar que as máquinas possuem uma vida limitada e que podem falhar. As consequências associadas a falhas devem ser antecipadas e evitadas por meio da manutenção adequada. Ferrato, da Abb, lembra que “a correta manutenção dos robôs é fundamental por diversas razões, entre as quais segurança e produtividade. Com esse objetivo, a Abb dotou todos os robôs, sejam tradicionais ou colaborativos, de um sistema de monitoração remota baseado na nuvem, de forma a registrar qualquer anomalia detectada nas máquinas de todo o parque instalado, independentemente de se tratar de falhas que impedem o funcionamento ou de simples alarmes de possíveis problemas futuros. Isso permite programar intervenções para manutenção preventiva e preditiva, sabendo-se de antemão a natureza do reparo a ser feito e evitando situações de parada por falha”. De resto, como explica Giordani, da Fanuc, “a manutenção é imprescindível: devemos coletar os dados relativos ao funcionamento do robô, analisar para entender se o mesmo está trabalhando de modo eficiente, efetuar as intervenções corretivas necessárias e programar manutenções de forma a não parar a produção. Os resultados sobre a eficiência dos robôs são facilmente mensurados pela grande quantidade de dados fornecidos pelos equipamentos. A Fanuc desenvolveu recentemente a ferramenta ZDT: trata-se de um sistema integrado que ativa a monitoração remota dos robôs via nuvem, e eventuais problemas no funcionamento são detectados e o sistema aponta melhorias a serem feitas na programação por ocasião de paradas para manutenção. Uma comodidade dessa solução é que o cliente não necessita preparar profissionais especialistas para determinar se existem problemas, visto que técnicos qualificados na análise de desempenho acompanham e fazem o diagnóstico remotamente. Não devemos esquecer que, para usufruir o máximo desempenho dos robôs, é necessário controlar seu “estado de saúde” antes que os problemas se apresentem”.

Os COBOTS e o futuro

Há décadas, os robôs têm provocado a fantasia do homem, que os imaginou com capacidades extraordinárias. Algumas dessas capacidades hoje são reais, mas é interessante antever o que o futuro reserva para as aplicações industriais. Um futuro possível, segundo Cocchi, da Universal Robots, inclui a evolução das capacidades atuais: “Além das ferramentas padrão, como os dispositivos de manipulação e os sistemas de visão, evoluiremos também na área dos sensores, de modo a aumentar sensivelmente a taxa de colaboração homem-máquina em todas as áreas de aplicação”. Pellero, da Kuka Roboter, correlaciona as tecnologias de comunicação e informação com a robótica, prevendo um maior emprego da “conectividade e de todas as aplicações na nuvem decorrentes, de Machine learning à manutenção preditiva, assim como a nascente robótica móvel, que amplia os horizontes de aplicação da robótica, permitindo-lhe agir em ambientes amplos, improvisados e mesmos assim mantendo a segurança”.
Dömötör ,da OptoForce, prefere imaginar além: “Os robôs colaborativos poderiam ser ainda mais inteligentes, graças ao Machine learning. Por exemplo, uma vez posicionados em um ambiente, esses poderiam, de maneira autônoma, aprender onde se encontram os objetos e compreender quando esses objetos estão fora do lugar apropriado, seguir objetos que se movem e aprender de situações anteriores. Desse modo, evoluiremos de robôs substancialmente cegos a robôs capazes de ver o ambiente e aprender a mover-se nos mesmos, autonomamente”.   
Para Ferrato, da Abb, por outro lado, a próxima fronteira é baseada na flexibilidade, que constitui “uma exigência fundamental da produção no âmbito da robótica colaborativa. Isso se concretizará primeiramente com a facilidade de programação. Em segundo lugar, um robô colaborativo flexível deve ser capaz de adaptar seu comportamento às alterações do contexto externo pelos sensores encarregados de fazer o reconhecimento da presença de pessoas, e assim resguardá-las. Sistemas de visão que permitirão direcionar as pinças e manipuladores de peças serão em breve complementos indispensáveis”.
É ainda distante o momento no qual, como afirmou Issac Asimov, “os braços de aço cromado do robô, capazes de dobrar uma barra de aço de 6 cm de diâmetro, abraçarão uma criança delicadamente, amorosamente e seus olhos brilharão com um vermelho intenso”. Contudo, ter um colega de nome cobot já é uma realidade.
Eduardo Grachten

Fonte - Automazione Industriale No. 260 - https://www.automazioneindustriale.com/

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Segundo os especialistas da empresa russa Kaspersky Lab, especializada em softwares de segurança na Internet, estas são as ameaças de cybersecurity que as industrias irão enfrentar nos próximos 12 meses:

  1. Os sistemas de segurança industrial correrão risco de ataques do tipo ransomware. Os ataques WannaCry e ExPetr observados em 2017 demonstraram que os sistemas operacionais são muito vulneráveis aos ataques via sistemas de informação conectados a internet, alvo tentador aos criminosos da informática que buscam criar danos e lucrar. São previsto também que os ataques de ransomwares que irão buscar os sistemas de automação e controle industrial de baixo nível de segurança em dispositivos como bombas, interruptores, etc.
  2. Os especialistas predizem que irá aumentar a Cyber Espionagem Industrial, em particular o furto de dados dos sistemas de informação industriais. As informações furtadas serão utilizadas para o preparo dos ataque do tipo ransomware.
  3. A venda ou troca de dados de configuração dos sistemas de automação e controle industrial, dados de acesso e senhas irão alimentar o mercado negro, já observado em crescimento. Isso fará surgir um nova área no submundo da TI com segmentos  como “malware-as-a -service”.

Em 2017 o jogo mudou para aqueles que estão procurando implementar medidas de proteção contra os ataques cibernéticos. Os ataques do WannaCry e do Expetr mudaram para sempre a atenção das empresas industriais na implementação das medidas de proteção dos processos críticos e essenciais, contra tentativas de invasão. Isso representou um desenvolvimento importante pois normalmente os sistemas de automação são menos protegidos que os sistemas de informação e os danos causados por invasões são potencialmente maiores.
Felizmente, em 2018 serão conhecidas novas tecnologias dedicadas à proteção cibernética dos sistemas de automação e controle industrial. As novas tecnologias irão incluir melhores controles de segurança da infraestrutura crítica das industrias, em paralelo se observa o aumento da percepção da importância da implementação das novas técnicas de segurança por parte das empresas industriais.

Cybersecurity: novas tecnologias para combater os ataques remotos 

Fonte: Automazione Industriale

O Laboratório Kaspersky desenvolveu e registrou uma nova tecnologia de proteção que permite a detecção de uma das armas mais eficazes dos criminosos cibernéticos, os instrumentos de controle remoto.

Neste último ano, as grandes empresas rapidamente despenderam até 1,2 milhões de dólares pelo resgate imposto pelos ataques aos seus sistemas de informação e automação. Para combater este tipo de ataque, uma empresa necessita implantar diversos níveis de defesa que incluem a ajuda de especialistas em segurança, inteligência de segurança global e diversas ferramentas de cybersecurity.
Os criminosos digitais controlam a distância o computador da vítima para secretamente estabelecer um canal criptografado de comunicação com o servidor principal utilizado no centro de controle. Uma vez instalado no computador de acesso, o instrumento de controle remoto obtém acesso como administrador, dando ao criminoso a capacidade de obter informações reservadas e permitindo comandar secretamente qualquer atividade sobre aquele computador.
Isto é particularmente perigoso nos conglomerados onde a propriedade intelectual é crítica. Se informações secretas forem divulgadas, poderão provocar perdas irreparáveis. Isso pode ser evitado se o falso controle remoto não seja detectado e anulado.
Para remover de modo eficiente e eficaz os programas de controle remoto instalados pelos criminosos cibernéticos, as soluções anti malware devem contemplar sistemas complexos de proteção comportamental. Com a nova tecnologia, o Laboratório Kaspersky ampliou sua capacidade neste setor, removendo o controle remoto assim como o canal criptografado de comunicação com o servidor.

Como funciona

A nova tecnologia funciona analisando a atividade dos programas e aplicações e detectando comportamentos anormais no computador, comparando as atividades que se verificam no computador e suas causas. Confrontando estas correlações com os padrões usuais de utilização e comportamento registrados previamente, a tecnologia pode então impedir o registro do computador infectado na rede corporativa. Pode-se assim detectar a presença dos instrumentos de controle remoto seja de aplicações desconhecidas ou comprometidas, seja de seus componentes.
A partir de 2018, a nova tecnologia fara parte das soluções Kaspersky Anti Targeted Attack. Kaspersky Anti Targeted Attack faz parte do conjunto de ferramentas para segurança corporativa, cobrindo diversas áreas da segurança de TI como a proteção de dispositivos de campo, proteção DDoS, segurança na nuvem e defesas avançadas de ameaças em serviços de cybersecurity.
Fonte: Automazione Industriale.

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