Descubra como o SEMAE São Leopoldo está modernizando o gerenciamento de saneamento com a Alfacomp, utilizando o Elipse E3.

 

 

DESAFIO:

Com uma população de mais de 230.914 habitantes para atender, o SEMAE enfrentava desafios complexos na gestão de sua rede de saneamento em São Leopoldo. Composto por 37 reservatórios, 25 elevatórias de água tratada e 19 elevatórias de esgoto, a operação exigia uma solução eficiente e de alta tecnologia.

SOLUÇÃO:

A adoção do Elipse E3 revolucionou o controle operacional do SEMAE. Agora, com 7 estações elevatórias e 2 de tratamento de esgoto sob seu monitoramento remoto em tempo real, o SEMAE pode acompanhar cada detalhe do sistema, desde os níveis e vazões até as pressões e correntes, tudo de forma organizada e eficaz.

 

BENEFÍCOS SIGNICATIVOS:

  • Monitoramento em tempo real para tomada de decisões ágeis.
  • Históricos detalhados e gráficos precisos para análise de desempenho.
  • Identificação rápida de falhas e inconsistências para manutenção proativa.
  • Operação remota para agilizar processos e reduzir custos operacionais.
  • Redução significativa de despesas com água, energia e manutenção.

 

FICHA TÉCNICA:

  • Cliente: SEMAE São Leopoldo
  • Integrador: Alfacomp
  • Pacote Elipse: E3
  • Plataforma: Windows 10 Pro
  • Número de cópias: 3
  • Pontos de I/O: 203
  • Drivers: MQTT

 

📖 Quer saber mais sobre essa incrível transformação? Confira o artigo original: https://www.elipse.com.br/case/elipse-e3-gera-ganhos-de-economia-ao-semae-sl-no-controle-de-sua-rede-de-saneamento-de-esgoto/

 

 

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RM-SX900 - Rádio modem spread spectrum 900 MHzOs rádios modem RM-SX900 com tecnologia spread spectrum, fornecem uma combinação de confiabilidade e redundância para transmissão de dados com baixo consumo de energia em aplicações industriais. Utilizando a rede e protocolo Mesh, com operação em redundância, permitem estender a malha de comunicação com as remotas funcionando como repetidoras.

A comunicação ponto a ponto e ponto multiponto tornam o RM-SX900 ideal para o controle e monitoração de estações remotas de telemetria e para todo o tipo de aplicação industrial onde a comunicação serial é necessária.

O alcance do rádio modem é de até 65 km em linha de visada. O equipamento foi projetado para o bloqueio de interferências, permitindo o uso em aplicações que exigem a combinação de alcance, redundância e confiabilidade de dados.

O rádio modem RM-SX900 possui conectores e LEDs que facilitam a instalação e utilização. A fixação em trilho DIN e o formato vertical contribuem para a economia de espaço no painel de telemetria.

Os módulos RM-SX900 podem ser configurados facilmente usando o software XCTU ou via comandos AT e comunicam dados críticos entre dispositivos com  criptografia AES de 256 bits.

Características do rádio modem RM-SX900

  • Permite até 250 kbps de RF
  • Baixo custo
  • Ponto a ponto, Ponto Multiponto e Mesh
  • Rede Mesh com reencaminhamento automático
  • Store & Forward – o rádio funciona como repetidora
  • Temperatura de operação (-40 C a +85 C)
  • Potência de saída ajustável
  • Dimensões reduzidas
  • Filtro de RF proporciona alta rejeição a ruido e interferência
  • Encriptação 256-bit AES

Aplicações do rádio modem RM-SX900

  • Medição de utilities
  • Telemetria de unidades remotas
  • Sensoriamento de eletricidade, óleo e gás
  • Comunicação com painéis digitais de sinalização
  • Comunicação serial em ambiente industrial

Especificações técnicas

Faixa de operação ISM 902 a 928 MHz
Potência de saída de RF Até 30 dBm (1W)
Canais 10 sequências de saltos de 50 frequências
Baud rate de RF Selecionável: 10 kb/s, 110 kb/s ou 250 kb/s
Baud rate serial Até 120 kb/s
Sensibilidade de recepção Em 10 kb/s: -113 dBm;

Em 110 kb/s: -106 dBm;

Em 250 kb/s: -103 dBm

Seletividade de recepção (frequência intermediária) Em 10 kb/s: +/- 250 kHz: 40 dB; +/- 500 kHz: 50 dB

Em 110 kb/s: +/- 250 kHz: 30 dB; +/- 500 kHz: 40 dB

Em 250 kb/s:  +/- 500 kHz: 30 dB; +/- 1000 kHz: 45 dB

Seletividade de recepção RF Abaixo de 900 MHz e acima de 930 MHz; > 50 dB
Linha de visada em ambiente rural Em 10 kb/s: até 65 km
Linha de visada em ambiente urbano Em 10 kb/s: até 18 km
Em ambiente fechado Em 10 kb/s: até 300 metros
Modulação Gaussian Frequency Shift Keying
Tecnologia de espalhamento Frequency Hopping Spread Spectrum (FHSS)
Topologias de redes suportadas Ponto a ponto (mestre/escravo não necessária), ponto multi-ponto, mesh
Encriptação 256-bit AES CBC (opcional). A encriptação é habilitada pelo commando ATKY.
Dimensões 99 x 74 x 27 mm
Peso 230 g
Padrões de qualidade ISO 9001:2015
Conexões RF: SMA fêmea

Serial RS232: RJ12 macho

Serial RS485: Borne destacável modelo STL(Z) – Juntamente com a alimentação

Impedância de antena 50 ohms
Máximo sinal de entrada na conexão de RF 6 dBm
Temperatura de operação -40° C a 85° C
Alimentação 10 a 30 VCC
Corrente em recepção 40 mA em 12V, 20 mA em 24V
Corrente em transmissão (em 1W de RF) 460 mA em 12V, 260 mA em 24V

LEDs indicadores

RM-SX900 - Rádio modem spread spectrum 900 MHz

 

LEDs RSSI (Received Signal Strength Indicator)Indicam a intensidade do sinal de rádio recebido.

  • 1 LED indica sinal bom
  • 2 LEDs indica sinal ótimo
  • 3 LEDs indica sinal máximo

LED TX – Pulsa quando dados estão sendo transmitidos pelo rádio modem.

LED RX – Pulsa quando dados estão sendo recebidos pelo rádio modem.

LED STATUS – Indica o status de funcionamento do rádio modem.

 

 

Conexões

RM-SX900 - Rádio modem spread spectrum 900 MHz

Interface serial RS232 – Conector RJ12

Configuração do Conector Serial

Pino Descrição Sentido
1 DTR – Data terminal ready Entrada
2 RXD – Dados recebidos pelo rádio Saída
3 TXD – Dados a serem transmitidos pelo rádio Entrada
4 RTS – Request to send Entrada
5 GND
6 CTS – Clear to send Saída

O transceptor RM-SX900 é chamado DCE (Data Communication Equipment). Um DCE pode ser conectado a um DTE (Data Terminal Equipment), por exemplo, um PC, através de um cabo serial cuja configuração é apresentada abaixo.

RM-SX900 - Rádio modem spread spectrum 900 MHz

Interface serial RS485 e alimentação

A porta serial RS485 está presente no mesmo conector utilizado para alimentar o rádio. O conector é do tipo STL(Z) da Phoenix Mecano A pinagem do conector é apresentada na tabela que segue.

Configuração do Conector de Alimentação e RS485
Pino Descrição Sentido
+V Alimentação: 10 a 30 VCC
0V Alimentação: 0V
GND Conectar a malha do cabo RS485 RS485 (GND)
A A (+) RS485 (+TX/+RX)
B B (-) RS485 (-TX/-RX)

O circuito parcial a seguir, apresenta as conexões internas da porta RS485. Observe-se que os sinais A e B da conexão seria RS485 são protegidas contra sobre tensões por diodos e termistores. O Jumper JP1 conecta a terminação resistiva de 120 ohms. Esta terminação deve ser utilizada nas pontas da rede RS485. Consulte as normas EIA para saber mais sobre este padrão serial.

RM-SX900 - Rádio modem spread spectrum 900 MHz

Construção interna

O equipamento é composto por duas placas eletrônicas como mostrado abaixo. A figura apresenta a localização do jumper da conexão resistiva e dos botões de RESET e COMM.

RM-SX900 - Rádio modem spread spectrum 900 MHz

Interligação das interfaces seriais

As interfaces RS232 e RS485 estão interligadas internamente no rádio. Isso significa que um frame serial recebido pelo rádio será simultaneamente reproduzido na RS232 assim como na RS485.

Da mesma forma, os frames recebidos na RS232 assim como na RS485 serão transmitido pelo rádio.

Não existe seleção de interfaces, ambas estão ativas. Isto pode ser útil na composição de repetidoras, por exemplo, em que interligamos os rádio pela RS485 e comunicamos com um CLP local pela RS232, ou interligamos rádios pelas RS232, cruzando TX e RX, e ligamos um CLP à RS485.

Software de configuração

  • Baixe e instale o software XCTU.
  • Conecte a porta serial do rádio RM-SX900 a porta serial do PC ou ao cabo conversor USB – RS232 (exemplo: Cabo Comm5);
  • Alimente o rádio;
  • Abra o software XCTU e clique no ícone de leitura;XCTU - Configuration Platform for XBee/RF Solutions
  • Selecione a porta serial;XCTU - Configuration Platform for XBee/RF Solutions
  • Selecione e adicione o rádio encontrado:XCTU - Configuration Platform for XBee/RF Solutions
  • Clique no rádio selecionado para que o XCTU leia sua configuração;XCTU - Configuration Platform for XBee/RF Solutions

Métodos de comunicação

O parâmetro TO (Transmit Options) define o método de comunicação da seguinte forma:

  • Ponto Multiponto (TO = 0x40);
  • Repetidor (directed broadcast) (TO = 0x80);
  • Mesh (TO = 0xC0).

Comunicação ponto a ponto

A comunicação ponto a ponto consiste de um simples par de transceptores. Essa configuração substitui um cabo de comunicação serial. Uma aplicação, por exemplo, seria a comunicação entre um CLP e uma estação de supervisão.

Na comunicação ponto a ponto não é necessário que um rádio seja mestre e outro seja escravo. Basta que os dois sejam configurados com os mesmos parâmetros.

Para que dois ou mais rádios possam comunicar entre si, é necessário que os seguintes parâmetros sejam iguais: HP, ID BR, DL, DH, BD, NB e SB.

O parâmetro TO deverá ser 0xC0.

  • Conecte o primeiro rádio ao PC e leia sua configuração;
  • Grave a configuração lida clicando em Profile – Create configuration profile;XCTU - Configuration Platform for XBee/RF Solutions
  • Conecte o segundo rádio ao PC e leia sua configuração;
  • Em seguida, configure o rádio com a o Profile criado, utilizando o Apply configuration profile.

O rádios estão prontos para comunicar entre eles.

Comunicação ponto multiponto

Sistemas Ponto Multiponto possuem uma estação central (Servidor), que controla a comunicação, e diversas outras unidades chamadas remotas (Clientes). Programando os transceptores com diferentes configurações de canal e identificador de sistema, podemos criar redes diferentes dentro de uma mesma área.

RM-SX900 - Rádio modem spread spectrum 900 MHz

Nesta configuração, todos os rádios da rede deverão ter os seguinte parâmetros iguais: HP, ID BR, DL, DH, BD, NB e SB.

Parâmetro TO = 0x40.

Comunicação em rede Mesh

A rede Mesh é uma topologia de comunicação na qual cada nó está conectado a todos os outros que estão em alcance de RF. Cada nó coopera na transmissão das informações. Benefício da rede Mesh:

  • Routing (encaminhamento): A mensagem é propagada ao longo do caminho, de nó para nó, até que chegue ao destino final.
  • Ad-hoc network creation (auto criação da rede): É o processo automático de criação da rede sem necessidade de intervenção.
  • Self-healing: É processo de reorganização da rede quando um ou mais nós intermediários deixam de funcionar.
  • Peer-to-peer architecture (comunicação ponto a ponto): Nenhuma hierarquia ou relação cliente servidor é necessária.
  • Quiet protocol: Roteamento simplificado pelo uso de protocolo reativo similar ao AODV.
  • Route discovery: Ao invés de manter um mapa da rede, rotas de comunicação são descobertas e criadas apenas quando necessário.
  • Selective acknowledgments: Apenas o nó destino irá responder à solicitação.
  • Reliable delivery: A confiabilidade dos dados é alcançada por respostas de reconhecimentos (acknowledgments).

RM-SX900 - Rádio modem spread spectrum 900 MHz

Na rede Mesh, a distância entre dois nós não é um problema se houver suficientes nós de roteamento criando um caminho para que a mensagem seja conduzida ao seu destino. Quando um nó deseja comunicar com outro, a rede calcula o melhor caminho.

A rede Mesh é confiável e oferece redundância intrínseca. Por exemplo, se um nó deixa de operar porque foi removido ou porque o caminho foi bloqueado, os nós restantes ainda podem se comunicar entre si diretamente ou por através de nós intermediários.

Monte sua remota de telemetria de reservatório com baixo custo e resultados excelentes utilizando as interfaces Modbus IM2020.

Telemetria de reservatório com a interface Modbus IM2020

Veja como monitorar o nível e a vazão do reservatório de forma simples e com baixo custo. Utilizando este kit você economiza e fica proprietário do seu sistema.
O módulo SW3300 tem as funções de seccionamento, proteção contra surtos e tomada. A fonte de alimentação S-25-24 fornece 24 VCC para a interface Modbus e para o rádio modem. A interface Modbus IM2020 possui duas entradas analógicas e duas entradas digitais onde podemos conectar o transmissor de nível, o transmissor de vazão e ainda um detector de invasão. A interface Modbus se comunica com a central de telemetria por intermédio do rádio modem RM2060.

Telemetria de reservatório

Telemetria de reservatório

Composição da remota para telemetria de reservatório

A remota é composta pelos seguinte módulos:

Preço do conjunto de módulos: R$ 2.740,00 (preço válido em Outubro de 2019).

A figura a seguir ilustra o espaço ocupado pelos módulos que compõem a solução.

Telemetria de reservatório

Remota para Telemetria de reservatório

Materiais acessórios

  • CF914 – Antena Yagi 900 MHz 14 dBi;
  • CN3203 – Centelhador de RF;
  • Cabo interno de RF RG58 com conectores;
  • Cabo externo RGC213 com conectores.

Interface Modbus IM2020 na telemetria de reservatório

A interface IM2020 funciona como uma remota de I/O distribuído dotada de 2 entradas analógicas e duas entradas digitais com as seguintes características principais:

  • Protocolo de comunicação: Modbus RTU;
  • Seleção de endereço por DIP switch;
  • Alimentação: 10 a 30 VCC;
  • Consumo máximo de 200 mA.

Interface Modbus com 2 entradas analógicas e 2 entradas digitais – IM2020

Rádio Modem RM2060 para telemetria de reservatório

O transceptor RM2060 permite a comunicação wireless utilizando tecnologia Spread Spectrum na faixa dos 900 MHz podendo substituir milhares de metros de cabos de comunicação em ambientes industriais ruidosos. Utilizando comprovada tecnologia FHSS, que dispensa licença de operação junto a Anatel, o transceptor RM2060 estabelece comunicação entre computadores, CLPs e instrumentos diversos que possuem porta serial em padrão RS232 ou RS485 com taxas de 1200 a 115.200 bps.  Alcance de até 32 km com visada.

SW3300 – DPS, seccionador e tomada para telemetria de reservatório

O módulo SW3300 foi projetado para compor painéis elétricos de comando e automação e integra as seguintes funções:

  • Seccionamento
  • Proteção contra sobre corrente por meio de fusíveis
  • Proteção contra sobre tensões por meio de varistores
  • Tomada bipolar com terra padrão ABNT
  • Sinalização luminosa de energização

Por incluir diversas funções em um módulo único, o dispositivo simplifica a montagem do quadro e contribui para layouts mais compactos.

Solicite informações adicionais ou uma cotação

 

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Medidor de vazão ultrassônico – o que é?

O medidor de vazão ultrassônico mede a velocidade de um fluido com ultrassom para calcular a vazão do líquido. Ele calcula a diferença no tempo de trânsito medido entre os pulsos de ultrassom que se propagam na direção e contra a direção do fluxo ou medindo a mudança de frequência devida ao efeito Doppler.TDS-100H Medidor ultrassônico de vazão portátil

Medidor de vazão ultrassônico – como funciona?

O medidor ultrassônico de vazão é um tipo de medidor de vazão que mede a velocidade de um fluido com ultrassom para calcular a vazão do líquido. Usando transdutores ultrassônicos, o medidor de vazão pode medir a velocidade média ao longo do caminho de um feixe de ultrassom emitido, calculando a média da diferença no tempo de trânsito medido entre os pulsos de ultrassom que se propagam na direção e contra a direção do fluxo ou medindo a mudança de frequência devida ao efeito Doppler. Os medidores de vazão ultrassônicos são afetados pelas propriedades acústicas do fluido e podem ser afetados pela temperatura, densidade, viscosidade e partículas suspensas. Os medidores de vazão ultrassônicos apresentam ótima relação custo benefício pois não utilizam peças móveis, são fáceis de instalar, não demandam seccionar ou furar a tubulação, e são de fácil manutenção.

Tipos de medidores de vazão ultrassônicos

Existem três tipos diferentes de medidores de vazão ultrassônicos. Os medidores de vazão de transmissão por tempo de transito – intrusivo e clamp-on (não intrusivo). Os medidores de vazão ultrassônicos por efeito Doppler são chamados de medidores de vazão de reflexão ou Doppler. O terceiro tipo é o medidor de vazão de canal aberto.

Medidor de vazão ultrassônico por tempo de trânsito

Os medidores ultrassônicos de vazão medem o tempo de trânsito dos pulsos ultrassônicos que se propagam com e contra a direção do fluxo. Essa diferença de tempo é uma medida para a velocidade média do fluido ao longo do caminho do feixe ultrassônico. Usando os tempos de trânsito absolutos Tup e Tdown, tanto a velocidade média do fluido v quanto a velocidade do som c podem ser calculados. Usando esses dois tempos de trânsito, a distância entre os transdutores de recepção e transmissão L e o ângulo de inclinação α , se assumirmos que o som tem que ir contra o fluxo ao subir e ao longo do fluxo ao retornar para baixo, pode-se escrever as seguintes equações a partir da definição de velocidade:

TDS-100H Medidor ultrassônico de vazão portátil

Somando e subtraindo as equações acima obtemos,

TDS-100H Medidor ultrassônico de vazão portátil

onde v é a velocidade média do fluido ao longo do caminho do som e c é a velocidade do som.

Medidores de vazão ultrassônico por efeito Doppler

Outro método na medição de vazão ultrassônica é o uso do deslocamento Doppler que resulta da reflexão de um feixe ultrassônico em materiais refletivos, como partículas sólidas ou bolhas de ar aprisionadas em um fluido em fluxo, ou a turbulência do próprio fluido, se o líquido está limpo. Os medidores de vazão Doppler são usados ​​para lamas, líquidos com bolhas, gases com partículas refletoras de som.

Este tipo de medidor de vazão também pode ser usado para medir a taxa de fluxo sanguíneo, passando um feixe ultrassônico através dos tecidos, refletindo em uma placa, invertendo a direção do feixe e repetindo a medição, o volume do fluxo sanguíneo pode ser estimado. A frequência do feixe transmitido é afetada pelo movimento do sangue no vaso e, comparando a frequência do feixe a montante versus a jusante, permitindo a medição do fluxo de sangue através do vaso. A diferença entre as duas frequências é uma medida do fluxo de volume real. Um sensor de feixe largo também pode ser usado para medir o fluxo independente da área da seção transversal do vaso sanguíneo.

Medidores de vazão ultrassônico de canal aberto

Neste caso, o elemento ultrassônico está na verdade medindo a altura da água no canal aberto; com base na geometria do canal, o fluxo pode ser determinado a partir da altura. O sensor ultrassônico geralmente também possui um sensor de temperatura porque a velocidade do som no ar é afetada pela temperatura.

TDS-100H Medidor ultrassônico de vazão portátil

O medidor ultrassônico de vazão TDS-100H foi projetado para medir a velocidade do fluido dentro de uma tubulação. Os transdutores são do tipo clamp-on sem contato, o que proporcionará facilidade de instalação, operação e manutenção.

O TDS-100H funciona por tempo de trânsito e utiliza dois transdutores que funcionam como transmissores e receptores ultrassônicos. Os transdutores são fixados na parte externa de um tubo fechado a uma distância específica um do outro. Os transdutores podem ser montados em método V, onde o som atravessa o tubo duas vezes, ou pelo método W, onde o som atravessa o tubo quatro vezes, ou em método Z, onde os transdutores são montados em lados opostos do tubo e o som atravessa o tubo uma vez. Esta seleção do método de montagem depende das características do tubo e do líquido. O medidor de vazão opera transmitindo e recebendo alternadamente uma sequência de emissões de energia sonora modulada em frequência entre os dois transdutores e medindo o tempo de trânsito que leva para o som viajar entre os dois transdutores. A diferença no tempo de trânsito medido está direta e exatamente relacionada à velocidade do líquido na tubulação, conforme mostrado a figura.

TDS-100H Medidor ultrassônico de vazão portátil

 

Onde:

  • θ é o ângulo na direção do fluxo
  • M é o tempo de trânsito do feixe de ultrassom
  • D é diâmetro da tubulação
  • Tup é o tempo de trânsito do transdutor upstream até o transdutor downstream
  • Tdown é o tempo de trânsito do transdutor downstream até o transdutor upstream
  • ΔT=Tup -Tdown

Módulo principal do medidor de vazão

TDS-100H Medidor ultrassônico de vazão portátil

 

TDS-100H Medidor ultrassônico de vazão portátil TDS-100H Medidor ultrassônico de vazão portátil

Transdutores ultrassônicos

TDS-100H Medidor ultrassônico de vazão portátil

Aplicações do medidor de vazão ultrassônico

O medidor de vazão TDS-100H pode ser aplicado em uma ampla gama de medições em tubulações de 20 a 6.000 mm [0,5 a 200 polegadas]. É possível medir a vazão de diversos tipos de líquidos , como: líquidos puros, água potável, produtos químicos, esgoto bruto, água tratada, água de resfriamento, água bruta, efluente, etc. O medidor de vazão não é afetado pela pressão do sistema, sujeira ou desgastes. Os transdutores padrão são classificados para aplicações em até 110 graus centígrados. Temperaturas mais altas podem ser avaliadas sob consulta.

Retentividade dos dados e relógio de tempo real

Todos os valores de configuração inseridos pelo usuário são retidos na memória flash não volátil integrada, que pode armazená-los por mais de 100 anos, mesmo se a energia for perdida ou desligada. Para evitar alterações de configuração inadvertidas ou reinicializações do totalizador, a programação do instrumento é protegida por senha.

O instrumento é dotado de relógio de tempo real que permite acumular valores de vazão instantânea e de volumes totalizados formando um registro de valores no tempo. Ele continua operando enquanto a tensão da bateria for superior a 1,5V. Em caso de falha da bateria, o registro de dados não é garantido. O usuário deve reinserir os valores de tempo adequados caso a bateria fique totalmente esgotada. Um valor de tempo impróprio não afeta outras funções além dos registros no tempo.

Especificações técnicas do produto

Linearidade 0.5%
Repeatibilidade 0.2%
Precisão +1%
Tempo de resposta 0-999 segundos ( configurável)
Velocidade +32 m/s
Diâmetro da tubulação 20mm-6000mm
Unidade de medida Metros, pés, metros cúbicos, litros, pés cúbicos, galões USA, galões Ingleses, Barril de óle, Barril líquido, imperial liquid barrel, milhões de galões, configurável.
Totalizador 7 dígitos, positivo e negativo.
Tipos de líquido Virtualmente qualquer tipo de líquido
Segurança Senha de acesso para ajustes.
Display 4×16 para caracteres Inglês, 4×8 para caracteres chineses
Interface serial RS-232C, baud rate: de 75 a 57600 bps.  Protocolo próprio compatível com medidores de vazão FUJI. Outros protocolos sob consulta.
Transdutores Modelo M1 padrão, outros modelos sob consulta.
Comprimento dos cabos dos trandutores Padrão 2 x 10 metros.
Fonte de alimentação 3 baterias recarregáveis AAA Ni-H internas. 10 horas de operação. Carregador 100V-240VAC.
Data Logger Data logger interno para até 2000 registros de dados.
Totalizador manual Totalizador de 7 dígitos com zeramento pelo teclado.
Material do gabinete ABS
Dimensões do módulo portátil 100 x 66 x 20 mm
Peso do módulo portátil 514g (1.2 libras) baterias.

Composição do conjunto

O medidor de vazão é fornecido com acessórios e maleta.

TDS-100H Medidor ultrassônico de vazão portátil

TDS-100H Medidor ultrassônico de vazão portátil TDS-100H Medidor ultrassônico de vazão portátil

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Os medidores de vazão eletromagnéticos utilizam a Lei de Faraday para detectar e medir a vazão. Dentro de um transmissor de vazão eletromagnético existe uma bobina que gera um campo magnético e eletrodos que capturam o campo elétrico resultante do movimento do líquido que está sob o campo magnético.
Segundo a Lei de Faraday, movendo líquidos condutivos dentro de um campo magnético, gera-se uma força eletromotriz (voltagem). Ou seja, a velocidade do fluxo do líquido movendo dentro do campo magnético gera um campo elétrico proporcional. O campo elétrico E é proporcional a V x B x D (velocidade x campo magnético x diâmetro).


Os transmissores de vazão eletromagnéticos apresentam as seguintes características:

  • Não são afetados por temperatura, pressão, densidade ou viscosidade do líquido;
  • Detectam a vazão também em líquidos contaminados por sólidos e bolhas;
  • Não causam perda de pressão;
  • Não utilizam partes móveis e por isso são mais confiáveis;

Não podem ser utilizados em líquidos que não sejam condutivos.
A condutividade expressa a facilidade com que o líquido permite a condução da corrente elétrica. A condutividade é medida em S/cm (siemens por centímetro).  A água comum da torneira tem condutividade média de 100 a 200 μS/cm, água mineral de 500 μS/cm ou mais, e água pura de 0.1 μS/cm ou menos.

O transmissor de vazão eletromagnético TVE20 permite a medição da vazão de líquidos em tubulações de 10 a 350 milímetros de diâmetro utilizando o princípio eletromagnético baseado na Lei de Faraday.

Características principais

  • Estrutura de múltiplos eletrodos;
  • Alta precisão;
  • Sem partes móveis;
  • Ampla faixa de medição;
  • Alimentação: 85 a 265 VCA ou 18 a 36 VCC;
  • Não obstrui o fluxo do líquido medido;
  • Diversas opções de flanges;
  • Diversas opções de frequências de operação;
  • Permite detectar a direção do líquido;
  • Eletrônica resistente a surtos elétricos;

Aplicações

  • Água e esgoto;
  • Indústria química;
  • Indústria de alimentos;
  • Agricultura;
  • Tratamento de efluentes.

Especificações técnicas do transmissor de vazão TVE20

  • Tamanho: DN10 a DN350
  • Meio: Líquidos condutivos
  • Temperatura do meio: Classe E∠60°C Grau CH∠180°C
  • Precisão: 0,25% a 0,5%
  • Repetibilidade: 0,1% a 0,17%
  • Pressão da tubulação: 0,6, 1,0, 1,6, 2,5, 4,0, 6,4 MPa (ou especificado pelo cliente)
  • Indicações do display: Vazão instantânea, totalização, velocidade, taxa de vazão
  • Sinais de saída: 4 a 20mA, pulsos, RS485, Hart
  • Alimentação: 85 a 265 VCA ou 18 a 36 VCC
  • Tipo de conversor: Integrativo
  • Proteção: IP65/IP68
  • A prova de explosão: Ex deibmb IIC T3 ~ 6
  • Velocidade: 0,05 a 12 m/s
  • Revestimento:   PU (DN25 a DN500) / F4 (PTFE) (DN25 a DN1600) / F46 (FEP) (DN10 a DN200) / PFA (DN10 a 30)
  • Direção do fluxo: Direto e reverso
  • Material do eletrodo:  316L, Pt, Ta, Ti, HB, HC, WC
  • Número de eletrodos: 3 a 6 unidades
  • Material do flange: SS/CS
  • Alarme (normalmente aberto): Vazio, excitação, limite superior e limite inferior
  • Temperatura ambiente: -30°C a 60°C
  • Protocolo de comunicação:  Modbus, Hart

Faixas de medição (m3/h)

DN (mm)

Faixa de medição

Precisão

DN (mm)

Faixa de medição

Precisão

DN10 0,014 a 3,39 0,08 a 2,82 DN300 12,7 a 3052 76 a 2543
DN15 0,03 a 7,63 0,19 a 6,35 DN350 17,3 a 4154 103 a 3461
DN20 0,06 a 13,56 0,33 a 11,34 DN400 22,6 a 5425 1355 a 4521
DN25 0,09 a 21,19 0,52 a 17,66 DN450 28,6 a 6867 171 a 5722
DN32 0,14 a 34,72 0,86 a 29,93 DN500 35,3 a 8478 211 a 7065
DN40 0,23 a 54,25 1,35 a 45,21 DN600 51 a 12208 305 a 10173
DN50 0,35 a 84,78 2,12 a 70,65 DN700 69 a 16616 415 a 13847
DN65 0,6 a 143 3,58 a 119 DN800 90 a 21703 542 a 18086
DN80 0,90 a 217 5,43 a 180 DN900 114 a 27468 686 a 22890
DN100 1,41 a 339 8,48 a 282 DN1000 141 s 33912 847 a 28260
DN125 2,21 a 529 13,25 a 441 DN1200 203 a 48833 1221 a 40694
DN150 3,18 a 763 19,08 a 635 DN1400 277 a 66467 1662 a 55389
DN200 5,65 a 1356 33,91 a 1130 DN1600 361 a 86814 2171 a 72345
DN250 8,83 a 2119 52,99 a 1766 DN1800 457 a 109874 2747 a 91562

Dimensões do transmissor de vazão eletromagnético TVE20 (mm)

DN

H

L

D1

D

n-fd1

C

Pressão

10 160 260 60 90 4-f14 14 PN4.0
15 265 65 95 4-f14 14
20 272 75 105 4-f14 16
25 280 85 115 4-f14 16
32 290 100 140 4-f18 18
40 200 305 110 150 4-f18 18
50 320 125 165 4-f18 20
65 335 145 185 4-f18 20 PN1.6
80 350 160 200 8-f18 20
100 250 370 180 220 8-f18 22
125 405 210 250 8-f18 22
150 300 435 240 285 8-f22 24
200 350 495 295 340 12-f22 24
250 400 545 350 395 12-f22 26 PN1.0
300 500 595 400 445 12-f22 26
350 630 460 505 16-f22 26
400 600 685 515 565 16-f26 26
450 735 565 615 20-f26 28
500 790 620 670 20-f26 28
600 900 725 780 20-f30 34
700 700 1035 840 895 24-f30 30
800 800 1140 950 1015 24-f33 32
900 900 1245 1050 1115 28-f33 34
1000 1000 135 1160 1230 28-f36 34
25 160 280 100 140 4-f18 24 PN6.4
32 290 110 155 4-f22 24
40 200 305 125 170 4-f22 26
50 320 135 180 4-f22 26
65 340 160 205 8-f22 26
80 350 170 215 8-f22 28
100 250 375 200 250 8-f26 30
125 415 240 295 8-f30 34
150 300 485 280 345 8-f30 36
200 350 520 345 415 12-f36 42
250 400 570 400 470 12-f36 46
300 500 625 460 530 16-f36 52
350 680 525 600 16-f39 56

Como selecionar o material do eletrodo

Eletrodo

Aplicação

Não adequado para

316L Água doméstica, água industrial, água bruta, esgoto doméstico, ácidos leves, alcalinos leves, água salgada. Ácidos fortes, alcalinos fortes.
Hastelloy alloy B Ácidos não oxidantes com concentração menor que 10%, hidróxido de Sódio com concentração menor que 50%, hidróxido de amônia, ácido fosfórico, ácidos orgânicos. Ácido nítrico.
Hastelloy C Ácidos compostos (como soluções de ácido de cromo e ácido sulfúrico), sais oxidantes (como água do mar, incluindo CU+++, Fe+++). Ácido hidro clorídrico.
Titânio Sais (como cloretos de sódio e de potássio, sais de amônia, hipoclorito sódico), hidróxido de potássio < 50%, hidróxido de amônia, hidróxido de bário, soluções alcalinas. Ácido clorídrico, ácido sulfúrico, ácido fosfórico, ácido hidro fluorídrico e outros ácidos redutores.
Tântalo Ácido hidro clorídrico < 40%, ácido sulfúrico, dióxido de cloro, cloreto de ferro, ácidos hipoclóricos, cloreto de sódio, acetato de chumbo, ácido nítrico. Soluções alcalinas, ácido hidro fluorídrico.
Ouro platina Praticamente todas as soluções alcalinas. Água régia, sal de amônia.

Como selecionar o material do revestimento

Selecionar de acordo com o líquido e a temperatura.

Revestimento

Símbolo

Desempenho

Temperatura

Aplicação

Borracha CR Resistência à altas concentrações sais ácidos e básicos. ≤70oC Água doméstica e industrial, água do mar.
PTFE PTFE Estável e resistente à líquidos em ebulição, ácidos, água régia e alcalinos concentrados. ≤150oC Ácidos corrosivos, soluções salinas.
Propileno etileno fluorado F46 ou FEP Propriedades químicas equivalentes as do F4, resistência a tração superior à do F4. ≤180oC Soluções corrosivas e salina, pressões negativas.
Poliuretano PU Alta resistência ao desgaste, não adequado para ácidos. ≤70oC Lama, polpas e outros abrasivos.

Solicite informações adicionais ou uma cotação

ASSEMAE – Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento

ASSEMAE é uma organização não governamental sem fins lucrativos, criada em 1984. A Entidade busca o fortalecimento e o desenvolvimento da capacidade administrativa, técnica e financeira dos serviços municipais de saneamento responsáveis pelos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo dos resíduos sólidos e drenagem urbana. Saiba mais

50º CONGRESSO NACIONAL DE SANEAMENTO DA ASSEMAE

O 50º CNSA da ASSEMAE aconteceu em Porto Alegre de 9 a 13 de maio de 2022 e discutiu perspectivas da regionalização do saneamento básico. A lei 14.026/2020 foi analisada por especialistas de diferentes instituições. Cerca de três centenas de inscritos no 50º Congresso Nacional de Saneamento da ASSEMAE (CNSA) acompanharam na quarta-feira (11/5) um debate que reuniu convidados para debater o modelo de regionalização do saneamento básico previsto na Lei 14.026/2020. Saiba mais

Programação do congresso da ASSEMAE

Veja aqui os trabalhos apresentados no congresso da ASSEMAE.

Feira de saneamento da ASSEMAE

A feira foi estruturada com 54 estandes de exposição. Veja aqui as empresas expositoras.

Alfacomp na Feira de Saneamento da ASSEMAE

A Alfacomp esteve presente na Feira de Saneamento da ASSEMAE, apresentando as novas tecnologias para a automação e telemetria do saneamento.

A Alfacomp apresentou a TELEMETRIA DE ÁGUA E ESGOTO com LoraWan

Trata-se de um sistema eletrônico de automação, monitoração e controle dos reservatórios e estações elevatórias de água e esgoto, ETAs (Estações de Tratamento de Água), ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) e demais pontos de interesse como Boosters (Estações de Pressurização), VRPs (Válvulas Reguladoras de Pressão) e pontos de medição de pressão e vazão da rede de distribuição de água tratada. Todo o controle se dá no CCO (Centro de Controle e Operação).

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

” data-image-caption=”” data-medium-file=”https://i0.wp.com/alfacomp.net/wp-content/uploads/2022/04/Telemetria-com-LoraWan-0.png?fit=300%2C300&ssl=1&#8243; data-large-file=”https://i0.wp.com/alfacomp.net/wp-content/uploads/2022/04/Telemetria-com-LoraWan-0.png?fit=1030%2C1030&ssl=1″&gt;

Por que implantar a telemetria com LoraWan?

Em um município sem sistema de telemetria, é a população que avisa a companhia de água e esgoto quando ocorre uma falha no abastecimento.

O sistema de automação e telemetria com LoraWan é necessário para:

  • Garantir o abastecimento da população;
  • Monitorar em tempo real o funcionamento de estações elevatórias, reservatórios, medidores de vazão e demais dispositivos elétricos e hidráulicos do sistema;
  • Armazenar e apresentar dados históricos sobre a qualidade do abastecimento;
  • Alarmar vazamentos, falhas de operação, falhas de equipamentos, intrusões, valores anormais de níveis, pressões e vazões;
  • Prevenir e minimizar perdas;
  • Enfim, garantir a qualidade dos serviços prestados.

O que é a tecnologia LoraWan?

LoRa é uma tecnologia sem fio, assim como o Wi-Fi, LTE, NB-IoT, entre outras. Seu potencial é infinito e foi criado para sua aplicação em IoT. LoRa deriva de (Long Range wireless communication) – Comunicação sem fio de longo alcance. Entre muitas de suas vantagens está a ampla faixa de cobertura e o baixo consumo de energia que proporciona. É a opção perfeita para soluções que requerem baixa largura de banda de dados e operação autônoma de longa duração, como é o caso da telemetria do saneamento.

O que é LoraWAN?

LoraWAN é o protocolo de rede que utiliza a tecnologia Lora. Esse protocolo é a camada superior da comunicação LoRa, e utiliza Media Access Control (MAC). LoraWAN é a camada de software que define como os dispositivos conectados usam a tecnologia LoRa. LoraWAN define os formatos de mensagem e a forma como as mensagens são trocadas entre os componentes da rede.

Como funciona a telemetria do saneamento com a tecnologia LoraWan?

O sistema de telemetria é composto por unidades remotas e por um CCO (Centro de Controle e Operação.

Dotado de computadores e monitores, o CCO permite que a equipe de operação supervisione e controle o funcionamento de todo o sistema de abastecimento de água do município. Do centro de operações é possível comandar de forma automática e manual o funcionamento de elevatórias, reservatórios, boosters, válvulas, comportas, macro medidores de vazão e qualquer outro dispositivo eletromecânico. Toda a comunicação se dá via rádio.

A comunicação entre as unidades remotas e CCO se pela aplicação de gateways Lora que transmitem e recebem dados da nuvem LoraWAN, através de concentradores de comunicação públicos ou privados.

Unidade remota de telemetria de reservatório com LoraWan

A forma mais usual para garantir o abastecimento de água em um bairro ou região de um município consiste em construir reservatórios em pontos elevados da área atendida, ou construir reservatório elevados quando a região é plana. A água é conduzida aos pontos de consumo por gravidade e o sistema de abastecimento municipal tem como missão, manter os reservatórios abastecidos.

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

” data-image-caption=”” data-medium-file=”https://i0.wp.com/alfacomp.net/wp-content/uploads/2022/04/Telemetria-com-LoraWan-2.png?fit=300%2C300&ssl=1&#8243; data-large-file=”https://i0.wp.com/alfacomp.net/wp-content/uploads/2022/04/Telemetria-com-LoraWan-2.png?fit=1030%2C1030&ssl=1&#8243; data-recalc-dims=”1″>

Unidade remota de telemetria de elevatória com LoraWan

Cabe à estação elevatória de água a função de manter o reservatório abastecido. Para tanto, a informação do nível do reservatório deve ser transmitida à elevatória para que essa, por sua vez, comande o funcionamento dos grupos moto bombas de maneira a manter o reservatório sempre com o nível dentro dos níveis predefinidos de operação.

A informação de nível de cada reservatório é repassada à sua respectiva estação elevatória pelo sistema da comunicação via rádio, centralizado no CCO.

Nesse tipo de configuração o reservatório terá dois níveis (set points) pré-definidos pela operação:

  • Nível de liga: O nível de liga é mais baixo que o nível de desliga e é aquele nível, que quando atingido, indica para a lógica de comando da elevatória que o grupo moto-bomba deve ser ligado.
  • Nível de desliga: O nível de desliga é mais alto que o nível de liga e é aquele nível, que quando atingido, indica para a lógica de comando da elevatória que o grupo moto-bomba deve ser desligado.

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

” data-image-caption=”” data-medium-file=”https://i0.wp.com/alfacomp.net/wp-content/uploads/2022/04/Telemetria-com-LoraWan-1.png?fit=300%2C300&ssl=1&#8243; data-large-file=”https://i0.wp.com/alfacomp.net/wp-content/uploads/2022/04/Telemetria-com-LoraWan-1.png?fit=1030%2C1030&ssl=1&#8243; data-recalc-dims=”1″>

A figura acima apresenta uma topologia típica de uma elevatória de água tratada  de um sistema de distribuição de água tratada municipal. O diagrama mostra os componentes básicos de uma elevatória composta por dois conjuntos moto bomba, principal e reserva, e apresenta também o reservatório abastecido por essa elevatória, que pode estar distante quilômetros da elevatória.

Painel de telemetria com LoraWan

A figura a seguir mostra um exemplo de unidade remota de telemetria utilizada na automação da estação elevatória e reservatórios.

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

” data-image-caption=”” data-medium-file=”https://i0.wp.com/alfacomp.net/wp-content/uploads/2022/04/Telemetria-com-LoraWan-3.png?fit=300%2C300&ssl=1&#8243; data-large-file=”https://i0.wp.com/alfacomp.net/wp-content/uploads/2022/04/Telemetria-com-LoraWan-3.png?fit=1030%2C1030&ssl=1&#8243; data-recalc-dims=”1″>

Outras feiras importante do saneamento

FENASAN – Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente

ABES –  Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Agenda de Cursos e Eventos

Leia também

O que é a pitometria?

A Pitometria é uma técnica de medição de vazão em tubulações através da medição da pressão diferencial. A técnica leva o nome do físico Henri Pitot que desenvolveu um instrumento chamado Tubo de Pitot.

Como funciona o Tubo de Pitot na medição de vazão?

O Tubo de Pitot, também conhecido como sonda pitot, é um dispositivo de medição de fluxo usado para medir a velocidade do fluxo de um fluido. O tubo de pitot foi inventado pelo engenheiro francês Henri Pitot no início do século 18 e foi modificado para sua forma moderna em meados do século 19 pelo cientista francês Henry Darcy. É amplamente utilizado para determinar a velocidade do ar de uma aeronave, a velocidade da água de um barco e para medir as velocidades de fluxo de líquido, ar e gás em aplicações industriais.

Tubo de Pitot

O tubo Pitot básico consiste em um tubo que aponta diretamente para o fluxo de fluido. Como este tubo contém fluido (vermelho), uma pressão pode ser medida; o fluido em movimento é colocado em repouso (estagna), pois não há saída para permitir que o fluxo continue. Essa pressão é a pressão de estagnação do fluido, também conhecida como pressão total ou (particularmente na aviação) a pressão de Pitot.

A diferença (3) entre as duas alturas do fluido vermelho é proporcional à velocidade do líquido transportado na tubulação, e, consequentemente, é proporcional a vazão. A velocidade do líquido transportado é calculada segundo as equações de Bernoulli.

A importância da Pitometria para o saneamento

Por razões técnicas e econômicas, a medição precisa das vazões de água em tubulações de grande diâmetro é um desafio para as empresas de abastecimento de água que diariamente precisam produzir, transportar e distribuir quantidades crescentes deste produto. É também um estímulo para os fabricantes de medidores de vazão que são solicitados a oferecer soluções para essa demanda metrológica progressivamente desafiadora.

Nas últimas décadas, com base no desenvolvimento de sensores, processadores eletrônicos de sinais e softwares, foi possível testemunhar o surgimento de novas tecnologias de medição de vazão de água para essas aplicações, como os medidores eletromagnéticos full bore amplamente utilizados, os medidores de vazão ultrassônicos de tempo de trânsito e os medidores de inserção eletromagnéticos e térmicos que se propõem a substituir os antigos medidores de pressão diferencial, como o conhecido tubo de Venturi e suas diversas variações construtivas. Esses desenvolvimentos foram induzidos pela necessidade de automação e controle dos processos de medição de vazão de água associada à necessidade de melhorar a confiabilidade dos resultados da medição de vazão.

Apesar do processo natural de modernização dos sistemas de medição de vazão utilizados pelas empresas de água, o que ocorre na prática é uma série de questões decorrentes da aplicação dessas novas tecnologias em tais situações. Vale destacar os seguintes tópicos:

  • A questão da recalibração dos medidores de vazão dentro da periodicidade estabelecida na regulamentação metrológica ainda permanece sem solução. A remoção de um medidor de vazão de grande diâmetro total de seu local de operação no campo e seu envio para um laboratório de calibração é, na maioria dos casos, técnica e economicamente impraticável;
  • Os sistemas de aquisição e tratamento de sinal nesses medidores utilizam eletrônica e software proprietários que são difíceis de serem auditadas e validadas sob a ótica da metrologia legal, transparência e confiabilidade dos resultados da medição de vazão;
  • Devido às grandes dimensões das tubulações, alguns tipos de medidores de vazão utilizam a técnica de amostragem de vazão velocidades apenas em um ponto específico na seção transversal do tubo ou apenas em um ou dois caminhos através do fluxo, inferir a vazão de água com base nessa amostra de velocidade de vazão, simplesmente desprezando a possibilidade de ocorrência de escoamentos com perfis de velocidade assimétricos ou com presença de vórtices de turbulência;
  • Os critérios considerados pelos usuários na implantação de um sistema de medição de água em grandes adutoras muitas vezes consideram apenas os custos do investimento inicial, sem avaliar os custos de operação do medidor, sem garantir a disponibilidade de peças de reposição e serviços de assistência técnica e sem garantir a rastreabilidade metrológica dos resultados de medição durante os muitos anos de operação do medidor.

Técnica de pitometria

Considerando as questões preocupantes apresentadas anteriormente, o Laboratório de Fluxo de Fluidos do IPT-Instituto de Pesquisas Tecnológicas no Brasil, desenvolveu uma metodologia para medição de fluxo de água em grandes tubulações baseada na técnica fundamental de pitometria e utilizando o tubo de Pitot tipo Cole para mapear os perfis de velocidade de fluxo nas tubulações.

Tubo de Pitot tipo Cole

Basicamente, o Tubo de Pitot tipo Cole é uma sonda de pressão diferencial projetada por Edward Cole por volta de 1896 e é composto por dois tubos paralelos de aproximadamente 6 mm de diâmetro externo, dobrados a 90º ângulo e orientado opostamente nas extremidades. O tubo de Pitot tipo Cole é mostrado na figura abaixo.

Tubo Pitot tipo Cole

Tubo Pitot tipo Cole

Um bico de pressão está na posição frontal ao caminho de fluxo do líquido e o outro na posição oposta. A ponta frontal para a vazão (ponta A) mede a pressão total e a outra (ponta B) mede a pressão da esteira de vazão, definindo um sinal de pressão diferencial medido por transdutores de pressão e que é proporcional ao quadrado da vazão do liquido.

Conforme mostrado abaixo, na medição das vazões de água em grandes tubulações é comum o uso de um Tubo de Pitot tipo Cole modificado, que possui um pino de segurança localizado entre as pontas para protegê-las de possíveis danos causados ​​por seu impacto contra a parede interna do tubo durante a inserção da sonda.

Tubo Pitot tipo Cole

Tubo de Pitot tipo Cole modificado com um pino de segurança entre as pontas.

Calibração do tubo Pitot tipo Cole

No IPT, os tubos de Pitot do tipo Cole são calibrados usando um túnel de vento aerodinâmico conforme mostrado na figura abaixo.

Tubo Pitot tipo Cole - Calibração

Tubo Pitot tipo Cole – Calibração no túnel de vento aerodinâmico do Laboratório de Fluxo de Fluidos do IPT

Testes realizados no IPT utilizando um túnel de vento e um grande tanque mostraram que tubos de Pitot tipo Cole podem ser calibrados em fluxos de ar e usados ​​em fluxos de água, desde que respeitada a semelhança do número de Reynolds.

Durante a calibração, o Tubo de Pitot tipo Cole é posicionado na área central da seção de descarga do túnel de vento, evitando as regiões próximas às suas paredes internas. Um tubo de Pitot estático convencional tipo L é usado como sonda de velocidade do ar de referência. Ambos os tubos de Pitot são conectados a transdutores de pressão e dois tubos ascendentes são comparadas sequências de pontos que consistem em dez velocidades de fluxo de ar entre 5 m/s e 36 m/s. Baseado na similaridade dos números de Reynolds, onde

Rewater = Reair

estes limites de velocidade de fluxo de ar correspondem a velocidades de fluxo de água de 0,3 m/s e 2,4 m/s, respectivamente.

O coeficiente de calibração médio recomendado pela literatura para tubos de Pitot convencionais tipo Cole, incluindo correções, é 0,8696. A figura abaixo apresenta um conjunto de medições que são comumente utilizadas por empresas de abastecimento de água no Brasil. Esta figura mostra a dependência do coeficiente de calibração (Cc) do tubo de Pitot tipo Cole com o número de Reynolds de vazão. O número de Reynolds é definido como:

Re = ( V L ) / v

onde V é a velocidade do fluxo do fluido em m/s, L é um comprimento característico, aqui fixado como 1 m, n = 1,004 x 10(6) m/s2 é a viscosidade cinemática da água a 20 °C.

Os resultados mostrados na figura para 5 x 10(5) < Re < 3 x 10(6), correspondem a uma faixa de velocidade de fluxo de água de 0,5 m/s < V < 3,0 m/s. Nesta faixa de velocidade, o coeficiente de calibração do tubo de Pitot tipo Cole varia entre 0,883 para 0,5 m/s e 0,861 para 3,0 m/s com valor médio de 0,867.

Dependência do número de Reynolds do coeficiente de calibração (Cc) dos tubos de Pitot tipo Cole conforme referência

Dependência do número de Reynolds do coeficiente de calibração (Cc) dos tubos de Pitot tipo Cole conforme referência

O coeficiente de calibração do tubo de Pitot tipo Cole é obtido usando a seguinte equação:

Tubo Pitot tipo Cole - Calibração

onde Cs = 0,997 é o coeficiente de calibração do tubo Pitot-estático tipo L usado como padrão, dPs e dPc são, respectivamente, as pressões diferenciais obtidas pelo tubo Pitot-estático tipo L e tubo Pitot tipo Cole .

Perfil de velocidade de fluxo

Para a determinação da vazão de água, a orientação da norma técnica ISO 3966 é seguida para o cálculo da velocidade média de escoamento na seção transversal da tubulação utilizando tubo de Pitot tipo Cole e o método log-linear para o mapeamento das velocidades de escoamento em onze pontos distribuídos ao longo do diâmetro de medição do conduto.

Nas figuras a seguir, respectivamente, os taps de pitometria são mostradas no perímetro externo da tubulação e as onze posições de medição ao longo do diâmetro de medição em relação à dimensão de referência h, cuja numeração inicia no ponto da travessa mais próximo do tap e termina no ponto diametralmente oposto.

Tubo Pitot tipo Cole - Calibração

Posição dos taps para mapeamento do perfil de velocidade do fluxo ao longo de dois diâmetros dispostos perpendicularmente entre si.

 

Tubo Pitot tipo Cole - Calibração

Posições dos pontos de medição de velocidade ao longo da poligonal.

 

A próxima figura mostra um exemplo de perfil de velocidade de fluxo de água incluindo os onze pontos de medição de velocidade.

Tubo Pitot tipo Cole - Calibração

Perfil de velocidade de fluxo de água determinado pelo mapeamento das velocidades de fluxo em onze pontos ao longo do diâmetro de medição do conduto.

Cálculo da vazão volumétrica

O caudal volumétrico de água (Q) na tubulação é calculado em função da velocidade média do caudal (V) na secção de medição e da área da secção transversal interna (S) do local de medição. Isso é:

Tubo Pitot tipo Cole - Vazão

Cc = Coeficiente de calibração do tubo de Pitot tipo Cole;

dPi = Pressão diferencial medida em cada ponto do mapeamento de velocidade, desconsiderando o ponto central no eixo do tubo;

Po = Densidade da água nas condições de medição, considerada igual a 997.043 kg/m³.

A vazão volumétrica de água também pode ser calculada a partir da velocidade de vazão no ponto central da seção de medição (Vc), o fator de velocidade média (VF) e a área da seção transversal interna do local de medição (S). Isso é:

Q = VF × VC × S

Onde:

Tubo Pitot tipo Cole - Vazão

VF é o fator de cálculo da velocidade média, particular da vazão, e válido exclusivamente para a tubulação específica, com suas singularidades próximas a montante e jusante da estação pitométrica e faixa de números de Reynolds característica. Esta é uma correlação empírica para o cálculo da integral de pressão diferencial medida com o tubo Pitot Cole no ponto central do eixo do tubo.

Esquema de instrumentação da pitometria

A metodologia desenvolvida e aplicada pelo IPT permite o monitoramento do sinal de um medidor de vazão presente em série na mesma tubulação durante o processo de mapeamento do perfil de velocidade, conforme mostrado na figura abaixo. Isso permite realizar simultaneamente a calibração do medidor de vazão e fazer correções de possíveis flutuações de vazão que podem ocorrer durante as medições.

A próxima figura mostra o esquema de instrumentação utilizado para o mapeamento dos perfis de velocidade de escoamento estabelecidos na seção de medição da tubulação.

Tubo Pitot tipo Cole - Vazão

Esquema da instrumentação utilizada para o mapeamento dos perfis de velocidade de fluxo utilizando a técnica de pitometria.

Estudo de caso de pitometria

Para ilustrar a aplicação do método de medição de vazão de água pela técnica de pitometria em tubulações de grande diâmetro, apresenta-se a seguir um estudo de caso envolvendo a calibração de um sistema de medição de vazão de água.

Descrição da instalação

A figura a seguir mostra o esquema de uma estação de bombeamento de água que opera com duas bombas hidráulicas axiais de mesmo tamanho em paralelo. Na tubulação de descarga de 2232 mm de diâmetro interno, feita em aço, está instalado um medidor de vazão ultrassônico de tempo de transito com dois pares de transdutores que precisavam ter seu desempenho metrológico avaliado.

Tubo Pitot tipo Cole - Vazão

Esboço da tubulação de descarga da estação de bombeamento, indicando os locais de instalação dos transdutores do medidor de vazão ultrassônico e a estação pitométrica.

As medidas de vazão de água foram realizadas aplicando a técnica de pitometria utilizando dois tubos de Pitot tipo Cole montados perpendicularmente um ao outro e transversalmente ao eixo longitudinal do conduto através de duas conexões especiais de inserção, comumente conhecidas como taps.

Para realizar a calibração da indicação do medidor de vazão ultrassônico da estação de bombeamento, paralelamente à medição da vazão de água com tubos de Pitot, foi realizada a aquisição dos dados da indicação de vazão do medidor ultrassônico. Para isso, foi instalado um registrador de dados em série na saída do sinal elétrico (4 mA a 20 mA) do medidor ultrassônico enviado para o sistema supervisório instalado na sala de controle da estação de bombeamento.

Nos itens a seguir, são apresentados os resultados obtidos no levantamento dos perfis de velocidade de vazão, no monitoramento da vazão da bomba e na calibração do medidor ultrassônico.

Resultados do mapeamento de perfis de velocidade de fluxo

As próximas figuras mostram os gráficos das vazões instantâneas medidas com a técnica de pitometria, em dois diâmetros de 90°, e as vazões indicadas pelo medidor ultrassônico durante as medições realizadas na tubulação de descarga da estação de bombeamento, respectivamente, apenas com a bomba #1 em funcionamento e com as bombas #1 e #2 em paralelo.

Tubo Pitot tipo Cole - Vazão

Vazões de água medidas pelo medidor ultrassônico versus pitometria, apenas com a bomba nº 1 em operação.

 

Tubo Pitot tipo Cole - Vazão

Vazões de água medidas pelo medidor ultrassônico versus pitometria, com as bombas #1 e #2 operando em paralelo.

As próximas figuras mostram as folhas de resultados do mapeamento de pitometria realizado na tubulação de descarga da estação de bombeamento, respectivamente, para o caso de operação somente com bomba #1 e para bombas #1 e #2 operando em paralelo.

Tubo Pitot tipo Cole - Vazão

Dados pitométricos e perfis de velocidade de vazão na tubulação de descarga da estação de bombeamento operando apenas com a bomba nº 1.

 

Tubo Pitot tipo Cole - Vazão

Dados pitométricos e perfis de velocidade de vazão na tubulação de descarga da estação de bombeamento operando com as bombas #1 e #2 em paralelo.

A próxima figura mostra os erros de medição determinados na calibração do medidor de vazão ultrassônico nas duas vazões usuais da estação de bombeamento.

Tubo Pitot tipo Cole - Vazão

Erros de medição de vazão apresentados pelo medidor ultrassônico.

As informações e dados dos parâmetros medidos registrados durante as medições indicaram que as incertezas associadas aos valores medidos eram da ordem de 2,0 % da vazão de água medida por meio da técnica de pitometria, o que é totalmente compatível com as condições e dificuldades resultante da medição do fluxo de água no campo em uma grande tubulação.

Conclusão

Com base nos bons resultados obtidos em um grande número de aplicações em tubulações de água bruta e tratada junto a empresas de saneamento, a técnica fundamental e auditável da pitometria tem se mostrado uma ferramenta bastante adequada para validação de vazão de água. Ou seja, a técnica de pitometria permite a recalibração dos medidores de vazão dentro da periodicidade estabelecida nas normas metrológicas sem a necessidade de retirar o medidor de vazão de seu local de operação em campo. Além disso, não é necessário conhecer e dominar a tecnologia de aquisição e processamento de sinal utilizada por esses medidores, pois o resultado final do sistema de medição como um todo é validado para garantir a confiabilidade dos resultados da medição de vazão. Da mesma forma, os efeitos da instalação do medidor, as condições do fluxo de água na tubulação e a amostragem da velocidade do fluxo apenas em um ponto específico da seção transversal do tubo (no caso de medidores de velocidade pontual) ou apenas em um ou dois trajetórias através do fluxo (no caso de medidor ultrassônico por tempo de trânsito) são resolvidas. Finalmente, a rastreabilidade metrológica dos resultados de medição pode ser garantida durante os muitos anos de operação do medidor. No entanto, embora as incertezas associadas aos resultados das medições realizadas pela aplicação da técnica de pitometria sejam maiores quando comparadas às obtidas em calibrações de medidores de vazão de água em bancada de laboratório, elas podem ser melhoradas com a padronização técnica da forma e dimensões dos tubos de Pitot, pelo aprimoramento dos métodos de calibração das sondas e pelo uso de técnicas de modelagem matemática de vazão.

Créditos

TAIRA. N.M.; KAWAKITA, K.; RUIZ, V. Pitometry as a validation tool for water flow measurement in large diameter pipelines. Anais do 18th International Flow Measurement Conference – FLOMEKO 2019, Lisboa, Portugal, 26-28 de junho de 2019, p.1-6.

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O que é a TELEMETRIA DE ÁGUA E ESGOTO com LoraWan?

Trata-se de um sistema eletrônico de automação, monitoração e controle dos reservatórios e estações elevatórias de água e esgoto, ETAs (Estações de Tratamento de Água), ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) e demais pontos de interesse como Boosters (Estações de Pressurização), VRPs (Válvulas Reguladoras de Pressão) e pontos de medição de pressão e vazão da rede de distribuição de água tratada. Todo o controle se dá no CCO (Centro de Controle e Operação).

Por que implantar a telemetria com LoraWan?

Em um município sem sistema de telemetria, é a população que avisa a companhia de água e esgoto quando ocorre uma falha no abastecimento.

O sistema de automação e telemetria com LoraWan é necessário para:

  • Garantir o abastecimento da população;
  • Monitorar em tempo real o funcionamento de estações elevatórias, reservatórios, medidores de vazão e demais dispositivos elétricos e hidráulicos do sistema;
  • Armazenar e apresentar dados históricos sobre a qualidade do abastecimento;
  • Alarmar vazamentos, falhas de operação, falhas de equipamentos, intrusões, valores anormais de níveis, pressões e vazões;
  • Prevenir e minimizar perdas;
  • Enfim, garantir a qualidade dos serviços prestados.

O que é a tecnologia LoraWan?

LoRa é uma tecnologia sem fio, assim como o Wi-Fi, LTE, NB-IoT, entre outras. Seu potencial é infinito e foi criado para sua aplicação em IoT. LoRa deriva de (Long Range wireless communication) – Comunicação sem fio de longo alcance. Entre muitas de suas vantagens está a ampla faixa de cobertura e o baixo consumo de energia que proporciona. É a opção perfeita para soluções que requerem baixa largura de banda de dados e operação autônoma de longa duração, como é o caso da telemetria do saneamento.

O que é LoraWAN?

LoraWAN é o protocolo de rede que utiliza a tecnologia Lora. Esse protocolo é a camada superior da comunicação LoRa, e utiliza Media Access Control (MAC). LoraWAN é a camada de software que define como os dispositivos conectados usam a tecnologia LoRa. LoraWAN define os formatos de mensagem e a forma como as mensagens são trocadas entre os componentes da rede.

Como funciona a telemetria do saneamento com a tecnologia LoraWan?

O sistema de telemetria é composto por unidades remotas e por um CCO (Centro de Controle e Operação.

Dotado de computadores e monitores, o CCO permite que a equipe de operação supervisione e controle o funcionamento de todo o sistema de abastecimento de água do município. Do centro de operações é possível comandar de forma automática e manual o funcionamento de elevatórias, reservatórios, boosters, válvulas, comportas, macro medidores de vazão e qualquer outro dispositivo eletromecânico. Toda a comunicação se dá via rádio.

A comunicação entre as unidades remotas e CCO se pela aplicação de gateways Lora que transmitem e recebem dados da nuvem LoraWAN, através de concentradores de comunicação públicos ou privados.

Unidade remota de telemetria de reservatório com LoraWan

A forma mais usual para garantir o abastecimento de água em um bairro ou região de um município consiste em construir reservatórios em pontos elevados da área atendida, ou construir reservatório elevados quando a região é plana. A água é conduzida aos pontos de consumo por gravidade e o sistema de abastecimento municipal tem como missão, manter os reservatórios abastecidos.

Unidade remota de telemetria de elevatória com LoraWan

Cabe à estação elevatória de água a função de manter o reservatório abastecido. Para tanto, a informação do nível do reservatório deve ser transmitida à elevatória para que essa, por sua vez, comande o funcionamento dos grupos moto bombas de maneira a manter o reservatório sempre com o nível dentro dos níveis predefinidos de operação.

A informação de nível de cada reservatório é repassada à sua respectiva estação elevatória pelo sistema da comunicação via rádio, centralizado no CCO.

Nesse tipo de configuração o reservatório terá dois níveis (set points) pré-definidos pela operação:

  • Nível de liga: O nível de liga é mais baixo que o nível de desliga e é aquele nível, que quando atingido, indica para a lógica de comando da elevatória que o grupo moto-bomba deve ser ligado.
  • Nível de desliga: O nível de desliga é mais alto que o nível de liga e é aquele nível, que quando atingido, indica para a lógica de comando da elevatória que o grupo moto-bomba deve ser desligado.

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

A figura acima apresenta uma topologia típica de uma elevatória de água tratada  de um sistema de distribuição de água tratada municipal. O diagrama mostra os componentes básicos de uma elevatória composta por dois conjuntos moto bomba, principal e reserva, e apresenta também o reservatório abastecido por essa elevatória, que pode estar distante quilômetros da elevatória.

Painel de telemetria com LoraWan

A figura a seguir mostra um exemplo de unidade remota de telemetria utilizada na automação da estação elevatória e reservatórios.

A tecnologia LoraWan na telemetria do saneamento

RAK7431 – Rádio modem LoraWan RS485

RAK7431 - Rádio modem LoraWan RS485

RAK7431 – Rádio modem LoraWan RS485

RAK7431 WisNode Bridge Serial é um conversor RS485 para LoRaWAN projetado para aplicações industriais. O dispositivo retransmite dados ModBUS usando a rede LoRaWAN como meio de transmissão sem fio de e para os dispositivos finais.

O RAK7431 pode operar em todas as bandas LoRaWAN dentro dos parâmetros padrão definidos pela LoRa Alliance. Seu alcance em ambiente aberto é de mais de 15 km e em casos industriais, onde existem obstruções pesadas no caminho do sinal de RF, o desempenho é melhorado em comparação aos sistemas sem fio convencionais devido às características do LoRa como técnica de modulação. Isso permite uma qualidade de sinal consistentemente boa dentro dos limites de grandes fábricas, escritórios densamente povoados, armazéns, etc.

Estes dispositivos compatíveis com RS485 podem endereçar até 16 nós terminais de clientes. A conversão de e para estruturas LoRa é perfeita e permite controle e monitoramento em tempo real de vários dispositivos RS485, para acessar e controlar os nós terminais RS485.

Plataforma Eagle IoT industrial

Eagle - Plataforma IoT industrial

É um conjunto de soluções de hardware e software com a tecnologia Internet das Coisas (IoT) e foco na Gestão de Utilidades e Gestão de Ativos. A Plataforma Eagle IoT industrial foi desenvolvida para:

  • Redução de Custos Operacional;
  • Manutenção preventiva e preditiva;
  • Disponibilização de informações para a tomada de decisão.

A solução permite coletar informação em tempo real, a baixo custo e com agilidade e flexibilidade, para ganho de eficiência.

Áreas de aplicação da Plataforma Eagle IoT industrial

  • Grupos geradores;
  • Usinas solares;
  • Energia;
  • Iluminação;
  • Saneamento;
  • Climatização;
  • No-breaks;
  • Sistemas de aquecimento;
  • Gestão de utilidades.

Topologia da Plataforma Eagle IoT Industrial

Eagle - Plataforma IoT industrial

Gateways IG-8K e IG-9K

Eagle - Plataforma IoT industrialOs gateways Eagle são gateways WIFI/Ethernet/Celular para comunicação com equipamentos dotados de comunicação MODBUS e publicação dos dados coletados junto a eles a um broker MQTT.

Os mesmos podem operar, também, em modo Transparente (Bridge) em conjunto com sistemas on-premise, tornando bidirecional a comunicação no parque instalado, bem como coletar informações medidores de energia para posterior publicação.

Os gateways possuem FOTA (Firmware Over-The-Air ), possibilitando atualização remota sem necessidade de cabos e softwares de programação, auxiliando na manutenção à distância, de todos os gateways instalados em campo.

Conectividade

WiFi (802.11 b/g/n) – Utilizando antena externa 1, é possível estabelecer conexão sem fios à redes locais utilizando IP Fixo ou Dinâmico (DHCP).
Fast Ethernet (100Mbps) – Através do conector RJ45, o gateway pode se conectar a uma rede Ethernet cabeada, obtendo IP Fixo ou Dinâmico (DHCP).
Rede Celular (LTE, CAT-M1, NBIoT, 2G, 4G e pronto para o 5G) – IG-9k/M possui conexão com redes celulares, sendo capaz de utilizar os mesmos protocolos das redes WiFi e ETH.

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Baseado no e-book “Solar Pumping – The Basics – World Bank. 2018. “Solar Pumping: The Basics.” World Bank, Washington, DC.

O que é bombeamento solar de água?

Chamamos de bombeamento solar de água o processo de recalcar água utilizando a energia solar captada por painéis fotovoltaicos (solares) para alimentar os motores das bombas.

Nos últimos anos, a tecnologia e o preço do bombeamento solar evoluíram fortemente, viabilizando o bombeamento solar.

A capacidade dos sistemas de recalque utilizando a energia solar foi expandida. As primeiras bombas solares tinham desempenho limitado e estavam restritas a aplicações de bombeamento de água superficiais e com baixa demanda de água.

Atualmente, as bombas podem atingir poços mais profundos (500 metros), e recalcar volumes de água maiores (1.500 m3/dia). A eficiência das bombas também aumentou consideravelmente.

Quais são as aplicações do bombeamento solar?

A maior demanda está dentro de áreas rurais desassistidas de rede elétrica, ou que dependem de geração elétrica baseada em combustíveis fósseis. As aplicações potenciais incluem:

  • Abastecimento de água potável para instituições (tradicional nicho de mercado para escolas e postos de saúde)
  • Esquemas de abastecimento de água em escala comunitária (esquemas de aldeias maiores)
  • Abastecimento de água para gado (individual ou comunitário)
  • Irrigação em pequena escala (agricultores individuais ou cooperativas)

O bombeamento solar é mais competitivo em regiões com alta insolação solar, que incluem a maior parte da África, América do Sul, Sul e Sudeste Asiático.

Mapa global de radiação solar. Fonte: The World Bank.

Mapa global de radiação solar. Fonte: The World Bank.

Embora todas essas regiões do planeta tenham alta radiação (ver Figura), a disponibilidade dos recursos hídricos varia significativamente.

Vantagens do bombeamento solar

  • Os sistemas de bombeamento solar consomem pouco ou nenhum combustível. Ao utilizar a luz solar disponível gratuitamente, eles permitem eliminar a utilização de combustíveis caros e poluentes. Ao contrário dos sistemas à base de diesel (ou seja, onde um gerador a diesel alimenta a bomba), o bombeamento solar produz energia limpa.
  • Os sistemas de bombeamento solar são duráveis ​​e confiáveis. Os painéis fotovoltaicos têm uma vida útil de mais de 20 anos e as bombas solares têm poucas partes móveis e requerem pouca manutenção (ao contrário das bombas a diesel).
  • Os sistemas de bombeamento solar são modulares, portanto, podem ser adaptados às necessidades atuais de energia e facilmente expandidos com a adição de painéis fotovoltaicos e acessórios.
  • Sistemas solares instalados corretamente são seguros e de baixo risco devido à baixa tensão do sistema. O projeto adequado minimiza o risco de acidentes.

Como funciona o bombeamento solar de água?

Um sistema de bombeamento de água movido a energia solar é como qualquer outro sistema de bombeamento, exceto que sua fonte de energia é a energia solar. A tecnologia de bombeamento solar abrange todo o processo de conversão de energia, desde a luz solar, à energia elétrica, à energia mecânica, à energia armazenada. O processo é elegante e simples.

Funcionamento do bombeamento solar - Fonte: The World Bank.

Funcionamento do bombeamento solar – Fonte: The World Bank.

Dimensionamento do sistema de bombeamento solar

O projeto conceitual de sistemas de bombeamento solar é melhor realizado analisando os seguintes sete parâmetros principais:

  • Demanda de água
  • Fontes de água
  • Vazão de água necessária
  • Armazenamento da água
  • Altura manométrica do recalque
  • Localização dos painéis fotovoltaicos
  • Recurso solar

O processo de projeto é complementado pelo domínio das tecnologias que serão utilizadas no sistema. Depois disso, deve ser possível fazer um cálculo aproximado de dimensionamento e custo do sistema de bombeamento solar.

Demanda de água

O dimensionamento do sistema de água solar depende principalmente da demanda de água, medida em m3/dia ou litros/dia. A água é considerada para consumo humano e/ou pecuário ou para irrigação.

A água potável para consumo humano em uma vila/cidade é estimada a partir do tamanho da população e o consumo diário de água per capita. Por exemplo, se o sistema for atender uma população de 2.000 e o padrão de fornecimento é de 30 litros per capita por dia, então a capacidade de projeto do sistema deve ser de pelo menos 60.000 litros/dia ou 60 m3/dia. Da mesma forma, a demanda de água para o gado dependerá do tipo e quantidade de gado.

A avaliação da demanda de água para irrigação é consideravelmente mais complexa e depende da área, do solo, hidratação e propriedades, taxas de evaporação, seleção de culturas, espaçamento, épocas de cultivo, tipo de irrigação, etc., e é melhor determinado por um agrônomo, para evitar o  super ou sub abastecimento de água, e para determinar as épocas ideais de cultivo. Os padrões usados ​​para determinar a demanda de água geralmente são obtidos junto aos órgãos e agências governamentais do país. Projetos normalmente consideram o crescimento populacional e a sazonalidade da demanda.

Fontes de água

A água potável é geralmente obtida através de fontes abertas ou águas superficiais, como rios, córregos e barragens; ou fontes de águas subterrâneas, como poços. Cada fonte de água apresenta um nível de segurança de abastecimento e de qualidade. Em geral, as águas subterrâneas são preferidas para água potável.

Ao avaliar as fontes de água de superfície, os seguintes aspectos devem ser cuidadosamente considerados:

  • Disponibilidade de água e níveis de bombeamento. A contabilização das variações sazonais é extremamente importante, uma vez que algumas fontes podem secar, enquanto outras podem ser propensas a inundações e alto risco. O nível de água pode variar consideravelmente entre as estações, afetando a altura de bombeamento.
  • Qualidade da água. Detritos, lodo e sedimentos podem causar danos às bombas se não forem devidamente filtrados na entrada da bomba.

A água subterrânea é uma fonte de água comumente usada. As águas subterrâneas estão contidas em aquíferos, reservatórios de água subterrâneos acessados ​​por poços ou cavernas. Um teste de bombeamento é realizado para avaliar a quantidade de água que pode ser bombeada de um determinado aquífero. O teste determina a capacidade máxima (em m3/h), bem como o rebaixamento, ou profundidade a que o nível de água o poço cairá para uma determinada vazão e duração (rendimento por metro de rebaixamento). Quanto menor o rebaixamento, maior a capacidade do manancial.

A demanda de água que excede a capacidade de um aquífero pode levar ao bombeamento excessivo. O bombeamento excessivo é evidenciado pelo rebaixamento do nível do lençol. Isso pode levar à precipitação de metais pesados, causando a infiltração de nitrato e pesticidas na água e a formação de sedimentos que podem entupir a bomba. Este ciclo vicioso leva ao aumento dos custos de manutenção da bomba, necessidade de tratamento de água, esgotamento de aquíferos de longo prazo e, possivelmente, redução da vida dos aquíferos.

Vazão de água necessária

A vazão de projeto de uma bomba é obtida dividindo-se a quantidade diária de água demanda pelo número total de horas de bombeamento em um dia. As aplicações de bombeamento solar, no entanto, usam o número de horas de sol de pico para estimar as horas diárias de bombeamento.

Por exemplo, em um recurso solar com média de 7,0 kWh/m2/dia, o horário de pico do sol é de 7 horas/dia. Para uma necessidade diária de água de 70 m3/dia, a vazão de projeto é de 70.000 litros/dia/7 horas/dia = 10.000 litros/hora. A vazão de projeto não deve exceder o bombeamento máximo da fonte de água permitido para a fonte de onde a água será recalcada. A vazão de projeto é usada para futuros cálculos de queda de pressão da água e dimensionamento da tubulação.

Armazenamento de água

A maioria dos sistemas de bombeamento solar requer capacidade de armazenamento de água para melhorar o desempenho e a confiabilidade. A confiabilidade é melhorada quando um reservatório é usado para armazenar a água extraída durante as horas de sol para atender às necessidades de água à noite ou em caso de tempo nublado ou tempo de inatividade do sistema.

Em geral, os reservatórios de água para sistemas bombeamento solar devem ser dimensionados para armazenar pelo menos 2 a 3 dias de abastecimento de água (demanda diária (m3/dia) x 3 dias = volume de armazenamento (m3). Os dados da pesquisa de campo indicam que muitos reservatórios são muito pequenas e acontecem transbordamento de água durante o dia, e escassez à noite.

O dimensionamento do reservatório deve levar em conta o padrão de demanda horária de água, bem como possíveis variações de insolação.

Altura manométrica de bombeamento – Total dynamic head (TDH)

Altura manométrica do recalque - Fonte: The World Bank.

Altura manométrica do recalque – Fonte: The World Bank.

A altura manométrica é a diferença em metros entre o nível do manancial e o terminal da tubulação que verte a água no reservatório. A carga dinâmica total (TDH) ou a carga total de bombeamento é a soma de três componentes, conforme representado na figura.

Dynamic water level (DWL) – O nível de água dinâmico é a profundidade do nível da superfície do aquífero. Isso aumenta gradativamente devido ao rebaixamento, daí o termo “dinâmico”.

Discharge head – A cabeça de descarga corresponde à altura acima do solo da superfície da água dentro do reservatório (geralmente 5-10 m). Esta água é descarregada para usuários por gravidade, daí o nome “descarga”.

Friction head – A cabeça de atrito é responsável pelo atrito da água contra o interior dos tubos (tanto verticais e horizontais). É tipicamente 10% do DWL mais a  cabeça de descarga.

Um teste de bombeamento pode fornecer informações sobre o DWL e a altura de descarga, enquanto o atrito pode ser obtida com mais precisão a partir de gráficos de perda de carga para tubos na vazão necessária e características do tubo.

Localização dos painéis fotovoltaicos

Embora não seja crítico para o dimensionamento inicial do sistema, os painéis fotovoltaicos devem ser instalados próximos à bomba e a fonte de água, voltados para o equador, em ângulo de inclinação ideal para o horizonte e sem sombra em qualquer parte da estrutura de painéis solares ao longo do dia. Os painéis devem estar situados em um local seguro e protegido. Esses ajustes podem ser feitos durante a instalação final, mas para fins de projeto preliminar, é aceitável que o painel solar não esteja localizado próximo à bomba e, para isso, o dimensionamento dos cabos deve ser feito de maneira a minimizar perdas.

Recurso solar

A insolação solar é uma medida da energia acumulada recebida em uma área específica durante um período de tempo. É uma medida de energia, normalmente expressa em quilowatts-hora (kWh/m2/dia). As características do recurso solar no local são críticas para o projeto do sistema. A luz do sol atinge a terra através da radiação. A energia solar é a potência da radiação solar recebida por unidade de área.

Irradiância é a medição instantânea de potência, em watts ou quilowatts por metro quadrado (W/m2 ou kW/m2). A irradiância é afetada pelo ângulo do sol, e a qualquer hora do dia é mais alta quando um módulo é perpendicular aos raios solares incidentes. Como a posição do sol no céu muda durante o dia, a irradiância aumenta durante a manhã até o meio-dia (quando é mais alta), e depois diminui até pôr do sol, uma vez que os raios do sol percorrem um percurso maior de atmosfera para atingir a terra.

Irradiância ao longo do dia. Fonte: Renewable Energy Primer-Solar.

Irradiância ao longo do dia. Fonte: Renewable Energy Primer-Solar.

A insolação solar é igual à área sob a curva de irradiância solar. Horas de sol de pico por dia é apenas outro termo para insolação solar e é sempre medido em kWh/m2/dia.

Os recursos solares variam com a região. Como a figura ilustra, a radiação solar é geralmente maior nas regiões próximas ao equador. Fatores que afetam a quantidade de radiação solar em uma determinada área incluem latitude, prevalência de períodos nublados, umidade, clareza atmosférica e variações sazonais.

Dados meteorológicos estatísticos de longo prazo de estações meteorológicas são geralmente fornecidos na forma de dados médios mensais para insolação em uma superfície horizontal, e inclui variações diárias da insolação. Como o dimensionamento de sistemas de bombeamento solar requer ajustes e otimizações adicionais para esses dados para dar conta de painéis solares não horizontais ou inclinados orientados para o equador, a natureza complexa desses cálculos sugere a doção de softwares dedicados.

Cálculo do sistema de bombeamento solar

O dimensionamento do sistema de bombeamento solar pode ser estimado usando fórmulas simples. O princípio básico para o dimensionamento é criar um “balanço de energia”. O balanço de energia para o sistema é determinado por:

Energia elétrica (recurso solar, painel solar, condicionador de energia) × eficiência da moto bomba = energia hidráulica (volume entregue, altura manométrica, perdas por atrito).

O rendimento de energia elétrica para a moto bomba pode ser estimado da seguinte forma:

Esys = Parray_STC × fman × fdirt × ftemp × Htilt × ηpv_inv × ηinv × ηinv_sb

Onde:

  • Esys = average yearly energy output of the PV array, in kWh
  • Parray_STC = rated output power of the array under standard test conditions, in kWp
  • fman = de-rating factor for manufacturing tolerance, dimensionless (100%)
  • fdirt = de-rating factor for dirt, dimensionless (95%)
  • ftemp = temperature de-rating factor, dimensionless (95%)
  • Htilt = daily insolation value (kWh/m2/day) for the selected site
  • ηpv_inv = efficiency of the subsystem (cables) between the PV array and the inverter (98%)
  • ηinv = efficiency of the inverter, dimensionless (95%)
  • ηinv_sb = efficiency of the subsystem (cables) between the inverter and the switchboard (95%)

A eficiência global é, portanto, de cerca de 77,4%. Observe que a cobertura de nuvens reduzirá ainda mais a produção.

A energia hidráulica da saída da bomba pode ser calculada da seguinte forma:

Ehydraulic = Q x TDH x ρ x g / 3,600,000 (J/kWh)

onde:

  • Ehydraulic = hydraulic energy in kWh
  • Q = daily water output (m3/day)
  • TDH = total dynamic pumping head (m)
  • ρ = density of water = 1,000 kg/m3
  • g = 9.8 kg.m/s2

Exemplo de cálculo

Um sistema de bombeamento solar para para uma comunidade rural de 2.000 pessoas deve ser projetado para fornecer água potável com 30 litros/capita/dia. O nível da fonte de água subterrânea está a 100 m de abaixo do nível do solo. O rebaixamento do poço é de 5 m a 5 m3/hora e 10 m a 10 m3/hora. A altura do reservatório de armazenamento, deverá ser de 10 m acima do nível do solo. O recurso solar no local é em média 4,5 kWh/m2/dia a uma inclinação de 20 graus da horizontal, orientada para o equador, o que otimiza o rendimento solar no pior mês. Qual é a dimensão do sistema de bombeamento?

Dimensionamento:

  1. Dados de projeto:
    • Q = 30 litros/capita x 2.000 pessoas = 60 m3/dia
    • Vazão = 60 (m3/dia) / 7 (horas de bombeamento/dia) = 8,5 m3/hora
    • TDH = 100 m estático + 8,5 m de rebaixamento + 10 m de elevação + 10% de perdas dinâmicas = 118,5 m × 110% = 130 m
  1. Energia hidráulica total necessária = 60 m3/dia x 130 m x 1.000 × 9,8 / 3.600.000 = 21,23 kWh
  2. Suponha que o motor da bomba esteja dimensionado de maneira ideal em seu ponto de operação de 60% de eficiência
  3. Energia elétrica necessária = 21,23 kWh/dia/60% = 35,4 kWh/dia
  4. Tamanho da matriz necessária: 35,4 kW/dia = matriz kWp x 77,4% x 4,5 kWh/m2/dia – Portanto: tamanho da matriz = 10,16 kWp
  5. O volume de armazenamento do tanque de água deve ser de aproximadamente 180 m3 e é calculado da seguinte forma:
    • Reservatório = Q (m3/dia) x 3 dias = 180m3

O que afeta o desempenho do bombeamento solar na vida real?

O algoritmo de dimensionamento apresentado permite entender a dinâmica do dimensionamento, e é suficiente para condições de projeto estimados. Na realidade, existem parâmetros que não são constantes e que podem afetar o desempenho do sistema de bombeamento ao longo de um ano. Portanto, para cálculos mais conservadores e precisos de dimensionamento, devemos levar em conta as condições ao longo de um ano inteiro para determinar a alteração do desempenho. Abaixo estão algumas das principais variáveis:

  • Mudanças sazonais na radiação solar. Essencialmente, a saída de água do bombeamento é proporcional à irradiação. O dimensionamento preliminar é baseado na insolação média do ano, ou talvez no pior mês do ano. É necessário avaliar a saída para os dias em que a radiação será menor que a média anual e inferior à média mensal.
  • Mudanças sazonais na altura de bombeamento. Da mesma forma, quedas nos níveis de água afetarão a saída da bomba. A saída de água é proporcional à altura de bombeamento. Um cálculo muito conservador resultará em superdimensionamento do sistema.
  • Dias ensolarados versus dias nublados. A insolação média é insuficiente. Uma variável chave é o índice de cobertura de nuvens e a intermitência do sol. Bombas acionadas por inversores tendem a perder a eficiência devido as operações de partida e parada quando a energia é interrompida pela falta de insolação. Assim, enquanto 2 dias podem ter a mesma quantidade de insolação cumulativa, uma manhã clara sem sol da tarde provavelmente produzirá uma saída de água muito maior do que um dia intermitentemente nublado. A redução de eficiência para este tipo de variabilidade é importante conforme o tipo de bomba utilizada.

FU9000SI Inversor de frequência para bombeamento solar

O inversor de bomba solar da série USFULL FU9000SI é um inversor de alto desempenho e alta eficiência desenvolvido e especialmente projetado para bomba CA no sistema de bombeamento solar.Inversor para bomba solar

A Alfacomp fornece soluções personalizadas e suporte pós-venda. O inversor de bomba solar FU9000SI é amplamente utilizado em irrigação, reservatório de água, abastecimento de água rural, piscina e outros projetos de abastecimento de água.

Inversor para bomba solar

O inversor da bomba solar FU9000SI é totalmente automático, sem necessidade de configuração antes de funcionar. A operação e manutenção são fáceis e simplificadas. Com MPPT automático (Maximum Power Point Tracking), a eficiência do inversor pode chegar a 99%. Na presença de nuvens o inversor fica em espera, e quando as nuvens se dissipam o inversor reinicia automaticamente.

Instalação do inversor para bombeamento solar FU9000SI

O inversor solar FU9000SI pode ser instalado na parede ou em um painel elétrico. O inversor irá converter a energia CC diretamente do painel solar e gerar a energia CA para acionar as bombas ou motores.

Inversor para bomba solar

Inversor com display e teclado destacável

Inversor para bomba solar

  • PRG/ESC: Entra ou sai do menu de programação.
  • DATA/ENT: Navega pelos níveis do menu de programação / confirma ajuste dos parâmetros.
  • SHIFT: Seleciona os parâmetros apresentados pelo display, e seleciona o dígito a ser modificado quando se está ajustando parâmetros.
  • RUN: Dá partida no funcionamento do inversor.
  • STOP/RST: Faz parar o inversor. Faz o reset do inversor quando o mesmo está em modo “falha”.
  • QUICK/JOG: Seleção de funções de acordo com P7-01, podendo ser definido como comando ou direção. Seleção de menu: redireciona modos de menu de acordo com PP-03.

Dimensões compactas

Inversor para bomba solar

Inversor para bomba solarInversor para bomba solarInversor para bomba solar

Modelos

Serie

Modelo

Potência (KW)

Corrente de entrada (A)

Corrente de saída (A)

FU9000SI-SS2

(0.75KW-2.2KW)

FU9000SI-0R7G-SS2 0.75 9.3 7.2
FU9000SI-1R5G-SS2 1.5 15.7 10.2
FU9000SI-2R2G-SS2 2.2 24 14
FU9000SI-004G-SS2 4 32 25
FU9000SI-S2

(0.75KW-2.2KW)

FU9000SI-0R7G-S2 0.75 9.3 4.2
FU9000SI-1R5G-S2 1.5 15.7 7.5
FU9000SI-2R2G-S2 2.2 24 10
FU9000SI-2

(4KW-7.5KW)

FU9000SI-004G-2 4 17 16
FU9000SI-5R5G-2 5.5 25 20
FU9000SI-7R5G-2 7.5 33 30
FU9000SI-4

(0.75KW-315KW)

FU9000SI-0R7G-4 0.75 3.4 2.5
FU9000SI-1R5G-4 1.5 5 4.2
FU9000SI-2R2G-4 2.2 5.8 5.5
FU9000SI-004G-4 4 13.5 9.5
FU9000SI-5R5G-4 5.5 19.5 14
FU9000SI-7R5G-4 7.5 25 18.5
FU9000SI-011G-4 11 32 25
FU9000SI-015G-4 15 40 32
FU9000SI-018G-4 18.5 47 38
FU9000SI-022G-4 22 51 45
FU9000SI-030G-4 30 70 60
FU9000SI-037G-4 37 80 75
FU9000SI-045G-4 45 94 92
FU9000SI-055G-4 55 128 115
FU9000SI-075G-4 75 160 150
FU9000SI-090G-4 90 190 180
FU9000SI-110G-4 110 225 215
FU9000SI-132G-4 132 265 260
FU9000SI-160G-4 160 310 305
FU9000SI-185G-4 185 345 340
FU9000SI-200G-4 200 385 380
FU9000SI-250G-4 250 468 465
FU9000SI-280G-4 280 525 520
FU9000SI-315G-4 315 590 585

Solicite informações adicionais

 

SIMAE DE JOAÇABA – 20 ANOS DE TELEMETRIA DO SANEAMENTO

Queremos te contar uma história real sobre um sistema de telemetria do saneamento que funciona há mais de vinte anos nas cidades de Joaçaba, Herval d’Oeste e Luzerna no estado de Santa Catarina.

Este vídeo é uma homenagem às pessoas do SIMAE de Joaçaba que apostaram nessa tecnologia e permitiram à Alfacomp participar da criação e manutenção desse sistema de telemetria de água e esgoto.

O sistema de telemetria do saneamento começou a ser implantado em 1998, e os depoimentos mostrados no vídeo foram colhidos no ano de 2006.

 

A telemetria do saneamento contribuiu fortemente no combate às perda de água, e ajudou o SIMAE a conquistar prêmios nacionais pelo bom desempenho dos serviços de saneamento prestados à população.

O sistema de telemetria do saneamento do SIMAE foi sendo modernizado e ampliado e se mantém até hoje como um dos cases de sucesso mais antigos e conhecidos do país. 

Benefícios de um sistema de telemetria do saneamento

  • Garantia do abastecimento;
  • Controle de perdas e redução de custos;
  • Eficiência na operação;
  • Instrumento de gestão e qualidade.

Supervisório SIMAE

Telemetria do saneamento e controle de perdas

O sistema de telemetria implantado no SIMAE de Joaçaba foi de fundamental importância na redução em 20% das perdas que giram em torno de 25% atualmente.

São indicadores de perdas:

  • Variações inesperadas de pressão na rede;
  • Tendo-se a rede de distribuição de água setorizada, o sistema permite comparar os valores registrados pelos macro medidores com os obtidos dos hidrômetros;
  • O registro histórico de vazões instantâneas e acumuladas indicam variações que podem ser devidas a vazamentos;
  • Na análise gráfica dos níveis de enchimento e esvaziamento de reservatórios, mudanças das curvas podem indicar rupturas de adutoras.

Telemetria do saneamento e eficiência na operação

  • O sistema permite o controle remoto das estações e o diagnóstico prévio das situações anormais;
  • Os operadores podem equilibrar a distribuição de água habilitando e desabilitando elevatórias seletivamente quando a produção de água está comprometida;
  • Para atravessar o horário de ponta com os reservatórios mais abastecidos, os bombeamentos são ligados conforme a avaliação do operador.

Supervisório SIMAE

Redução de custos

A utilização de um sistema de telemetria e a implantação de um programa de controle de perdas permitem:

  • Reduzir o consumo de produtos químicos;
  • Reduzir o consumo de energia elétrica devido ao menor de volume de água a ser tratado e distribuído;
  • Reduzir o consumo de energia elétrica pela tarifa horo-sazonal. O SIMAE contabilizou uma redução de 30% no consumo de energia elétrica;
  • Diminuição do desgaste dos equipamentos.

Antes da implantação do sistema de telemetria, a duplicação da ETA para 2002 era tida como imprescindível. A ETA continua dando conta do abastecimento.

Telemetria do saneamento como instrumento de gestão e qualidade

  • O sistema permite o registro de dados e a geração de relatórios operacionais, essenciais na implantação de programas de qualidade;
  • O planejamento de programas de manutenção preventiva dependem dos dados fornecidos pelo sistema de telemetria.

Agradecimentos

Agradecemos ao SIMAE de hoje e de ontem, e às pessoas que participaram da implantação e manutenção do sistema de telemetria do saneamento nas cidade de Joaçaba, Herval d’Oeste e Luzerna.

E-book Projeto Completo e Gratuito de Sistema de Telemetria do Saneamento

Este e-book foi feito para você que deseja saber tudo sobre como criar o sistema de telemetria de água e esgoto para a sua cidade.  O e-book contém um projeto completo para você desenvolver e implantar um sistema de automação, controle e tele supervisão de reservatórios, elevatórias e estações de tratamento de água e esgoto.

Inaugurado em Dezembro de 2012 pelo prefeito Ary Vanazzi e pelo diretor geral do SEMAE, Anderson Etter, o sistema de telemetria da distribuição de água da cidade de São Leopoldo/RS demonstrou ser uma ferramenta fundamental na garantia da qualidade do abastecimento de água e permitiu a redução das perdas. O centro de controle e operação, denominado CCPO, foi instalado na Estação de Tratamento de Água Imperatriz Leopoldina.

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

Funcionando 24 horas por dia e 7 dias por semana, o CCPO monitora e controla os níveis dos 25 reservatórios da cidade, medidores de vazão, e o funcionamento das estações elevatórias que recalcam água para os reservatórios e bairros da cidade.

Os operadores podem monitorar a distribuição de água da cidade em tempo real e intervir no funcionamento do sistema imediatamente, sempre que ocorre uma falha de equipamento ou necessidade de reajuste nos volumes bombeados. O objetivo é garantir o abastecimento da população, corrigindo os problemas muito antes de os consumidores serem afetados.

Segundo Everson Gardel, gerente de manutenção, o sistema de telemetria foi de grande importância no restabelecimento da normalidade de distribuição de água nas últimas semanas, quando o baixo nível de água do rio do Sinos obrigou o SEMAE a racionar o abastecimento.

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

Utilizando rádios modem spread spectrum operando na faixa dos 900 MHz, o sistema de telemetria atualiza os dados de níveis, vazões, pressões, medições elétricas e status de funcionamento das bombas em cerca de 15 segundos. Esse é o tempo máximo para que qualquer anomalia, como bombas desarmadas, falta de energia ou vazamentos, sejam sinalizados no centro de controle e operação.

As telas do sistema de supervisão foram desenvolvidas em Elipse E3, software supervisório da empresa brasileira Elipse Software que tem sede em Porto Alegre.

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

Todas as telas são dotadas de uma janela de alarmes que apresenta os alarmes presentes identificando a estação, o horário e o motivo gerador do alarme. O operador deverá reconhecer o alarme e esse reconhecimento é registrado no histórico de alarmes.

Na tela dos reservatórios se pode acompanhar em tempo real o nível dos mesmos, assim como ajustar os pontos de ligamento e desligamento das bombas que os abastecem. Os dados são atualizados em, no máximo, 15 segundos.

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

Nas telas de elevatória, os operadores monitoram pressões de recalque e sucção, status de operação das bombas, parâmetros elétricos, alarmes e condições operacionais. Através dessas telas se pode intervir e alterar a forma de operação da estação de bombeamento.

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

A tela das comunicações permite visualizar e alterar a operação dos rádios modem que estabelecem o fluxo de dados entres o centro de controle e as estações remotas.

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

A tela do mapa mostra a localização das estações.

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

Fundamental no combate às perdas, a comparação entre a macro medição e a micro medição direciona o trabalho das equipes que “caçam” os vazamentos e rupturas de adutoras. A tela dos macro medidores apresenta as leituras instantâneas de vazão, assim como  os volumes acumulados desde o último zeramento dos mesmos.

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

A tela dos históricos apresenta os parâmetros hidráulicos e elétricos, em forma de tabelas contendo horários e valores registrados. Os mesmos dados também podem ser visualizados na forma de gráficos de tendência nessa tela.

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

A tela dos alarmes apresenta as ocorrências de anomalias, identificando a estação, o problema e o operador.

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

Ocorrências como o ligamento e desligamento de bombas, abertura de válvulas, comando dados pelos operadores e demais ações normais à operação, são apresentados na tela de Eventos, juntamente com o nome do operador.

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

Os principais benefícios dos sistemas de automação e telemetria no saneamento são a garantia da qualidade de abastecimento e a diminuição das perdas, com resultados econômicos diretos. Uma cidade sem telemetria de água e esgoto sujeita sua população ao desabastecimento por falhas não percebidas dos equipamentos. Em média, 50% da água tratada no Brasil é perdida; não é faturada. As perdas se dão principalmente por hidrômetros vencidos, ligações ilegais e vazamentos. A existência de sistemas de telemetria é o primeiro passo para reduzir perdas para o patamar de 20% com impacto diretamente proporcional no consumo de energia elétrica, principal insumo. O consumo de produtos químicos e o desgaste de bombas diminuem na mesma proporção.

No mercado desde 1992, a Alfacomp fabrica produtos e equipamentos de telemetria que viabilizam sistemas SCADA de Telesupervisão e Telecomando. Nossos rádios modem e unidades remotas de telemetria auxiliam empresas de saneamento e na melhoria da rastreabilidade, controle de qualidade, eficiência energética e controle de perdas. Aliados a CLPs de mercado e operando em protocolos abertos, nossos produtos compõem soluções de alto desempenho e baixo custo.

A utilização de painéis de telemetria PT5501 e PT5502 tornaram simples a instalação e manutenção do sistema de telemetria do SEMAE de SãoLeopoldo – RS.

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

e-book completo e gratuito

E-book Projeto Completo e Gratuito de Sistema de Telemetria da Distribuição Municipal de Água

Este e-book contém um projeto completo para você desenvolver e implantar um sistema de automação, controle e tele supervisão de reservatórios, elevatórias e estações de tratamento de água e esgoto em sua cidade.

Se você deseja elaborar e implantar um sistema de telemetria para os reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs, estações reguladoras de pressão e pontos de macromedição, encontrará neste e-book todo o conhecimento necessário para projetar, construir e implantar sistemas completos.

Solução Elipse E3 monitora, em tempo real, um total de 31 estações remotas de saneamento, entre poços de captação, elevatórias de água tratada, captações, reservatórios e boosters no SAAE de Marechal Cândido Rondon (PR).

Necessidade do SAAE

O SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) é uma autarquia municipal responsável por executar e explorar os serviços de água e esgoto no município de Marechal Cândido Rondon no Paraná. Para automatizar o sistema de abastecimento de água do município o SAAE decidiu utilizar o Elipse E3.

A grande facilidade com que permite realizar ajustes, melhorias e expansões foi o fator determinante para a escolha da solução desenvolvida pela Alfacomp utilizando o Elipse E3.

SAAE MCR - Telas do supervisório

Figura 1. Tela inicial da aplicação do E3 no SAAE

Solução buscada pelo SAAE

O E3 permite monitorar e executar comandos sobre as 31 unidades do sistema de abastecimento de água de Marechal Cândido Rondon. Para isto, disponibiliza uma tela destinada a cada unidade, na qual é possível supervisionar os níveis, vazões, pressões, tensões e correntes medidos e registrados pelos CLPs dos painéis de telemetria instalados em cada estação remota.

SAAE MCR - Telas do supervisórioFigura 2. Controle de uma das unidades que compõem a rede de abastecimento do SAAE

Na mesma tela, o E3 permite também acompanhar a condição de operação das moto bombas, informando, por exemplo, se há algum equipamento com defeito ou sob manutenção ou se a unidade já se encontra em operação naquele instante. Além disso, o software permite acompanhar ou resetar o período, em horas, de funcionamento das moto bombas.

Ainda relacionado às moto bombas, o E3 permite visualizar e ajustar as configurações padrões definidas para as suas tensões e correntes. As configurações padrões determinadas para as pressões com que as moto bombas bombeiam a água em cada unidade também podem ser monitoradas e ajustadas pelo software.

SAAE MCR - Telas do supervisório

Figura 3. Controle do funcionamento manual ou automático do poço de captação

O mesmo controle vale para as configurações dos níveis de água nos reservatórios, as quais podem ser ajustadas de forma que o sistema ligue ou desligue as moto bombas conforme seja necessário, contribuindo assim para garantir o abastecimento e redução de desperdícios. Neste contexto voltado ao uso mais racional de água e energia, o E3 também permite selecionar quais estações entrarão em funcionamento nos horários de ponta conforme a demanda.

SAAE MCR - Telas do supervisório

Figura 4. Tela que permite escolher quais estações serão acionadas nos horários de ponta

O E3 exibe ainda os níveis e volumes de água verificados no total e junto a cada reservatório, permitindo acessar as configurações padrões ajustáveis da altura da água em cada reservatório. As vazões mensuradas nas moto bombas localizadas entre os poços e reservatórios, tanto a total quanto a calculada por hora, também são monitoradas, assim como o tempo de varredura do sistema de automação em cada unidade.

SAAE MCR - Telas do supervisório

Figura 5. Controle do nível de água presente nos reservatórios

Por fim, a solução da Elipse permite emitir relatórios dos eventos, históricos e alarmes assinalados no período estipulado pelo usuário. Em relação aos alarmes, caso algum valor definido na configuração padrão não esteja sendo respeitado, por exemplo, haja uma subtensão muito abaixo da indicada, o E3 alerta os operadores via um sinal visual e sonoro.

Além dos relatórios, o software permite, que esta mesma análise de desempenho das unidades, seja realizada sob a forma de gráficos. Vale salientar que, tanto os relatórios quanto os gráficos podem ser exportados para PDF ou Excel, sendo instrumentos de extrema utilidade junto às auditorias de fiscalização.

SAAE MCR - Telas do supervisório

Figura 6. Gráfico de análise do nível de um reservatório

Benefícios para o SAAE

O Elipse E3 permite ao SAAE monitorar, em tempo real, as 31 unidades do sistema de abastecimento de água em Marechal Cândido Rondon (PR). Com isto, o operador é informado caso haja qualquer ocorrência via os alarmes, podendo agir com mais agilidade para solucioná-la. Uma manobra que, hoje, é feita em fração de segundos, antes, levava horas, uma vez que o monitoramento não era remoto, mas sim realizado de forma local.

Os relatórios e informações geradas pelo E3 nos permitem diagnosticar e solucionar problemas com mais agilidade, dispensando o envio das rondas até cada unidade simplesmente para monitoramento.

Este controle lhes possibilitou também verificar a necessidade de se elevar o fator de potência das moto bombas. Um benefício que vai direto ao encontro do objetivo central desta automação, ou seja, reduzir os desperdícios com água e, neste caso em particular, energia.

Confira abaixo outros benefícios proporcionados pelo software da Elipse ao SAAE:

  • Monitoramento, em tempo real, das variáveis de pressão, vazão e nível da água nos reservatórios;
  • Possibilidade de monitorar e ajustar as configurações padrões das tensões, correntes, pressões e níveis de água nos reservatórios;
  • Sistema de alarmes que alerta os operadores caso haja qualquer espécie de problema nas unidades;
  • Possibilidade de acompanhar ou resetar o tempo de funcionamento das moto bombas;
  • Monitoramento da condição de operação das moto bombas;
  • Emissão de relatórios dos eventos, históricos e alarmes, que podem ser exportados para Excel e PDF;
  • Emissão de gráficos de análise de desempenho das unidades, que, assim como os relatórios, também podem ser exportados para Excel e PDF.

Ficha Técnica

  • Cliente: SAAE
  • Integrador: Alfacomp Automação Industrial Ltda.
  • Pacote Elipse: Elipse E3
  • Plataforma: Windows 10 PRO
  • Número de cópias: 4 (1 E3 Server + 1 E3 Viewer Control + 1 E3 Viewer Only + 1 E3 Studio )
  • Pontos de I/O: 1500
  • Drivers de comunicação: MODBUS RTU e MODBUS TCP

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Sensor de nível 4 estágios ID3018

O sensor de nível ID3018 permite ler o nível de reservatórios utilizando 5 eletrodos que ficam mergulhados na água.

ID3018 – Sensor de nível 4 estágiosFuncionamento do sensor de nível 

Os eletrodos devem ser conectados ao borne de Entradas.
O eletrodo GND deve ser posicionado na posição mais inferior do reservatório, preferencialmente sempre mergulhado no líquido.
Os eletrodos 25%, 50%, 75% e 100% devem ser posicionados nas alturas relativas aos níveis correspondentes.
As Saídas 25%, 50%, 75% e 100% constituem sinais digitais que assumem o valor de tensão igual à do VCC quando o nível de água atinge o eletrodo correspondente. Dessa forma, assumindo que o sensor está sendo alimentado com 24VCC, quando o nível de água atingir o eletrodo 25%, a saída 25% passará de 0VCC para 24VCC. Quando o nível de água atingir o eletrodo 50%, a saída 50% passará de 0VCC para 24VCC e assim por diante.
As saídas GND, 25%, 50%, 75% e 100% podem ser conectadas a 4 entradas digitais de um CLP para que o mesmo adquira a leitura em 4 estágios de nível.

Especificações do sensor de nível

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO SENSOR DE NÍVEL ID3018
Alimentação: 12 a 24VCC Corrente de consumo: 50 mA (típico)
Aplicação: medição de nível de água Número de estágios: 4
Dimensões: 71 x 83 x 37 mm Construção: gabinete em aço para fixação em trilho DIN
Indicação visual: 4 LEDs de nível + 1 LED de alimentação Conexão: Bornes elétricos

Aplicação típica do sensor de nível

ID3018 – Sensor de nível 4 estágios

Eletrodo indicado para o sensor de nível

Utilizar preferencialmente eletrodos apropriados para a detecção de nível de água, construídos em carcaça de plástico e elemento condutor em aço inox.

ID3018 – Sensor de nível 4 estágios

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Princípio de funcionamento do medidor ultrassônico de nível

Ultrassom é o som em frequência superior à que o ouvido humano pode escutar. O ouvido humano consegue escutar até 20 kHz, são consideradas ultrassônicas as frequências superiores aos 20 kHz.

Ondas ultrassônicas são utilizadas na indústria para medir o nível de líquidos e sólidos sem a necessidade de contato com o produto medido, sendo ideais para a medição de materiais corrosivos e de alta temperatura.
O ultrassom aplicado na medição de nível normalmente está na faixa de 40 a 200 kHz. O ultrassom detecta objetos pelo mesmo princípio do radar, ou seja, pulsos ultrassônicos são emitidos na direção do objeto e a distância é calculada pelo tempo que o som leva para ser refletido de volta. Morcegos utilizam o mesmo princípio para guiarem seu voo.
O nível é calculado com base no tempo medido entre a emissão do pulso e a recepção da onda refletida. Ao nível do mar em temperatura de 20° C a velocidade do som é 344 m/s.
No exemplo da figura, um transmissor de nível ultrassônico é fixado no topo de um tanque parcialmente cheio de líquido. O nível de referência para todas as medições é o fundo do tanque. O nível medido será o da superfície do líquido que está a uma certa distância do sensor ultrassônico de nível. Sinais de pulso ultrassônicos são transmitidos pelo transmissor e refletidos de volta para o sensor. O tempo de viagem do pulso ultrassônico do sensor até a superfície do líquido e de volta para o sensor é calculado e dividido por dois Conhecendo a velocidade do som para as condições de temperatura e pressão, o equipamento transmissor de nível calcula o nível. O resultado final da unidade de medição pode ser centímetros, pés, polegadas, etc.

Distância do sensor ao líquido = Velocidade do som x Tempo de transito / 2

Problemas práticos de projeto do transmissor ultrassônico de nível

O princípio de medição acima parece bastante simples e direto na teoria. Na prática, existem algumas dificuldades técnicas a serem consideradas para se obter uma leitura correta do nível.

  • A velocidade do som muda devido à variação da temperatura do ar. É necessário um sensor de temperatura integrado para compensar alterações na velocidade do som devido a variações de temperatura.
  • Alguns ecos de interferência desenvolvidos por bordas e superfícies refletoras, causam erro na medição. Isso pode ser resolvido pelo software do transmissor, normalmente denominado supressão de eco de interferência.
  • A calibração do transmissor é crucial. A precisão da medição depende da precisão da calibração. A distância vazia e o intervalo de medição devem ser determinados corretamente na instalação e ajuste do transmissor.
  • O trânsito do sinal ultrassônico não permite medição precisa em distância muito curta. Por isso, considere a distância de bloqueio indicada pelo fabricante do equipamento. Esta distância não deve nunca ser ultrapassada pelo líquido medido.

Estrutura básica de um transdutor ultrassônico


Sensor ultrassônico é o coração do instrumento transmissor de nível ultrassônico.
Este sensor converterá energia elétrica em ondas de ultrassom. Cristais piezoelétricos são usados ​​para esse processo de conversão.
Os cristais piezoelétricos oscilarão em altas frequências quando energia elétrica é aplicada a ele.
O contrário também é verdade. Esses cristais piezoelétricos gerarão sinais elétricos no recebimento do ultrassom. Esses sensores são capazes de enviar ultra-som para um objeto e receber o eco desenvolvido pelo objeto.
O eco é convertido em energia elétrica para processamento posterior pelo circuito de controle.

Diagrama em blocos do transmissor ultrassônico de nível típico


Observe o bloco diagrama da figura. Um circuito de controle baseado em microcontrolador monitora todas as atividades do transmissor ultrassônico de nível.
Existem dois circuitos, uma para transmitir os pulsos e outro para receber os pulsos refletidos. Os pulsos gerados pelo  transmissor são convertido em pulsos de ultrassom pelo transdutor ultrassônico (transmissor) e direcionado para o objeto. Os pulsos de ultrassom são refletidos de volta como um sinal de eco no sensor ultrassônico (receptor). O receptor converte esse pulso ultrassônico em um pulso de sinal elétrico através do circuito receptor de pulsos.
O tempo decorrido ou o tempo de reflexão é medido pelo contador. Esse tempo decorrido é proporcional a distância do sensor de nível ao objeto. Esse tempo decorrido é convertido em nível pelo circuito de controle. Existe um circuito gerador de temporização que é usado para sincronizar todas as funções no sistema de medição de nível ultrassônico.
O nível é finalmente convertido em sinal 4 a 20mA, sendo o valor de 4mA indicador do nível mínimo e o 20mA indicador do nível máximo.

Vantagens do transmissor ultrassônico de nível

O transmissor de nível ultrassônico não possui partes móveis e pode medir o nível sem fazer contato físico com o objeto. Essa característica típica do transmissor é útil para medir níveis em tanques com produtos químicos corrosivos, perigosos e em alta temperatura. A precisão da leitura permanece inalterada mesmo após alterações na composição química ou na constante dielétrica dos materiais nos fluidos do processo.

Limitações do transmissor ultrassônico de nível

Os transmissores de nível ultrassônico são os melhores dispositivos de medição de nível em que o eco recebido do ultrassom é de qualidade aceitável. Não é tão conveniente se a profundidade do tanque for alta ou se o eco for absorvido ou disperso. O objeto não deve ser do tipo absorvente de som. Também não é adequado para tanques com muita fumaça ou umidade de alta densidade.

Instalação

  • O transmissor ultrassônico é instalado no topo do reservatório, acima do nível máximo do líquido. Os pulsos ultrassônicos são emitidos pelo transmissor e refletidos pela superfície do líquido.
  • O líquido não pode tocar no instrumento.
  • Instale o instrumento perpendicular à superfície do líquido medido.
  • A sonda deve manter uma certa distância da parede do tubo (mais de 30 cm).
  • Evite que o sinal seja refletido por objetos e superfícies que provoquem leituras falsas do nível.

Utilizando um tubo para guiar o sinal


Se houver intensa interferência de eco no local (como objetos e superfícies refletoras no percurso do sinal ultrassônico) ou ainda espumas em líquidos, recomenda-se tubos de canos de PVC com diâmetro maiores que 100 mm que servirão como guias de ondas.
Observações:

  • É necessário ter um orifício de ar no topo para a equalização da pressão. O orifício deve ser liso. É ideal ter chanfros a 45 °.
  • A parede interna do tubo do guia de ondas deve ser lisa (sem solda e costuras).
  • Para garantir que não haja partículas aderentes à parede interna do tubo do guia de ondas, é necessário executar a limpeza regularmente.

Exemplo: Transmissor ultrassônico de nível TUN21-R

Característica importantes

  • Estão disponíveis quatro taxas de ajuste para ler com precisão o nível médio do líquido, mesmo na presença de flutuação drástica do nível do líquido.
  • Seis modos de exibição estão disponíveis para apresentar a forma de onda do eco e a curva histórica.
  • O sensor de temperatura integrado internamente fornece compensação de temperatura em tempo real para a velocidade do som.
  • Display em cristal líquido facilita operação local.
  • Diagnóstico instantâneo do sinal 4 a 20 mA.
  • Detecção e supressão automática de interferências eletromagnéticas.
  • Conexões protegidas contra surtos elétricos.
  • Saída indicadora de alarme.
  • A medição sem contato permite uma longa vida de uso e operação.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO TRANSMISSOR ULTRASSÔNICO DE NÍVEL TUN21-R
Faixas de medição: 5, 10, 15 e 20 metros Distância de bloqueio de leitura: 35 a 60 cm
Precisão: 0.3% fundo de escala Resolução: +/- 2 mm
Alimentação: 12 a 24VCC ou 85 a 264 VCA Corrente de consumo: 50 a 100 mA
Ripple máximo admitido: 200 mV Carga admitida máxima: 500 ohms
Interface digital de saída: Modbus RTU por RS485 Material do invólucro: ABS
Temperatura de operação: -10 a +60 °C Classe de proteção: IP65
Pressão de operação: 0.8 a 3 bar ou 0.08 a 0.3Mbar Máximo comprimento de cabo: 200 metros

Dimensões

Nota: O instrumento é fixado por uma porca plástica (diâmetro externo 88 mm). Se o instrumento estiver permanentemente em ambiente úmido, é recomendável uma boa selagem dos condutores e da tampa do visor.

Conexões

O transmissor ultrassônico de nível utiliza sinais eletrônicos de baixa amplitude e, por isso, é necessário um bom aterramento. O CLP conectado ao instrumento deve estar afastado de inversores de frequência e de motores de alta potência para evitar interferências eletromagnéticas.

Vantagens do transmissor ultrassônico de nível

O transmissor de nível ultrassônico não possui partes móveis e pode medir o nível sem fazer contato físico com o objeto. Essa característica típica do transmissor é útil para medir níveis em tanques com produtos químicos corrosivos, perigosos ou em alta temperatura. A precisão da leitura permanece inalterada mesmo após alterações na composição química ou na constante dielétrica dos materiais nos fluidos do processo.

Limitações do transmissor ultrassônico de nível

Os transmissores de nível ultrassônico são os melhores dispositivos de medição de nível em que o eco recebido do ultrassom é de qualidade aceitável. Não são tão convenientes se a profundidade do tanque for alta ou se o eco for absorvido ou disperso por superfícies refletoras. O objeto não deve ser do tipo absorvente de som. Também não é adequado para tanques com muita fumaça ou umidade de alta densidade.

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TELEMETRIA DO SANEAMENTO – Solução completa para o controle da água e esgoto do seu município.

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Este artigo é o terceiro da série “Tudo sobre telemetria do abastecimento municipal de água“.

Se você deseja elaborar e implantar um sistema de telemetria para os reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs, estações reguladoras de pressão e pontos de macromedição, encontrará nessa série de artigos, todo o conhecimento necessário para projetar, construir e implantar sistemas completos.

Juntamente com os artigos, são fornecidos links para download de projetos elétricos completos dos painéis, assim como softwares Ladder para automação das estações e o software customizável SCADA com telas para até 10 reservatórios e 10 elevatórias de água, tudo absolutamente sem custo.

Lógica de funcionamento de reservatórios e elevatórias de água tratada

A forma mais usual para garantir o abastecimento de água em um bairro ou região de um município consiste em construir reservatórios em pontos elevados da área atendida, ou construir reservatório elevados quando a região é plana. A água é conduzida aos pontos de consumo por gravidade e o sistema de abastecimento municipal tem como missão, manter os reservatórios abastecidos.

Cabe à estação elevatória de água a função de manter o reservatório abastecido. Para tanto, a informação do nível do reservatório deve ser transmitida à elevatória para essa, por sua vez, comande o funcionamento dos grupos moto bombas de maneira a manter o reservatório sempre com o nível dentro dos níveis predefinidos de operação.

A figura acima apresenta uma tela típica de uma elevatória de água em um sistema de automação e telemetria da distribuição de água do município. A tela apresenta uma elevatória composta por dois conjuntos moto bomba, principal e reserva, e apresenta também o reservatório abastecido por essa elevatória que pode estar distante quilômetros da elevatória.

Nesse tipo de configuração o reservatório terá dois níveis (set points) pré-definidos pela operação:

  • Nível de liga: O nível de liga é mais baixo que o nível de desliga e é aquele nível, que quando atingido, indica para a lógica de comando da elevatória que o grupo moto-bomba deve ser ligado.
  • Nível de desliga: O nível de desliga é mais alto que o nível de liga e é aquele nível, que quando atingido, indica para a lógica de comando da elevatória que o grupo moto-bomba deve ser desligado.

Papel fundamental da telemetria

Perceba que a única informação importante que deve ser transmitida do reservatório para a elevatória é a informação de nível.
Para tanto, existe um centro de controle que está sempre lendo dados de todas as estações e enviando os dados importantes para o funcionamento do sistema para as estações que deles precisam. O nome dessa comunicação sistemática e eterna é pooling e normalmente se dá me intervalos de 1 segundo por estação. Ou seja, a cada segundo, uma estação envia e recebe dados para central. Isso será visto mais detalhadamente quando falarmos sobre o CCO – Centro de Controle e Operação.

Funcionamento da elevatória de água

Para controlar o funcionamento da estação elevatória, o CLP local monitora os seguintes parâmetros locais e remotos:
  • Nível do reservatório (remoto): enviado pelo CCO;
  • Alarme de perda da informação do nível;
  • Pressão de sucção: pressão na entrada das bombas, o bombeamento não pode acontecer se não houver pressão mínima;
  • Pressão de recalque: pressão na saída das bombas;
  • Tensão da rede: as bombas não podem operar se a tensão estiver fora dos mínimos e máximos definidos;
  • Corrente elétrica das bombas: deve ser monitorada para garantir a segurança das bombas e para detectar desgastes preventivamente;
  • Fato de potência: deve ser monitorado para garantir esse controle de consumo;
  • Temperatura e vibração dos mancais dos motores: visa detectar e prevenir desgastes dos motores;
  • Sinais digitais de motores desarmados;
  • Sinais digitais de chaves de comando manual/automático e local/remoto.

Diagrama básico do sistema de controle da elevatória

Exemplo de painel de telemetria

O painel a seguir é genérico e pode ser utilizado tanto em reservatórios como em elevatórias de água tratada.

  • IHM 4,3″ monocromática – TP300
  • Comunicação por rádio modem RM2060
  • Fonte carregadora com bateria e autonomia de 12 horas
  • 08 entradas analógicas em 4 a 20 mA protegidas contra surtos
  • 02 saídas 4 a 20mA com módulos Alfacomp IA2801
  • 24 entradas digitais em 24V livres
  • 16 saídas digitais, sendo 08 isoladas a réle pelo módulo ID2908
  • Módulo iluminador SW3301 com 12 LEDs brancos de alta intensidade
  • Indicação de porta aberta: sensor de porta aberta conectado ao CLP
  • Indicação de alimentação: sensor indica alimentação pela rede ou pela bateria
  • Altura 60 x Largura 40 x Profundidade 20 cm

Falaremos mais sobre os painéis de telemetria em artigo próximo.

Operação da estação elevatória de água

Para que o sistema opere corretamente, as chaves seletoras das bombas e das válvulas devem estar na posição AUTOMÁTICO (comandadas pelo CLP). O sistema funciona automaticamente após a energização do quadro e ligando a chave GERAL.

Operação manual

No Funcionamento Manual o painel de automação não atua sobre o comando das bombas. Em Manual, as bombas são comandas pelo operador diretamente nos quadros de comando respectivos. Durante a operação manual, o painel de automação lê as grandezas elétricas e hidráulicas, executa as comunicações com a central, e monitora entradas digitais. Neste modo de funcionamento, um operador pode ligar e desligar as bombas localmente nos respectivos quadros de acionamento das mesmas (comando manual). SEMPRE QUE UMA OPERAÇÃO DE MANUTENÇÃO FOR SER REALIZADA, A PRIMEIRA AÇÃO DEVERÁ SER A DE COLOCAR O SISTEMA EM MANUAL. ISTO É FEITO POSICIONANDO A CHAVE SELETORA NA POSIÇÃO MANUAL.

Para desativar o sistema e operar manualmente as bombas e válvulas é necessário:

  • Girar as seletora A/M para a posição MANUAL;
  • Aguardar que os grupos sejam desativados. Esta operação se dá sequencialmente;
  • Operar manualmente os grupos pelas chaves localizadas no painel frontal.

Operação automática

Neste modo o acionamento das bombas se dá de acordo com o nível do reservatório de recalque e monitora as condições de operação. Lê as grandezas elétricas e hidráulicas, executa as comunicações com a central e monitora entradas e saídas digitais.

Para selecionar o sistema para controle automático, é necessário:

  • Girar as seletora A/M para a posição AUTOMÁTICO.
  • Aguardar a parada dos equipamentos.
  • Aguardar a entrada seqüencial dos grupos.

Comando via telemetria

Quando em automático, a estação pode ser comandada via central de telemetria. É possível desativar e reativar o funcionamento da elevatória, ligar e desligar grupos e alterar a seleção de grupo principal.

Comandos de ativação e desativação da elevatória de água

Bloqueio – A elevatória é desativada fazendo a posição 0 da tabela de setpoints diferente de zero. Isto faz com que o CLP desative os grupos sequencialmente. Este modo de operação é chamado Manual Remoto.

Desbloqueio – A elevatória é ativada fazendo a posição 0 da tabela de setpoints igual a zero. Isto permite que o CLP opere automaticamente.

Comandos remotos enviados pelo CCO

Comandos remotos podem ser enviados a elevatória pelo CCO. Isto é feito enviando códigos à memória M400 ( posição 0 da tabela de setpoints).

A tabela a seguir lista os comando e ações correspondentes.

Comando                 Ação

  • 1                       Passa o sistema para Manual Remoto ( CCO comanda a estação )
  • 2                       Volta o sistema para Automático ( clp roda automaticamente )
  • 3                       Liga grupo 1
  • 4                       Desliga grupo 1
  • 5                       Liga grupo 2
  • 6                       Desliga grupo 2
  • 7                       Zera horímetro do grupo 1
  • 8                       Zera horímetro do grupo 2
  • 9                       Zera falhas do grupo 1
  • 10                     Zera falhas do grupo

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Este artigo é o quarto da série “Tudo sobre telemetria do abastecimento municipal de água.

Se você deseja elaborar e implantar um sistema de telemetria para os reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs, estações reguladoras de pressão e pontos de macromedição, encontrará nessa série de artigos, todo o conhecimento necessário para projetar, construir e implantar sistemas completos.

Juntamente com os artigos, são fornecidos links para download de projetos elétricos completos dos painéis, assim como softwares Ladder para automação das estações e o software customizável SCADA com telas para até 10 reservatórios e 10 elevatórias de água, tudo absolutamente sem custo.

CCO – Centro de Controle e Operação – O que é

Dotado de computadores e monitores, o CCO permite que a equipe de operação supervisione e controle o funcionamento de todo o sistema de abastecimento de água do município. Do centro de operações é possível comandar de forma automática e manual o funcionamento de elevatórias, reservatórios, boosters, válvulas, comportas, macro medidores de vazão e qualquer outro dispositivo eletromecânico. Toda a comunicação se dá via rádio. A foto abaixo apresenta um exemplo de CCO.

CCO do SAAE de Indaiatuba - SP

CCO do SAAE de Indaiatuba – SP

Diagrama geral do sistema de telemetria comandado pelo CCO

A figura a seguir mostra um exemplo didático de sistema de telemetria do abastecimento de água municipal composto por:

  • 1 CCO – Centro de Controle e Operação;
  • 2 elevatórias  de água tratada;
  • 2 reservatórios de água;
  • 1 VRP – Válvula reguladora de pressão;
  • 1 macro medidor de vazão.

Todas as estações são dotadas de rádios modem. O CCO é dotado de antena omnidirecional e as estações de antenas direcionais. Quando necessário, repetidoras de rádio são utilizadas para que a comunicação alcance estações mais distantes ou que não possuam visada direta com o CCO.

Equipamentos componentes de um CCO

No exemplo a seguir, o Centro de Controle Operacional do sistema de abastecimento de água municipal é dotado dos seguintes equipamentos:

  • 1 computador rodando o software supervisório SCADA servidor;
  • 2 computadores rodando cópias de visualização (viewers) do SCADA;
  • Rede Ethernet;
  • 1 impressora;
  • Painel de rádio modem;
  • Antena omni direcional.
Topologia de um CCO

Topologia de um CCO

O computador onde está instalado a licença SCADA servidor é responsável pela comunicação do sistema. A intervalos de tempo definidos, comunica com todas as estações remotas, buscando e enviando dados. O mesmo pode ser configurado para alimentar os bancos de dados onde são armazenados dados históricos de alarmes, leituras e eventos.
Os computadores que rodam cópias viewer podem ser configurados para apenas supervisionar ou também controlar o sistema.

O painel do rádio modem pode ser instalado próximo ao microcomputador servidor e conectado ao mesmo por cabo serial em RS232.

O rádio modem pode também ser instalado junto à antena omni no ponto mais elevado do prédio do CCO. Nessa condição, o rádio será conectado ao painel via cabo de rede CAT5. O cabo irá conduzir a alimentação e a comunicação. A comunicação entre o rádio e o painel se dará em RS485. Este cabo pode ter até 100 metros de comprimento sem necessidade de condutores adicionais.

Painel do CCO

O painel abriga uma fonte de alimentação e um conversor serial RS232/RS485. A utilização principal para a qual a solução foi concebida, é a interligação do computador ao um rádio modem. O rádio modem estará instalado próximo à antena, utilizando-se o KIT RPE, e será alimentado pela fonte de alimentação do painel PT5200.

Painel de telemetria do COO

Painel de telemetria do COO

Instalação do rádio junto a antena

KIT RPE – Rádio em ponto elevado

O rádio modem pode ser instalado próximo à antena. Com esta solução, as perdas no cabo de RF são minimizadas e podemos instalar o rádio afastado do computador e interligado por cabo de rede CAT5. A alimentação do rádio e a comunicação em RS485 são transportadas pelo cabo em distâncias de até 100 metros. O gabinete utilizado tem IP67 e pode ficar ao tempo.

Os painéis com rádio em ponto elevado possuem o conversor CS485-V ao invés do rádio. Esta solução é indicada quando a melhor posição da antena está a mais de 10 metros do rádio ou quando o sinal de rádio é fraco.

KIT RPE – Rádio em ponto elevadoSoftwares do CCO

O software central de controle de um CCO é o software supervisório, também chamado SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition). Este software permite visualizar na forma de telas gráficas o processo que está sendo supervisionado e controlado, no caso, o sistema de distribuição de água tratada do município. O software supervisório, normalmente está organizado em módulos e licenças, sendo que os principais são:

  • Servidor: responsável pela aquisição de dados e processamento de scripts;
  • Visualizador: responsável pela visualização gráfica e interface com o usuário.

Um mesmo computador pode rodar um dos módulos ou ambos.
Exemplo de tela configurada no SCADA:

Tela típica de uma estação de bombeamento e reservação

Tela típica de uma estação de bombeamento e reservação

Iremos detalhar o SCADA e sua operação no artigo sobre este assunto.

Protocolo de comunicação

O protocolo de comunicação mais utilizado na telemetria de água e esgoto é o Modbus.

Modbus é um protocolo de comunicação serial desenvolvido e publicado pela empresa Modicon (hoje uma empresa do grupo Schneider Electric) em 1979 pra uso em seus CLPs (Controladores Lógicos Programáveis). O protocolo Modbus se transformou no protocolo mais difundido para comunicação entres dispositivos de controle e automação industrial. Os motivos principais para o uso do Modbus em ambiente industrial são:

  • Foi desenvolvido especialmente para aplicações industriais;
  • Domínio público e sem cobrança de direitos autorais;
  • Fácil de utilizar e manter;
  • Comunicação de bits e words entre dispositivos de diferentes fabricantes sem restrições.

Saiba mais sobre o protocolo Modbus: https://alfacomp.net/2020/12/17/protocolo-modbus-saiba-mais-sobre-o-procolo-de-comunicacao-mais-utilizado-na-automacao-industrial/

Comunicação via rádio

Rádio modem RM2060

Rádio modem RM2060

A comunicação de dados por rádios modem é possível em faixas canalizadas, sendo que cada estação tem de ser licenciada pela Anatel, e também em faixas destinadas à operação de transceptores que utilizam a técnica do espalhamento espectral, ou spread spectrum. Esses últimos estão dispensados de licenciamento dentro de certas condições. Os enlaces diretos, sem repetidoras, utilizando transceptores dotados de modems, são possíveis em distâncias desde alguns poucos metros até mais de 30 km. Utilizando repetidoras, as distâncias podem ser estendias a centenas de quilômetros. Obstruções devidas a relevo e edificações são fatores determinantes na viabilidade dos enlaces.

O transceptor RM2060 consiste em uma solução de alto desempenho e baixo custo para comunicação wireless utilizando tecnologia Spread Spectrum na faixa dos 900 MHz podendo substituir milhares de metros de cabos de comunicação em ambientes industriais ruidosos. Utilizando comprovada tecnologia FHSS, que dispensa licença de operação junto a Anatel, o transceptor RM2060 estabelece comunicação entre computadores, CLPs e instrumentos diversos que possuem porta serial em padrão RS232 ou RS485 com taxas de 1200 a 115.200 bps. Para aumentar a segurança e integridade das comunicações, os transceptores RM2060 permitem a encriptação dos dados. Alcance de até 32 km com visada.

Saiba mais

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Este artigo é o quinto da série Tudo sobre telemetria do abastecimento municipal de água“.

Se você deseja elaborar e implantar um sistema de telemetria para os reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs, estações reguladoras de pressão e pontos de macromedição, encontrará nessa série de artigos, todo o conhecimento necessário para projetar, construir e implantar sistemas completos.

Juntamente com os artigos, são fornecidos links para download de projetos elétricos completos dos painéis, assim como softwares Ladder para automação das estações e o software customizável SCADA com telas para até 10 reservatórios e 10 elevatórias de água, tudo absolutamente sem custo.

O que são remotas de telemetria?

Remotas de telemetria são, por definição, dispositivos micro processados que permitem monitorar e controlar objetos físicos a distância, conectando sensores e atuadores a um sistema SCADA de tele supervisão e controle. Outros nomes para remota de telemetria são:

  • UTR – Unidade Terminal Remota;
  • URT – Unidade Remota de Telemetria;
  • RTURemote Telemetry Unit ou Remote Telecontrol Unit.

No âmbito da telemetria da distribuição de água municipal, uma designação que se tornou bastante popular para a remota de telemetria é o “Painel de telemetria“.

Composição das remotas de telemetria

A figura abaixo apresenta uma composição típica de uma remota de telemetria. No exemplo mostrado, a remota de telemetria é composta por:

  • Fonte de alimentação – Transforma a tensão alternada da rede nas tensões CC usuais, geralmente 24 VCC e gerencia a carga da bateria para a operação na falta de energia da rede;
  • CLP (Controlador Lógico Programável) – Responsável por todo o processamento local e automatismo da remota;
  • Interfaces de entradas – Condicionam os sinais de campo fornecidos pelos sensores. Podem estar incorporadas ao CLP ou serem módulo externos ao mesmo;
  • Interfaces de saída – Condicionam os sinais analógicos e digitais produzidos pelo CLP para o comando dos atuadores. Podem estar incorporadas ao CLP ou serem módulos externos ao mesmo;
  • Rádio modem – Podem ser rádios spread spectrum, canalizados ou rádios GPRS/GSM. Permitem à remota comunicar com o CCO ou com outras remotas.

Exemplos de componentes utilizados na remota de telemetria

A figura a seguir mostra uma possível configuração utilizando os seguinte módulos:

  • Fonte com bateria modelo 2061;
  • Rádio modem RM2060;
  • CLP Haiwell modelo T48S0P com 28 ED e 20 SD;
  • Interface IA2820 com 8 entradas em 4 a 20 mA;
  • Interface ID2908 com 8 saídas isoladas a relé.

Painel de telemetria PT5520

O painel de telemetria PT5520 é indicado para uso na automação e telemetria das seguintes estações:

  • Elevatórias de água e esgoto
  • Reservatórios
  • Boosters
  • Macro-medidores

Baseado no CLP Haiwell modelo C48S0P, o painel apresenta alto índice de integração, modularidade, facilidade de manutenção e protocolo MODBUS RTU mestre e escravo, resultando em uma montagem de alto desempenho e baixo custo.

Lista de peças do painel PT5520

Painel de telemetria PT5420 – Opção econômica

PT5420 - Painel de telemetria econômico

O painel de telemetria PT5420 é indicado para uso na automação e telemetria das seguintes estações:

  • Elevatórias de água e esgoto
  • Reservatórios
  • Boosters
  • Macro-medidores

Baseado no CLP Haiwell modelo C16S0P, o painel constitui uma versão econômica ou para estações de menor porte. Apresenta alto índice de integração, modularidade, facilidade de manutenção e protocolo MODBUS RTU mestre e escravo, resultando em uma montagem de alto desempenho e baixo custo.

PT5420 - Painel de telemetria econômico

Lista de peças do PT5420

Programação em Ladder das remotas de telemetria

Os programas em Ladder completos para a automação de reservatórios, elevatórias e demais estações componentes do sistema de distribuição de água municipal serão apresentados no artigo que irá tratar deste assunto. Se você tiver interesse ou necessidade de antecipar essa informação, clique aqui.

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Este artigo é o quarto da série Tudo sobre telemetria do abastecimento municipal de água“.

Se você deseja elaborar e implantar um sistema de telemetria para os reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs, estações reguladoras de pressão e pontos de macromedição, encontrará nessa série de artigos, todo o conhecimento necessário para projetar, construir e implantar sistemas completos.

Juntamente com os artigos, são fornecidos links para download de projetos elétricos completos dos painéis, assim como softwares Ladder para automação das estações e o software customizável SCADA com telas para até 10 reservatórios e 10 elevatórias de água, tudo absolutamente sem custo.

 

 

O que é a telemetria via rádio da distribuição de água tratada

O sistema de distribuição de água tratada é composto de reservatório e elevatórias de água tratada, válvulas reguladoras de pressão, pontos de macromedição de vazão, booster e estações de tratamento entre outros pontos de interesse. Para que o CCO – Centro de Controle e Operação – possa se comunicar com todos essas estações remotas, é necessário um sistema de comunicação. O meio de melhor custo-benefício para implementar essa comunicação é o que chamamos de telemetria via rádio, e o rádio mais utilizado para esse serviço é o rádio modem spread spectrum. Na faixa dos 900 MHz. Este artigo ensina como dimensionar e instalar o sistema de rádio para a telemetria da distribuição de água do município.

O que é um rádio modem

Os rádios transceptores ditos analógicos são compostos de um bloco transmissor e um bloco receptor. Popularmente chamados de rádio voz, possuem, em suas conexões, os seguintes sinais básicos:

  • TX – sinal de áudio que será transmitido pelo bloco transmissor;
  • RX – sinal de áudio recebido pelo bloco receptor;
  • PTTPush to talk (aperte para falar), que é o sinal que coloca o transceptor em modo de transmissão;
  • CDCarrrier Detected (portadora detectada), que é o sinal que indica que o rádio está recebendo o sinal emitido por um transmissor.

Em comunicação de voz, o TX é conectado a um amplificador de áudio que aciona um alto-falante e ao RX é ligado um microfone. Ao PTT é ligada uma chave para acionar a transmissão. Em comunicação digital, esses sinais são ligados a sinais correspondentes de um modem.

Rádio Modem é o nome dado aos equipamentos que unem um rádio e um modem e têm a capacidade de transmitir e receber dados digitais por rádio. A palavra MODEM deriva de modulator demodulator, equipamento capaz de converter informação serial digital em analógica e vice-versa.

São os seguintes os sinais básicos na interface serial de um rádio modem:

  • TXD – sinal serial a ser transmitido
  • RXD – sinal serial recebido
  • RTS – Request to Send (pedido para transmitir) indica para o rádio modem que o equipamento conectado solicita transmissão
  • CTS – Clear to Send (pronto para transmitir) indica para o equipamento conectado que o rádio modem está pronto para receber os dados a serem transmitidos
  • CD – Carrrier Detected (portadora detectada), que é o sinal que indica que o rádio está recebendo o sinal emitido por um transmissor

O que é um rádio modem spread spectrum

O FHSS (Frequency Hopping Spread Spectrum) ou Espalhamento Espectral por Saltos em Frequência foi inventado pela atriz Hedy Lamarr e pelo compositor George Antheil em 1941 e desenvolvido pelas forças armadas americanas a partir da Segunda Guerra Mundial, com a intenção de criar um sistema de comunicação por rádio mais protegido contra interceptações. As primeiras idéias sobre essa tecnologia, entretanto, datam das décadas de 20 e 30.

A técnica de spread spectrum consiste em espalhar a transmissão no espectro de frequências ocupando uma banda maior, mas com densidade de potência pequena.

Os rádios spread spectrum utilizam as faixas de frequências livres adotadas por vários países, inclusive o Brasil, denominadas como bandas ISM (Instrumentation, Scientific & Medical) definidas em 900 MHz, 2,4 GHz e 5,8 GHz.

Frequency hoppingO sinal transmitido é comutado rapidamente entre diferentes frequências dentro de uma faixa do espectro de forma pseudo-aleatória e o receptor “sabe” de antemão onde encontrar o sinal a cada novo salto.

No Brasil, a legislação que regula o uso da tecnologia spread spectrum foi inicialmente definida pela ANATEL através da Norma 02/93, posteriormente pela Norma 012/96 (resolução 209 de Jan/2000) e atualmente pela resolução 305 de Jul/2002 – Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação Restrita.

As faixas de frequências estabelecidas para uso por equipamentos de radiocomunicação empregando a técnica de spread spectrum, para aplicações Ponto a Ponto e Ponto Multiponto, estão assim definidas: 902 a 928 MHz, 2400 a 2483,5 MHz e 5725 a 5850 MHz. Dessa forma, os sistemas que utilizam a tecnologia de spread spectrum não necessitam da licença ANATEL para a sua instalação e operação, desde que sejam atendidos os requisitos das Resoluções 209 e 305.

A regulamentação vigente estabelece as condições de operação para os sistemas que operam por Saltos de Frequência, para os sistemas que operam em Sequência Direta e para os Sistemas Híbridos. Nas faixas de 900 MHz a potência de pico máxima de saída do transmissor não deve ser superior à 1 Watt para sistemas que empreguem no mínimo 50 canais de salto e 0,25 Watt para sistemas empregando menos de 50 canais de salto. Sistemas operando nas faixas de 2,4 GHz e 5,8 GHz devem trabalhar com potência de pico máxima de saída do transmissor não superior à 1 Watt.

O que é um rádio enlace

Podemos definir como rádio enlace o conjunto de equipamentos necessários para estabelecer comunicação por rádio entre dois pontos.


Os elementos básicos para a implementação de um rádio enlace são:

  • Rádio transmissor;
  • Linha de transmissão da estação transmissora;
  • Antena transmissora;
  • Meio de propagação;
  • Antena receptora;
  • Linha de transmissão da estação receptora;
  • Rádio receptor;

Comunicação ponto-a-ponto

Na comunicação ponto-a-ponto a existem apenas pares de estações que se comunicam entre si como no exemplo didático abaixo. Normalmente, se utilizam apenas antenas direcionais nesse tipo do topologia.

Comunicação ponto-multiponto

Na comunicação ponto-multiponto uma estação central, ou mestra, irá comunica com diversas estações remotas como no exemplo abaixo. Normalmente, a estação central possui uma antena omnidirecional, enquanto as estações remotas são dotadas de antenas direcionais. Esse tipo de topologia é o mais utilizado na telemetria da distribuição de água municipal.

Topologia do sistema de rádio

A topologia do sistema de rádio diz respeito à definição dos enlaces de rádio. É como um mapa que determina qual estação se comunica com qual. Veja um exemplo prático real abaixo.

Projeto de rádio

O projeto de rádio define todos os enlaces, equipamentos e considerações necessárias para projetar e implementar o sistema de comunicação via rádio da telemetria da distribuição de água do município. Para realizar o projeto de rádio é necessário:

  • Listar as coordenadas geográficas de todos os pontos de interesse (remotas, repetidoras, CCO);
  • Levantamento dos perfis de terreno em cada enlace;
  • Avaliação da necessidade de pontos de repetição quando existem obstruções ou grandes distâncias;
  • Cálculo de rádio enlace para cada enlace do sistema. O cálculo de rádio enlace irá definir o tipo de rádio, antenas e ganhos de antenas, inclinação e azimute para a instalação da antena, tipo de cabo de RF, comprimento máximo de cabo de RF, potência e sensibilidade dos rádios.

Mapa dos enlaces de rádio

De posse dos cálculos de rádio enlace podemos mapear os enlaces com a ajuda de softwares como o Google Earth. Veja o exemplo abaixo.

Planilha de cálculo do rádio enlace

De posse das coordenadas geográficas e do levantamento do perfil do terreno entre os dois pontos, podemos planilhar os dados e calcular o enlace com a ajuda de software e planilhas de cálculo.

A planilha abaixo apresenta um exemplo de cálculo de rádio enlace utilizando a planilha desenvolvida pela Alfacomp e que está disponível para download.

 

Cálculo de rádio enlace

Uma abordagem prática voltada para sistemas de automação, telemetria e SCADA

O cálculo de rádio enlace avalia a viabilidade de comunicação entre dois pontos. Se você já teve que interligar equipamentos seriais que comunicam via RS232 ou RS485 em distâncias ou situações em que cabos seriais eram inviáveis, este artigo é para você. Utilizar rádio modem para comunicar equipamentos que se comunicam serialmente é mais fácil do que parece. Veja como calcular o enlace de rádio.

Componentes básicos de um rádio enlace

Podemos definir como rádio enlace o conjunto de equipamentos necessários para estabelecer comunicação por rádio entre dois pontos. Os elementos básicos para a implementação de um rádio enlace são:

  • Rádio transmissor;
  • Linha de transmissão da estação transmissora;
  • Antena transmissora;
  • Meio de propagação;
  • Antena receptora;
  • Linha de transmissão da estação receptora;
  • Rádio receptor;

Comportamento da energia ao logo do percurso

Desde a saída do transmissor até a chegada no receptor, o sinal sofre atenuações e ganhos. O gráfico ao lado representa a variação da intensidade do sinal ao longo do percurso. A intensidade do sinal sofre as seguintes alterações:

  • Perda no cabo do transmissor;
  • Ganho na antena transmissora;
  • Perda no espaço livre;
  • Ganho na antena receptora;
  • Perda no cabo do receptor.

As intensidades, perdas e ganhos são representados em decibel (dB).

A escala logarítmica

O dB é uma escala utilizada para representar a relação entre duas potências. São as seguintes as unidades de referência usuais nos sistemas de rádio:

  • dBW – relação entre uma dada potência e a unidade de 1W;
  • dBm – relação entre uma dada potência e a unidade de 1mW;
  • dBi – relação entre o ganho de uma antena e o ganho do irradiador isotrópico (antena teórica com diagrama de irradiação esférico).

O cálculo da relação entre duas potências é dado pela fórmula abaixo.

Exemplo: Seja uma potência de 0,001 mW, sua intensidade dada em dBm é calculada como:

10 log (0,001 mW / 1 mW) = – 30 dBm

Cálculo de Rádio Enlace

Dizemos que um enlace é viável se a intensidade calculada do sinal recebido é maior do que o nível de sensibilidade do receptor, guardada a margem de segurança. O cálculo da intensidade de sinal recebido é dado pela fórmula abaixo:

Onde:

  • Tx – Potência de saída do rádio transmissor (dBm);
  • Pt – Perda por atenuação no cabo da antena transmissora (dB);
  • Gt – Ganho na antena transmissora (dBi);
  • Ao – Atenuação no espaço livre (dB);
  • Gr – Ganho da antena receptora (dBi);
  • Pr – Perda por atenuação no cabo da antena receptora (dB);
  • RX – Sinal recebido (dBm).

Atenuação no Espaço Livre

Uma onda eletromagnética propagando-se no espaço sofre uma atenuação contínua. A intensidade é inversamente proporcional ao quadrado da distância, ou seja, quando a distância dobra, o sinal diminui para um quarto do valor. A atenuação no espaço livre pode ser calculada pela fórmula abaixo.

Onde:

  • D = distância em metros;
  • λ = Comprimento de onda (m) = 300 / freqüência (MHz);
  • Ao = Atenuação do espaço livre (dB).

Ou, utilizando a frequência (f) em MHz:

Cálculo da Potência Efetivamente Irradiada (ERP)

A Potência Efetivamente Irradiada (ERP) por uma estação transmissora pode ser calculada pela fórmula abaixo.

O valor da ERP é importante na análise para enquadramento das estações às normas da Anatel.

Perda por Obstrução da Primeira Zona de Fresnel

A energia transportada de uma antena transmissora até uma antena receptora é contida em elipsóides concêntricos chamados zonas de Fresnel. Dizemos que não existe perda por obstrução quando não há obstáculos dentro da primeira zona. Essa avaliação é feita levantando-se o perfil do terreno entre as duas estações com a ajuda de mapas cartográficos e calculando-se o raio da zona ao longo do percurso.

O cálculo do raio de Fresnel é apresentado abaixo.

Perdas ocasionadas por obstruções conhecidas como  gume de faca são calculadas com base no percentual de liberação da primeira zona de Fresnel e seguem a fórmula abaixo.

Onde v é o índice de liberação do raio de Fresnel dado por:

Ondas Eletromagnéticas

A energia enviada pelas antenas transmissoras e captada pelas antenas receptoras é transportada por ondas eletromagnéticas. Seu nome origina-se do fato de que são compostas por campos elétricos e magnéticos variáveis e se propagam no vácuo à velocidade de 300.000 quilômetros por segundo.

A maneira como os campos elétrico e magnético se orientam no espaço é chamada polarização. Se o campo elétrico é paralelo à superfície da Terra, dizemos que a polarização é horizontal; se o campo elétrico está em plano perpendicular à superfície da Terra, a polarização é vertical.

Podemos orientar antenas verticalmente ou horizontalmente.

Conceito: OEM é uma perturbação física composta por um campo elétrico (E) e um campo magnético (H) variáveis no tempo, perpendiculares entre si, capazes de se propagar no espaço.

Frequência: número de oscilações por unidade de tempo (Hz).

Comprimento de onda: distância percorrida pela onda durante um ciclo. É definido pela velocidade de propagação dividida pela frequência. Ver fórmula ao lado.

Antenas

Antenas são dispositivos capazes de transmitir e captar ondas eletromagnéticas nas faixas de radiofrequência. São compostas de componentes metálicos nas mais variadas configurações. Os comprimentos e a disposição dos elementos irão depender das frequências em que se deseja operar. Alguns tipos de antenas são listados abaixo.

  • Yagi;
  • Painel Setorial;
  • Omnidirecional;
  • Antenas Patch;
  • Log – Periódica;

As antenas de interesse principal em telemetria são a Yagi e a omnidirecional.

Antena Yagi – Uda

Normalmente conhecida apenas por antena Yagi, foi concebida em 1926 por Shintaro Uda da Universidade Tohoku do Japão com a colaboração de Hidetsugu Yagi, que teve seu nome associado à antena quando publicou o primeiro artigo em inglês descrevendo a mesma. Conceitualmente, a antena Yagi é composta por um Refletor, um dipolo simples ou dobrado e um ou mais diretores. A antena da figura é apresentada na posição de polarização vertical que é normalmente utilizada em telemetria e apresenta ganhos que vão de 3 até mais de 20 dBi.

Antena Omnidirecional

Normalmente construídas com a concepção colinear, essas antenas, como sugere o nome, irradiam com a mesma intensidade em todas as direções do plano horizontal. Sua polarização é naturalmente vertical e apresenta ganhos na faixa de 2 a 10 dBi.

Polarização de Antenas

A figura a seguir apresenta a irradiação resultante de um dipolo simples polarizado verticalmente. Em polarização vertical, o plano elétrico é perpendicular à superfície da Terra, enquanto o plano magnético é paralelo à superfície da Terra.

Diagrama de Irradiação

O diagrama de irradiação é a representação gráfica da forma como a energia eletromagnética se distribui no espaço.

O diagrama pode ser obtido tanto pelo deslocamento de uma antena de prova em torno da antena que se está medindo, como pela rotação dessa em torno do seu eixo, enviando os sinais recebidos a um receptor capaz de discriminar com precisão a freqüência e a potência recebidas.

Os resultados obtidos são geralmente normalizados. Ao máximo sinal recebido é dado o valor de 0 dB, facilitando a interpretação dos lóbulos secundários e a relação frente-costas.

A curva em azul representa a energia irradiada em cada direção em torno da antena.

Ângulo de Meia Potência

Os ângulos de meia potência são definidos pelos pontos no diagrama onde a potência irradiada equivale à metade da irradiada na direção principal. Esses ângulos definem a abertura da antena no plano horizontal e no plano vertical.

OBS: -3 dB = 50% Potência

No exemplo ao lado temos: Ângulo de –3dB = 55°

Diretividade

É a relação entre o campo irradiado pela antena na direção de máxima irradiação e o campo que seria gerado por uma antena isotrópica que recebesse a mesma potência. A diretividade de uma antena define sua capacidade de concentrar a energia irradiada numa determinada direção.

          E máx = Energia da antena em estudo.

          E isso = Energia da antena isotrópica.

Ganho

O ganho pode ser entendido como o resultado da diretividade menos as perdas. Matematicamente, é o resultado do produto da eficiência pela diretividade.

G = Ganho

D = Diretividade

η = Eficiência

A eficiência de uma antena diz respeito ao seu projeto eletromagnético como um todo, ou seja, são todas as perdas envolvidas (descasamento de impedância, perdas em dielétricos, lóbulos secundários…). Normalmente, está na faixa de 90% a 95%.

Cabos

Linha de transmissão é uma linha com dois ou mais condutores isolados por um dielétrico que tem por finalidade fazer com que uma OEM se propague de modo guiado. Essa propagação deve ocorrer com a menor perda possível. As linhas de transmissão podem ser construídas de diversas maneiras: cabos paralelos, pares trançados, microstrip, cabos coaxiais, guias de onda, etc.

Os cabos coaxiais são as linhas de transmissão mais utilizadas em aplicações de telemetria.

Conectores e Protetores Contra Surto

A tabela a seguir apresenta alguns dos conectores mais utilizados nas aplicações de Telemetria.

Leia também

Este artigo sobre SCADA para o saneamento – Software supervisório, para controle e aquisição de dados – para a telemetria do saneamento é o oitavo da série Tudo sobre telemetria do abastecimento municipal de água“.

Se você deseja elaborar e implantar um sistema de telemetria para os reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs, estações reguladoras de pressão e pontos de macromedição, encontrará nessa série de artigos, todo o conhecimento necessário para projetar, construir e implantar sistemas completos.

Juntamente com os artigos, são fornecidos links para download de projetos elétricos completos dos painéis, assim como softwares Ladder para automação das estações e o software customizável SCADA com telas para até 10 reservatórios e 10 elevatórias de água, tudo absolutamente sem custo.

Neste artigo apresentamos um template de software supervisório genérico para um sistema de automação e telemetria de 10 reservatórios e 10 elevatórias de água tratada.

Ao longo do artigo iremos apresentar e descrever:

  • Arquitetura do sistema SCADA de telemetria
  • As telas e suas funcionalidades
  • As telas de reservatórios e seus ajustes
  • As telas de elevatórias e seus ajustes
  • Históricos e seus ajustes
  • Alarmes e seus ajustes
  • Telas de macromedidores
  • Operação automática, manual remota e manual local
  • Telas de comunicações e seus ajustes
  • O template completo e como obtê-lo
  • O software Haiwell Cloud SCADA e como obtê-lo

Seguindo os tutoriais e contando com ajuda de nosso suporte (https://alfacomp.net/suporte/– Whataspp (51)3029.7161), você irá baixar o software gratuito Haiwell Cloud SCADA, irá também baixar o template da aplicação pronto para uso.

Aprendendo a configurar o SCADA, você irá customizar o template para a realidade de sua cidade, tudo isso sem custo.

Arquitetura do sistema SCADA de telemetria

O sistema de automação funciona em protocolo mestre-escravo. A centralização de todas as comunicações se dá no microcomputador do CCO (Centro de Controle e Operação) localizado na [nome do local]. A água tratada na ETA é bombeada para os reservatórios por uma rede de estações elevatórias. Os níveis e parâmetros remotos necessários para o funcionamento de cada estação são lidos e repassados pelo computador do CCO a cada UR (Unidade Remota), ou seja, a informação de nível do reservatório para o qual uma determinada elevatória recalca água é lida do reservatório e enviada para a elevatória.

O operador do sistema supervisório pode efetuar comandos para as estações tais como: bloquear o funcionamento, alterar parâmetros de setpoints do grupo motobomba, ajustar setpoint de controle PID, ligar e desligar os grupos entre outros comandos que serão comentados a seguir.

Todas as comunicações partem da CCO que é dotada de uma antena omni direcional.

Software supervisório SCADA

Este tópico é ilustrativo e demonstra as linhas gerais que orientarão o desenvolvimento do software supervisório.

O software é configurado com HAIWELL SCADA e gravado no disco rígido do microcomputador da central, contendo todas as condições operacionais e controles tais como, por exemplo, níveis de reservatório e comando de motores.

Neste software o operador tem a possibilidade de especificar as condições de setpoints para ligamento e desligamento de bombas, pressão mínima de sucção, além de comandar manualmente os motores e visualizar todas as medições de grandezas elétricas e hidráulicas.

O software contém telas ilustradas artisticamente, com desenhos de reservatórios e motores, com diferentes cores para identificar diferentes estados de funcionamento dos motores. Além disso, fornece relatórios periódicos e online de todas as leituras do sistema. Nas telas também aparecem os alarmes de pane do sistema de maneira visual e sonora.

São registradas em arquivos armazenados no disco rígido do microcomputador, as informações dos últimos xx meses.

Neste item são dadas instruções genéricas e são feitas observações sobre os padrões de representação adotados na configuração do software supervisório.

Tela de abertura do software supervisório

É a tela que surge quando o software é iniciado. Todas as telas são organizadas com uma barra de Menu no topo. A barra de Menu é composta de uma caixa de seleção que dá acesso às diversas telas do aplicativo e de botões para acesso direto às janelas de históricos, alarmes, comunicações, macromedidores, reservatórios e teclas que permitem avançar para a próxima estação ou retroceder para a anterior.

Tela de Login do software supervisório

A tecla de Login permite registrar os usuários e dar acesso às funcionalidades do sistema conforme as permissões de cada um.

SCADA Login

Tela de reservatórios do software supervisório

Esta tela mostra os reservatórios, apresentando os níveis em metros de coluna d’água, porcentagem e volume cúbico de cada reservatório.

SCADA Reservatórios

A tela específica de cada reservatório é ativada clicando sobre o desenho do mesmo.

  • A tela de reservatório apresenta o valor do nível em metros, metros cúbicos e em percentual.
  • O indicador de vazão apresenta a leitura instantânea da vazão em litros por segundo.
  • O quadro de GERAL sinaliza a alimentação pela bateria, a porta do painel aberta, invasão, o alarme sonoro ativado.
  • Clicando sobre o botão CALA ALARME SONORO é possível silenciar o alarme sonoro.
  • Clicando sobre o botão ZERA TOTALIZADOR é possível zerar o totalizador de vazão do macro medidor.

Sempre que um botão é clicado, um comando é enviado para o reservatório e aparece a mensagem Comando enviado. Quando a estação receber este comando, responderá com a mensagem Comando Recebido.

Janela de ajustes dos reservatórios

Clicando no botão Parâmetros Ajustáveis presente na tela dos reservatórios, faz surgir à janela de ajuste de parâmetros ajustáveis dos reservatórios. Essa tela permite ajustar para cada reservatório, os seguintes parâmetros:

  • Máximo – valor máximo de altura útil do reservatório;
  • Alarme baixo – valor do nível para indicação do alarme por nível baixo do reservatório;
  • Alarme alto – valor do nível para indicação do alarme por nível de extravasão do reservatório;
  • Volume – valor máximo do volume em metros cúbicos do reservatório.

SCADA Janela de ajuste dos reservatórios

Tela de macromedidores

Esta tela apresenta os valores do acumulador de volume e as vazões instantâneas lidas pelos macro medidores.

SCADA Macromedidores-1024x576

Para o zeramento do totalizador de vazão, acesse a tela do respectivo reservatório e clique no botão Zera Totalizador.

Tela de elevatórias

As telas de elevatória são funcionalmente semelhantes à tela abaixo. Permitem visualizar e atuar sobre o funcionamento da elevatória sendo mostrada.

SCADA Elevatoria

 

SCADA Grandezas-elétricasO quadro Grandezas Elétricas indica as tensões, correntes e fator de potência na entrada dos CCMs dos motores. As Condições de Operação da estação indicam os alarmes que bloqueiam o funcionamento da elevatória, caso algum indicador esteja piscante deverá ser verifica a causa para que seja possível religar o grupo selecionado. As condições gerais da estação são mostradas na indicação Geral.

No quadro ao lado, temos as indicações do grupo selecionado, indicador do motivo de parada da motobomba e Comandos Gerais, os botões que enviam comandos para a estação, sendo respectivamente de cima para baixo, bloqueia o funcionamento automático, libera o funcionamento automático e cala alarme sonoro.

Quando na situação Bloqueado pelo CCO, é possível ligar ou desligar cada grupo individualmente, conforme disposição da chave de seleção de grupo. Isto é feito clicando nos botões que estão localizados abaixo do grupo motobomba.

Sempre que um botão é clicado, um comando é enviado para a elevatória e aparece a mensagem Comando enviado. Quando a estação receber este comando, responderá com a mensagem Comando Recebido.

Lógica de Funcionamento de Estações Elevatória

Os equipamentos e softwares integrantes do sistema de automação das remotas foram projetados e desenvolvidos visando à padronização das estações. O software foi escrito obedecendo aos conceitos de programação estruturada e orientação a objeto.

O sistema de automação das elevatórias tem por objetivo acionar os grupos motores bomba de maneira a manter o nível dos reservatórios abastecidos pelas elevatórias, dentro de valores programados. A informação de nível de cada reservatório é enviada à elevatória respectiva pelo microcomputador localizado no CCO.

O bombeamento somente é acionado se as condições básicas de operação estão satisfeitas. A elevatória é impedida de bombear por:

  • Chave local em manual
  • Bloqueado pela ETA
  • Subtensão na rede
  • Sobre tensão na rede
  • Pressão baixa na sucção
  • Reservatório cheio
  • Perda da leitura do nível
  • Grupo selecionado em falha

O sistema de automação é composto por um CLP abrigado em quadro elétrico juntamente com os demais dispositivos.

Operação Manual Local

No Modo Manual o painel de automação não atua sobre o comando das bombas, neste modo, as bombas são comandas pelo operador diretamente nos quadros de comando respectivos e o painel de automação somente lê os sinais disponíveis e prove comunicação com o concentrador de comunicação localizado no CCO, tais como as grandezas elétricas, hidráulicas e entradas digitais.

SEMPRE QUE UMA OPERAÇÃO DE MANUTENÇÃO FOR REALIZADA, A PRIMEIRA AÇÃO DEVERÁ SER A DE COLOCAR O SISTEMA EM MODO MANUAL. ISTO É FEITO POSICIONANDO A CHAVE SELETORA NA POSIÇÃO MANUAL.

Para operar o sistema manualmente é necessário:

  • Girar as seletoras A/M para a posição MANUAL.
  • Aguardar que os grupos sejam desligados.
  • Operar manualmente os grupos pelas chaves localizadas nos painéis de acionamentos existentes.

Operação Automática

No Modo Automático o comando das bombas se dá integralmente através do painel de automação, com base no programa aplicativo carregado no CLP e de acordo com o nível do reservatório de recalque, seguindo o já descrito nessa seção, e executando as funções de leitura e comunicação descritas no Modo Manual.

Para operar o sistema automaticamente é necessário:

  • Desligar os grupos;
  • Girar a seletora A/M para a posição AUTOMÁTICO;
  • Aguardar a entrada dos grupos.

Operação Manual Remoto

No Modo Via Telemetria, a estação pode ser comandada via central de operação, sendo possível realizar todas ações previstas para cada elevatória, sempre a critério e responsabilidade do operador sem interferência do programa aplicativo carregado no CLP, exceto as que envolvam segurança operacional e de monitoração, tais ações, como ativação e desativação da elevatória, ligar e desligar grupos e alterar a seleção de grupo principal e etc.  A operação via telemetria é executada por comandos chamados Ativação e Desativação.

Para operar o sistema via telemetria é necessário selecionar a tela da estação desejada e:

  • Selecionar BLOQUEIO PELO CCO;
  • Comandar os GRUPOS pelos respectivos botões de Liga e Desliga;
  • Aguardar a entrada dos grupos.

Janela de parâmetros ajustáveis das elevatórias

Ao clicar no botão Parâmetros Ajustáveis, mostrará a tela de ajustes dos parâmetros ajustáveis das estações elevatórias. Nesta tela de parâmetros ajustáveis, são alterados os valores de set points de ligamento e desligamento do grupo moto bomba, valores de proteção do motor, sendo subtensão, sobre tensão, subcorrente e sobre corrente, também possui proteção por pressão mínima na sucção e desligamento automático da moto bomba por tempo de falta de comunicação do reservatório com a elevatória.

SCADA Janela-de-ajustes-das-elevatórias

Tela de comunicações

Cada estação está representada pela figura de um rádio. Os rádios possuem um indicador numérico que mostra o tempo, em segundos, desde a última comunicação bem-sucedida. A cada nova comunicação, o mostrador é zerado e a cor muda para amarelo. Se o tempo desde a última comunicação exceder 120 segundos, o mostrador muda para cor vermelha.

SCADA Comunicacoes

 

Para habilitar a comunicação com cada estação, clique no botão Menu no canto esquerdo inferior da tela, em seguida clique no botão Devices management, que abrirá uma tela com todos os dispositivos configurados para comunicação com o supervisório. Para habilitar ou desabilitar um dispositivo, clique na caixa da coluna Enable da respectiva estação.

SCADA Ajuste-das-comunicações

Esta tela permite habilitar e desabilitar a comunicação de cada estação de forma que estações não operantes não prejudiquem o desempenho do sistema.

Tela de históricos

A tela de histórico mostra na forma de tabela os valores armazenados no arquivo histórico.

SCADA Histórico

Para configurar a pesquisa no histórico, selecione a estação desejada na caixa de seleção e ajuste as datas de início e fim da pesquisa, assim como os horários iniciais e finais. Após ajustado, clicar no botão Generate report.

  • Para exportar o relatório histórico clicar no botão Export.
  • Para imprimir, clicar no botão Print.

Gráfico histórico

Para visualizar os dados históricos em forma gráfica, clique sobre o botão Gráfico. Isso faz abrir uma janela de configuração do gráfico histórico selecionado. Para configurar a pesquisa no gráfico histórico, ajuste as datas de início e fim da pesquisa, assim como os horários iniciais e finais clicando no botão Select time interval. Após ajustado, clicar no botão Refresh.

SCADA Historico grafico

O gráfico mostrará os valores das variáveis em formato percentual, desta maneira, podemos observar em uma única escala valores de diferentes fundos de escala.

Tela de alarmes ativos

Ao clicar no botão localizado na parte inferior da tela com o símbolo  “i”  ou este “46” que mostra a quantidade de alarme ativos.

Permitirá visualizar na forma de tabela, os alarmes ocorridos e registrados no arquivo de alarmes. Podemos reconhecer os alarmes ativos e verificar quais alarmes retornaram ao seu valor normal de operação, para reconhecer os alarmes clique no botão Confirm the alarm para confirmar somente um alarme selecionado, ou clique no botão Confirm all alarm para confirmar todos os alarmes ativos.

Na aba History alarm podemos pesquisar todos os alarmes históricos desde a inicialização do supervisório, mas somente podemos visualizar sem ações de exportação ou impressão.

SCADA Alarmes ativos

Tela de alarmes históricos

Esta tela permite visualizar na forma de tabela, os alarmes ocorridos e registrados no arquivo de alarmes em histórico.

Para configurar a pesquisa dos alarmes, selecione a estação desejada na caixa de seleção e ajuste as datas de início e fim da pesquisa, assim como os horários iniciais e finais. Após ajustado, clicar no botão Generate report.

Os alarmes são registrados no momento que ocorre a mudança do bit de alarme de false para true e vice-versa. No entanto, o relatório salva o momento da mudança do bit, representando-o com o valor “zero” no momento da ocorrência, como pode ser visto na tela abaixo.

SCADA Alarmes

  • Para exportar o relatório de alarmes clicar no botão Export.
  • Para imprimir, clicar no botão Print.

Início e Fim de Operação

O aplicativo é ativado através do ícone do Haiwell Scada Runtime localizado na área de trabalho do computador, para iniciar o sistema deve-se clicar duas vezes sobre o ícone.

SCADA Janela welcomeIsso faz surgir uma janela onde se pode abrir o projeto localizado no computador local, utilizando o botão Run local project ou localizado na rede clicando no botão Run network Project. Encontre o arquivo com a extensão “hwrun” e execute o programa aplicativo.

Para fechar o programa utilize a sequência de teclas do Windows ALT+F4 ou clique no botão Menu localizado no canto inferior esquerdo da tela e clique em Quit.

SCADA Janela-fechamento

Botões

Os botões podem ter, entre outras, as seguintes funções:

  • Trocar ou ativar telas;
  • Ativar funções. Ex: ligar motor, zerar horímetro, etc,
  • Fechar uma janela.

Programação de parâmetros

Algumas telas possuem campos para a entrada de valores (setpoints). Para entrar com um valor, clique com o mouse sobre o campo desejado, digite o valor e pressione a tecla OK do teclado. Cada campo possui valores mínimos e máximos permitidos. Valores fora dos limites são rejeitados.

SCADA Programação-de-parâmetros

Janelas de confirmação

Janelas de confirmação surgem quando clicamos em alguns objetos ou botões, solicitando a confirmação ou não daquela atitude. Veja exemplo abaixo.
SCADA Confirmação

Solicite o template completo e sem custo aqui

 

Haiwell Cloud SCADA

O software Haiwell Cloud SCADA é baseado em .NET Framework e permite a monitoração e controle de processos industriais. Também é o software utilizado para configurar a linha de IHMs (Interfaces Homem-Máquina) da Haiwell. O Haiwell Cloud SCADA completo e sem limitações está disponível para download sem custos.

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Projeto de automação e telemetria de uma estação elevatória de água tratada

Este artigo contendo o Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água tratada é o nono da série Tudo sobre telemetria do abastecimento municipal de água“.

Se você deseja elaborar e implantar um sistema de telemetria para os reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs, estações reguladoras de pressão e pontos de macromedição, encontrará nessa série de artigos, todo o conhecimento necessário para projetar, construir e implantar sistemas completos.

Juntamente com os artigos, são fornecidos links para download de projetos elétricos completos dos painéis, assim como softwares Ladder para automação das estações e o software customizável SCADA com telas para até 10 reservatórios e 10 elevatórias de água, tudo absolutamente sem custo.

Neste artigo apresentamos o projeto completo de hardware e software para a automação, controle e telemetria de uma estação elevatória de água tratada.

Descrição geral do funcionamento da elevatória de água tratada

A forma mais usual para garantir o abastecimento de água em um bairro ou região de um município consiste em construir reservatórios em pontos elevados da área atendida, ou construir reservatório elevados quando a região é plana. A água é conduzida aos pontos de consumo por gravidade e o sistema de abastecimento municipal tem como missão, manter os reservatórios abastecidos.

Cabe à estação elevatória de água a função de manter o reservatório abastecido. Para tanto, a informação do nível do reservatório deve ser transmitida à elevatória para que essa, por sua vez, comande o funcionamento dos grupos moto bombas de maneira a manter o reservatório sempre com o nível dentro dos níveis predefinidos de operação.

A informação de nível de cada reservatório é repassada à sua respectiva estação elevatória pelo sistema da comunicação via rádio, centralizado no CCO.

Nesse tipo de configuração o reservatório terá dois níveis (set points) pré-definidos pela operação:

  • Nível de liga: O nível de liga é mais baixo que o nível de desliga e é aquele nível, que quando atingido, indica para a lógica de comando da elevatória que o grupo moto-bomba deve ser ligado.
  • Nível de desliga: O nível de desliga é mais alto que o nível de liga e é aquele nível, que quando atingido, indica para a lógica de comando da elevatória que o grupo moto-bomba deve ser desligado.

Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água

A figura acima apresenta uma topologia típica de uma elevatória de água tratada  de um sistema de distribuição de água tratada municipal. O diagrama mostra os componentes básicos de uma elevatória composta por dois conjuntos moto bomba, principal e reserva, e apresenta também o reservatório abastecido por essa elevatória, que pode estar distante quilômetros da elevatória.

Para controlar o funcionamento da estação elevatória, o CLP local monitora os seguintes parâmetros locais e remotos:

  • Nível do reservatório (remoto): enviado pelo CCO;
  • Alarme de perda da informação do nível;
  • Pressão de sucção: pressão na entrada das bombas, o bombeamento não pode acontecer se não houver pressão mínima;
  • Pressão de recalque: pressão na saída das bombas;
  • Tensão da rede: as bombas não podem operar se a tensão estiver fora dos mínimos e máximos definidos;
  • Corrente elétrica das bombas: deve ser monitorada para garantir a segurança das bombas e para detectar desgastes preventivamente;
  • Fator de potência: deve ser monitorado para garantir o controle de consumo elétrico;
  • Temperatura e vibração dos mancais dos motores: visa detectar e prevenir desgastes dos motores;
  • Sinais digitais de motores desarmados;
  • Sinais digitais de chaves de comando manual/automático e local/remoto. 

Operação da estação elevatória de água

Para que o sistema opere corretamente, as chaves seletoras das bombas e das válvulas devem estar na posição AUTOMÁTICO (comandadas pelo CLP). O sistema funciona automaticamente após a energização do quadro e ligando a chave GERAL.

Operação manual da elevatória

No Funcionamento Manual o painel de automação não atua sobre o comando das bombas. Em Manual, as bombas são comandas pelo operador diretamente nos quadros de comando respectivos. Durante a operação manual, o painel de automação lê as grandezas elétricas e hidráulicas, executa as comunicações com a central, e monitora entradas digitais. Nesse modo de funcionamento, um operador pode ligar e desligar as bombas localmente nos respectivos quadros de acionamento das mesmas (comando manual).

SEMPRE QUE UMA OPERAÇÃO DE MANUTENÇÃO FOR SER REALIZADA, A PRIMEIRA AÇÃO DEVERÁ SER A DE COLOCAR O SISTEMA EM MANUAL. ISTO É FEITO POSICIONANDO A CHAVE SELETORA NA POSIÇÃO MANUAL.
Para desativar o sistema e operar manualmente as bombas e válvulas é necessário:

  • Girar as seletoras A/M para a posição MANUAL;
  • Aguardar que os grupos sejam desativados. Esta operação se dá sequencialmente;
  • Operar manualmente os grupos pelas chaves localizadas no painel frontal.

Operação automática da elevatória

Neste modo, o acionamento das bombas se dá de acordo com o nível do reservatório de recalque e monitora as condições de operação. Lê as grandezas elétricas e hidráulicas, executa as comunicações com a central e monitora entradas e saídas digitais.

Para selecionar o sistema para controle automático, é necessário:

  • Girar as seletoras A/M para a posição AUTOMÁTICO.
  • Aguardar a parada dos equipamentos.
  • Aguardar a entrada sequencial dos grupos.

Comando via telemetria da elevatória

Quando em automático, a estação pode ser comandada via central de telemetria. É possível desativar e reativar o funcionamento da elevatória, ligar e desligar grupos e alterar a seleção de grupo principal.

Comandos de ativação e desativação da elevatória de água

Bloqueio – A elevatória é desativada fazendo a posição 0 da tabela de setpoints diferente de zero. Isto faz com que o CLP desative os grupos sequencialmente. Este modo de operação é chamado Manual Remoto.

Desbloqueio – A elevatória é ativada fazendo a posição 0 da tabela de setpoints igual a zero. Isto permite que o CLP opere automaticamente.

Composição da remota de telemetria para a elevatória

A figura a seguir mostra o bloco diagrama da remota de telemetria utilizada na automação da estação elevatória:

  • Fonte com bateria modelo 2061;
  • Rádio modem RM2060;
  • CLP Haiwell modelo T48S0P com 28 ED e 20 SD;
  • Interface IA2820 com 8 entradas em 4 a 20 mA;
  • Interface ID2908 com 8 saídas isoladas a relé.

Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água

Painel de telemetria PT5520

Baseado no CLP Haiwell modelo C48S0P, o painel apresenta alto índice de integração, modularidade, facilidade de manutenção e protocolo MODBUS RTU mestre e escravo, resultando em uma montagem de alto desempenho e baixo custo.

Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de águaO CLP com duas portas seriais comunica por protocolo MODBUS RTU mestre e escravo e está programado para controlar e monitorar:

  • Pressões de sucção e recalque:
  • Operação de grupos motobomba;
  • Multimedidores de grandezas elétricas;
  • Invasão;
  • Falta de energia;
  • Painel aberto;

Características técnicas do painel de telemetria

CLP Haiwell C48S0P 28ED 20SD
IHM IHM 4,3″ monocromática – TP300
Elemento de comunicação Rádio modem RM2060
Alimentação Fonte carregadora com bateria e autonomia de 12 horas
Entradas analógicas 08 entradas analógicas em 4 a 20 mA protegidas contra surtos
Saídas analógicas 02 saídas 4 a 20mA com módulos Alfacomp IA2801
Entradas digitais 24 entradas digitais em 24V livres
Saídas digitais 16 saídas digitais, sendo 08 isoladas a réle pelo módulo ID2908
Iluminação Módulo SW3301 com 12 LEDs brancos de alta intensidade
Indicação de porta aberta Sensor de porta aberta conectado ao CLP
Indicação de alimentação Sensor indica alimentação pela rede ou pela bateria
Dimensões Altura 60 x Largura 40 x Profundidade 20 cm
Grau de Proteção IP54 (*consulte outros modelos)
Proteção da alimentação DPS SW3300

Componentes do painel de telemetria

Qtd. Modelo Descrição
1 Haiwell C48S0P CLP com 28 entradas digitais, 20 saídas digitais, porta serial RS232 e RS485, e porta Ethernet
1 IHM TP300 IHM 4,3″ monocromática, 4 linhas x 24 colunas
1 Elemento de Comunicação Rádio modem RM2060
1 Alfacomp – 2061 Fonte de alimentação com bateria
1 Alfacomp – SW3300 Seccionador e protetor com tomada
1 Alfacomp – SW3301 Iluminador de painel com chave fim de curso
1 Alfacomp – IA2820 Interface analógica multiplexada para 8 entradas em 4 a 20mA
2 Alfacomp – IA2801 Interface analógica com 1 saída em 4 a 20mA
1 Alfacomp – ID2908 Isolador a relés para 8 saídas digitais
1 Alfacomp – CN3203 Protetor contra surtos para cabo de RF com conexões N-fêmea (se o elemento de comunicação for rádio)
1 Alfacomp – CB3100 Cabo interno de RF (se o elemento de comunicação for rádio)
1 Cemar – CS-6040-20 Quadro de comando metálico
1 Cemar – BT-7 VD Barra de terra
3 Porta fusível Borne porta fusível
24 Borne Borne Modular 2,5 mm
9 Poste Poste Clip Fix 35-5

Materiais diversos utilizados na instalação da remota de telemetria

Qtd. Descrição
1 Antenas conforme definido no projeto de rádio
2 Conector N macho para cabo RGC 213
1 Cabo externo de RF RGC213
1 Mastro de antena conforme definido no projeto de rádio
1 Materiais diversos de montagem de campo

Esquema elétrico do quadro de automação – Remota de elevatória

 

Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água

Software de controle da estação elevatória

A programação do CLP que controla a estação elevatória é feita em Ladder.

A figura a seguir apresenta os módulos de rotinas que compõe a programação da estação.

Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água

Lista de entradas e saídas

Entradas analógicas

Entrada Descrição Escala Faixa de medição Memória
E0 Pressão de recalque 250 a 1250 0 a 100,0 mca V40
E1 Pressão de sucção 250 a 1250 0 a 100,0 mca V41
E2 250 a 1250 V42
E3 250 a 1250 V43
E4 250 a 1250 V44
E5 250 a 1250 V45
E6 250 a 1250 V46
E7 250 a 1250 V47

Entradas digitais

CLP – C48S0P
Entrada Descrição Memória
X0 Pulsos do módulo IA2820 X0
X1 Indicação de CA presente X1
X2 Intrusão no painel X2
X3 Chave do painel de telemetria em MANUAL / AUTOMATICO X3
X4 Invasão na estação X4
X5 X5
X6 MB01 em manual X6
X7 MB01 em automático X7
X8 MB02 em manual X8
X9 MB02 em automático X9
X10 X10
X11 X11
X12 Confirmação da MB01 X12
X13 Confirmação da MB02 X13
X14 X14
X15 Grupo selecionado X15
X16 X16
X17 X17
X18 X18
X19 X19
X20 X20
X21 X21
X22 X22
X23 X23
X24 X24
X25 X25
X26 X26
X27 X27

Saídas digitais

CLP – C48S0P
Saída Descrição Memória
Y0 Alarme sonoro Y0
Y1 Y1
Y2 Comando liga/desliga MB01 Y2
Y3 Comando liga/desliga MB02 Y3
Y4 Y4
Y5 Y5
Y6 Y6
Y7 Y7
Y8 Y8
Y9 Y9
Y10 Y10
Y11 Y11
Y12 Y12
Y13 Pulsos para atualização do módulo IA2801 Y13
Y14 Pulsos para atualização do módulo IA2801 Y14
Y15 Sinal SL0 de seleção de canal do módulo IA2820 Y15
Y16 Sinal SL1 de seleção de canal do módulo IA2820 Y16
Y17 Sinal SL2 de seleção de canal do módulo IA2820 Y17

Mapa de memórias do CLP

Memória Descrição Tipo Tag Sub-rotina
Memórias internas não retentivas – M0 a M28
M0 BOOL
M1 BOOL
M2 BOOL
M3 BOOL
M4 Subtensão na rede BOOL SUB_V1 PGB:ANALISE_EAT1
M5 Sobretensão na rede BOOL SOBRE_V1 PGB:ANALISE_EAT1
M6 Nível remoto cheio BOOL NR_CHEIO PGB:ANALISE_EAT1
M7 Subcorrente dos motores BOOL SUB_I1 PGB:ANALISE_EAT1
M8 Sobrecorrente dos motores BOOL SOBRE_I1 PGB:ANALISE_EAT1
M9 BOOL
M10 Automático bloqueado pelo CCO BOOL BLOQ_AUT1 PGB:ANALISE_EAT1 PGB:CMD    PGB:GRP_EAT1
M11 BOOL
M12 Pressão mínima na sucção BOOL PS1_MIN PGB:ANALISE_EAT1
M13 MB01 desativada BOOL EAT1_1_OFF PGB:ANALISE_EAT1
M14 MB02 desativada BOOL EAT1_2_OFF PGB:ANALISE_EAT1
M15 BOOL BLOQ_AUT1
M16 Falha dos motores BOOL FALHA1 PGB:ANALISE_EAT1
M17 Ativa alarme sonoro BOOL ALR ON PGB:ALARME
M18 Funcionamento OK da elevatória BOOL EAT1_OK PGB:GRP_EAT1
M19 Nível remoto baixo BOOL NR_BAIXO PGB:GRP_EAT1
M20 BOOL
M21 BOOL
M22 Liga/desliga MB01 – modo bloqueado BOOL MB01_1 PGB:CMD  PGB:GRP_EAT1
M23 Liga/desliga MB02 – modo bloqueado BOOL MB02_1 PGB:CMD  PGB:GRP_EAT1
M24 Desativa/reseta alarme sonoro BOOL RST ALR REMOTO PGB:ALARME PGB:CMD
M25 BOOL
M26 BOOL
M27 Nível remoto atualizado BOOL NR ATUALIZADO PGB:ANALISE_EAT1
M28 Nível remoto perdido BOOL NR PERDIDO PGB:ANALISE_EAT1
Memórias internas especiais – SM0 a SM5
SM0 Ligado enquanto CLP em modo RUN BOOL On during Running
SM2 Ligado durante a primeira varredura BOOL On during the first
SM5 Pulso a cada 1 segundo BOOL 1s clock pulse
Timers – T0 a T15
T0 TIMER
T1 TIMER
T2 Aguarda 30s para alarmar subtensão TIMER SUBV PGB:ANALISE_EAT1
T3 Aguarda 30s para alarmar sobretensão TIMER SOBREV PGB:ANALISE_EAT1
T4 Aguarda 30s para alarmar nível remoto cheio TIMER NR_CHEIO PGB:ANALISE_EAT1
T5 Aguarda 60s para alarmar subcorrente TIMER SUB_SOBRE_I PGB:ANALISE_EAT1
T6 Aguarda 60s para alarmar nível remoto perdido TIMER NR_PERDIDO PGB:ANALISE_EAT1
T7 Aguarda 30s para alarmar pressão de sucção baixa TIMER PS1_MIN PGB:ANALISE_EAT1
T8 Aguarda 30s para alarmar MB01 desarmou TIMER MB01_1_DESARMOU PGB:ANALISE_EAT1
T9 Aguarda 30s para alarmar MB02 desarmou TIMER MB02_1_DESARMOU PGB:ANALISE_EAT1
T10 Aguarda 10s para ligar MB01 TIMER LIGA_MB01_1 PGB:GRP_EAT1
T11 Aguarda 10s para desligar MB01 TIMER DESL_MB01_1 PGB:GRP_EAT1
T12 Aguarda 10s para ligar MB02 TIMER LIGA_MB02_1 PGB:GRP_EAT1
T13 Aguarda 10s para desligar MB02 TIMER DESL_MB02_1 PGB:GRP_EAT1
T14 Debounce de 3s para acionar alarme sonoro TIMER DEBOUNCE ALR PGB:ALARME
T15 Rearma remotamente alarme sonoro após 10min TIMER DEBOUNCE ALR2 PGB:ALARME
Contadores 16bits – C0 a C3
C0 CTU
C1 CTU
C2 Contador do horímetro da MB01 CTU CONT_HORIM1 PGB:GRP_EAT1
C3 Contador do horímetro da MB02 CTU CONT_HORIM2 PGB:GRP_EAT1
Registradores retentivos – V0 a V209
V0 Pressão de recalque WORD Pressao1 PGB:ESCALA_PRESSAO PGB:IHM_TP300
V1 Pressão de sucção WORD Pressao2 PGB:ESCALA_PRESSAO PGB:ANALISE_EAT1
V2 Cópia do comando enviado pelo CCO WORD Cmd_Rx PGB:CMD
V3 Segundos de 0 a 59s WORD Segundeiro PGB:MAIN
V4 Bit de status WORD Status PGB:BITS_STATUS
V5 Condições de operação da elevatória WORD Cond_Op1 PGB:ANALISE_EAT1

 

Memória Descrição Tipo Tag Sub-rotina
V6 Motivo de parada da elevatória WORD Parada1 PGB:ANALISE_EAT1 PGB:GRP_EAT1
V7 Tensão da fase R WORD VR1 PGB:ANALISE_EAT1 PGB:MULT_MEDIDOR
V8 Tensão da fase S WORD VS1 PGB:ANALISE_EAT1 PGB:MULT_MEDIDOR
V9 Tensão da fase T WORD VT1 PGB:ANALISE_EAT1 PGB:MULT_MEDIDOR
V10 Corrente da fase R WORD IR1 PGB:ANALISE_EAT1 PGB:MULT_MEDIDOR
V11 Fator de potência WORD Fator1 PGB:MULT_MEDIDOR
V12 Horímetro da MB01 WORD Horim1_MB01 PGB:CMD   PGB:GRP_EAT1
V13 Horímetro da MB02 WORD Horim2_MB02 PGB:CMD   PGB:GRP_EAT1
V14 Estado da MB01 WORD Estado1 PGB:BITS_STATUS
V15 Estado da MB02 WORD Estado2 PGB:BITS_STATUS
V16 Falha da MB01 WORD Falha1 PGB:ANALISE_EAT1 PGB:CMD
V17 Falha da MB02 WORD Falha2 PGB:ANALISE_EAT1 PGB:CMD
V18 Corrente da fase S WORD IS1 PGB:ANALISE_EAT1 PGB:MULT_MEDIDOR
V19 Corrente da fase T WORD IT1 PGB:ANALISE_EAT1 PGB:MULT_MEDIDOR
V38 Contador das saídas digitais para multiplexagem WORD Count Multiplex PGB:IA2820
V39 Contador de pulsos da IA2820 WORD Pulsos IA2820 PGB:IA2820 INT:LE_IA2820
V40 Valor da entrada analógica E0 – 0 a 1250 WORD EA0 PGB:IA2820 PGB:ESCALA_PRESSAO
V41 Valor da entrada analógica E1 – 0 a 1250 WORD EA1 PGB:IA2820
PGB:ESCALA_PRESSAO
V42 Valor da entrada analógica E2 – 0 a 1250 WORD EA2 PGB:IA2820
V43 Valor da entrada analógica E3 – 0 a 1250 WORD EA3 PGB:IA2820
V44 Valor da entrada analógica E4 – 0 a 1250 WORD EA4 PGB:IA2820
V45 Valor da entrada analógica E5 – 0 a 1250 WORD EA5 PGB:IA2820
V46 Valor da entrada analógica E6 – 0 a 1250 WORD EA6 PGB:IA2820
V47 Valor da entrada analógica E7 – 0 a 1250 WORD EA7 PGB:IA2820
V52 Preset do fundo de escala do sensor de pressão1 WORD Preset pressao1 PGB:INICIALIZACAO PGB:ESCALA_PRESSAO PGB:IHM_TP300
V53 Preset do fundo de escala do sensor de pressão2 WORD Pulsos pressao2 PGB:INICIALIZACAO PGB:ESCALA_PRESSAO PGB:IHM_TP300
V58 Variável para cálculo em ponto flutuante WORD Rascunho_Float1 SUB:CONV_TENSAO SUB:CONV_CORRENTE
SUB:CONV_FATOR
V59 Variável para cálculo em ponto flutuante WORD Rascunho_Float2 SUB:CONV_TENSAO SUB:CONV_CORRENTE
SUB:CONV_FATOR
V60 Variável para cálculo em ponto flutuante WORD Rascunho_Float3 SUB:CONV_TENSAO SUB:CONV_CORRENTE
SUB:CONV_FATOR
V61 Variável para cálculo em ponto flutuante WORD Rascunho_Float4 SUB:CONV_TENSAO SUB:CONV_CORRENTE
SUB:CONV_FATOR
V62 Variável para cálculo em ponto flutuante WORD Rascunho_Float5 SUB:CONV_TENSAO SUB:CONV_CORRENTE
SUB:CONV_FATOR
V63 Variável para cálculo em ponto flutuante WORD Rascunho_Float6 SUB:CONV_TENSAO SUB:CONV_CORRENTE
SUB:CONV_FATOR
V72 Identifica o grupo selecionado WORD GRP_SEL PGB:BITS_STATUS PGB:IHM_TP300
V73 Acumulador da contagem de tempo do nível remoto WORD TEMPO_AC PGB:ANALISE_EAT1
V74 Cópia do valor do nível remoto enviado do CCO WORD NR1_TEMP PGB:ANALISE_EAT1
V100 Comando enviado pelo CCO WORD Cmd PGB:CMD
V101 Preset de subtensão na rede WORD Subi_V1 PGB:ANALISE_EAT1
V102 Preset de sobretensão na rede WORD Sobre_V1 PGB:ANALISE_EAT1
V103 Preset de subcorrente dos motores WORD Subi_I1 PGB:ANALISE_EAT1
V104 Preset de sobrecorrente dos motores WORD Sobre_I1 PGB:ANALISE_EAT1
V105 Preset de nível de liga motor WORD NL1 PGB:GRP_EAT1 PGB:IHM_TP300
V106 Preset de nível de desliga motor WORD ND1 PGB:ANALISE_EAT1
V107 Preset de pressão mínima de sucção WORD PS1_min PGB:ANALISE_EAT1
V108 Preset de tempo para desligar por falta de envio do nível remoto WORD TEMPO_D1 PGB:ANALISE_EAT1

 

Memória Descrição Tipo Tag Sub-rotina
V109 Nível remoto WORD NR1 PGB:ANALISE_EAT1
V200 Valor de tensão da fase R lida do multimedidor WORD VR_MULT PGB:Main PGB:MULT_MEDIDOR
V201 Valor de tensão da fase S lida do multimedidor WORD VS_MULT PGB:MULT_MEDIDOR
V202 Valor de tensão da fase T lida do multimedidor WORD VT_MULT PGB:MULT_MEDIDOR
V203 Valor da corrente R lida do multimedidor WORD IR_MULT PGB:Main PGB:MULT_MEDIDOR
V204 Valor da corrente S lida do multimedidor WORD IS_MULT PGB:MULT_MEDIDOR
V205 Valor da corrente T lida do multimedidor WORD IT_MULT PGB:MULT_MEDIDOR
V206 WORD
V207 WORD
V208 WORD
V209 Valor do fator de potência lida do multimedidor WORD FATOR_MULT PGB:MULT_MEDIDOR

ICOM – Interface de comunicação

O mapeamento de memória utilizado para leitura e escrita do mestre de comunicação Modbus RTU chamamos de ICOM. As tabela abaixo agrupam as variáveis de leitura e escrita da ICOM.

  • Bloco de Memória de Monitoração (V0 a V19)
  • Bloco de Memória de Setpoints (V100 a V109)

Bloco de memória de monitoração (V0 a V19)

Este é o bloco de dados lidos pelo CCO.

Posição Tag Descrição Memória
00 Pressao1 Pressão de recalque V0
01 Pressao2 Pressão de sucção V1
02 Cmd_Rx Cópia do comando enviado pelo CCO V2
03 Segundeiro Segundos de 0 a 59s V3
04 Status Bit de status V4
05 Cond_Op1 Condições de operação da elevatória V5
06 Parada1 Motivo de parada da elevatória V6
07 VR1 Tensão da fase R V7
08 VS1 Tensão da fase S V8
09 VT1 Tensão da fase T V9
10 IR1 Corrente da fase R V10
11 Fator1 Fator de potência V11
12 Horim1_MB01 Horímetro da MB01 V12
13 Horim2_MB02 Horímetro da MB02 V13
14 Estado1 Estado da MB01 V14
15 Estado2 Estado da MB02 V15
16 Falha1 Falha da MB01 V16
17 Falha2 Falha da MB02 V17
18 IS1 Corrente da fase S V18
19 IT1 Corrente da fase T V19

Descrição da memória de monitoramento – STATUS

A memória Status contém 16 bits que são utilizados como status de funcionamento da estação, cada bit identifica uma ocorrência, sendo 0=false e 1=true.

Bit 15 Bit 14 Bit 13 Bit 12 Bit 11 Bit 10 Bit 9 Bit 8 Bit 7 Bit 6 Bit 5 Bit 4 Bit 3 Bit 2 Bit 1 Bit 0
  • Bit 0 =0(bateria),     =1(rede CA)
  • Bit 1 =0(porta fechada),     =1( porta aberta)
  • Bit 2 =0(painel em manual),     =1(painel em automático)
  • Bit 3 =0(invasão sim),     =1(invasão não)
  • Bit 4 =0(alarme sonoro desligado),     =1(alarme sonoro ligado)
  • Bit 5  =0(seleção MB01),     =1( seleção MB02)

Descrição da memória de monitoramento – Cond_Op1

A memória Cond_Op1 contém 16 bits que são utilizados como status de funcionamento da estação, cada bit identifica uma ocorrência, sendo 0=false e 1=true. 

Bit 15 Bit 14 Bit 13 Bit 12 Bit 11 Bit 10 Bit 9 Bit 8 Bit 7 Bit 6 Bit 5 Bit 4 Bit 3 Bit 2 Bit 1 Bit 0
  • Bit 0 =0(normal),     =1(bloqueado pelo CCO)
  • Bit 1 =1(normal),     =1(subtensão)
  • Bit 2 =0(normal),     =1(sobretensão)
  • Bit 3 =0(normal),     =1(pressão de sucção baixa)
  • Bit 4 =0(normal),     =1(nível remoto cheio)
  • Bit 5 =0(normal),     =1(nível remoto perdido)
  • Bit 6 =0(normal),     =1(falha no grupo selecionado)
  • Bit 7 =0(normal),     =1(MB01 em manual)
  • Bit 8 =0(normal),     =1(MB01 desativada)
  • Bit 9 =0(normal),     =1(MB01 em automático)
  • Bit 10 =0(normal),    =1(MB02 em manual)
  • Bit 11 =0(normal),    =1(MB02 desativada)
  • Bit 12 =0(normal),    =1(MB02 em automático)

Descrição da memória de monitoramento – Parada1

A memória Parada1 é responsável por informar para o CCO o motivo da parada do grupo motobomba em funcionamento.

  • 00 = sem motivo
  • 01 = painel de telemetria em manual
  • 02 = bloqueado pelo CCO
  • 03 = subtensão na rede
  • 04 = sobretensão na rede
  • 05 = pressão de sucção baixa
  • 06 = nível remoto cheio
  • 07 = nível remoto perdido
  • 08 = grupo selecionado em falha
  • 09 = grupo selecionado em manual
  • 10 = grupo selecionado desativado

Descrição da memória de monitoramento – Estado1 / Estado2

As memórias Estado1 e Estado2 são responsáveis por informar para o CCO o status das bombas.

  • 00 = bomba desligada
  • 01 = bomba ligada

Descrição da memória de monitoramento – Falha1 / Falha2

As memórias Falha1 e Falha2 são responsáveis por informar para o CCO os códigos de falha das bombas.

  • 00 = sem falha
  • 01 = subcorrente
  • 02 = sobrecorrente
  • 03 = não utilizado
  • 04 = grupo desarmou

Bloco de memória de setpoints (V100 a V109)

Este é o bloco de parâmetros enviados pelo CCO.

Posição Tag Descrição Memória
00 Cmd Comando enviado pelo CCO V100
01 Subi_V1 Preset de subtensão na rede V101
02 Sobre_V1 Preset de sobretensão na rede V102
03 Subi_I1 Preset de subcorrente dos motores V103
04 Sobre_I1 Preset de sobrecorrente dos motores V104
05 NL1 Preset de nível de liga motor V105
06 ND1 Preset de nível de desliga motor V106
07 PS1_min Preset de pressão mínima de sucção V107
08 TEMPO_D1 Preset de tempo para desligar por falta de envio do nível remoto V108
09 NR1 Nível remoto V109

Descrição da memória de setpoint – Cmd

A memória Cmd é responsável por receber valores do CCO e executar comandos, que estão listados a seguir.

  • 00 = sem comando
  • 01 = não utilizado
  • 02 = não utilizado
  • 03 = bloqueia funcionamento automático
  • 04 = libera funcionamento automático
  • 05 = cala alarme sonoro
  • 06 = liga MB01
  • 07 = desliga MB01
  • 08 = liga MB02
  • 09 = desliga MB02
  • 10 = não utilizado
  • 11 = não utilizado
  • 12 = não utilizado
  • 13 = não utilizado
  • 14 = não utilizado
  • 15 = não utilizado
  • 16 = não utilizado
  • 17 = não utilizado
  • 18 = zera horímetro da MB01
  • 19 = zera horímetro da MB02
  • 20 = não utilizado
  • 21 = não utilizado
  • 22 = não utilizado
  • 23 = não utilizado
  • 24 = zera falha da MB01
  • 25 = zera falha da MB02

Operação da IHM

O IHM (Interface Homem Máquina) TP300 é composto de:
Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água

  • Monocromático de 4 linhas por 24 caracteres;
  • Display de 4,3”;
  • Resolução de 192 x 64 pixels;
  • Backlight;
  • Ajuste de contraste;
  • Portas de comunicação RS232 e RS485;
  • Possui 19 teclas que podem ser definidas como teclas de função;
  • Protocolos de comunicação para SIEMENS, Mitsubishi, OMRON, Schneider, Facon, entre outros fabricantes;
  • Possui protocolo Modbus RTU;

Teclas de Edição e Navegação

  • Para navegar entre as telas da IHM, pressione a seta para cima ou seta para baixo.
  • Nas telas que permitem edição, pressione SET para selecionar o campo de edição, quando selecionado ficará com o fundo branco.
  • Quando estiver em um campo de edição e precisar apagar o seu valor, pressionar CLR.
  • Para acessar um campo de edição ou confirmar o novo valor digitado, pressionar a tecla ENT.
  • Para sair de um campo de edição sem alterar o seu valor, pressione a tecla ESC.

Telas configuradas

Este item descreve as telas configuradas no projeto. Para navegar pelas telas, utilize as teclas de seta para cima e seta para baixo.

Tela 01 – Tela de apresentação

Tela de apresentação com nome da empresa contratante do sistema e com o nome da empresa que desenvolveu o software.

Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água

Tela 02 – Nível remoto

Apresenta o valor do nível do reservatório em percentual para o qual a elevatória bombeia a água tratada e o nível de liga e o nível de desliga.
Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água

Tela 03 – Pressão

Apresenta a pressão de recalque e sucção da elevatória.
Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água

Tela 04 – Rede CA

Apresenta o valor da tensão e corrente das fases R, S, T e o fator de potência da elevatória.
Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água

Tela 05 – Grupo selecionado

Apresenta o grupo selecionado na chave seletora do painel de acionamento do CCM da elevatória.
Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água

Tela 06 – Status da elevatória

Apresenta status da motobombas, motivo de parada do grupo e horímetros.
Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água

Tela 07 – Escala dos transmissores

Ajuste da escala dos transmissores de pressão de recalque e sucção da elevatória.
Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de águaMultimedidor – ST9250R

Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de águaAs grandezas elétricas como corrente, tensão e fator de potência, são adquiridas pelo multimedidor de grandezas elétricas modelo ST9250R que se comunica com o CLP pela porta RS485 do CLP em protocolo MODBUS. Nesta porta, o CLP está configurado como endereço 1, 19200 bps, 8 bits, 1 stop bits e sem paridade. O multimedidor assume o endereço 1.

O manual do multimedidor pode ser baixado diretamente do site da Alfacomp no link: https://alfacomp.net/sdm_downloads/download-st925r-multimedidor-de-grandezas-eletricas-manual/

Os registradores de grandezas elétricas ST9250R atuam como poderosos sistemas de monitoramento de energia elétrica, avaliando de forma contínua e em tempo real a tensão e a corrente nas três fases pelo método True RMS, permitindo o cálculo preciso de todos os itens de interesse.

Os parâmetros do registrador podem ser ajustados no próprio equipamento, através de uma interface amigável ou via interface serial padrão elétrico RS-485, pelo protocolo MODBUS-RTU.

Cálculo I

Para o cálculo do fator de potência.

  • Se valor entre 65536 e 64511, sinal indutivo (-) Fp = (65536 – VALOR) / 1024
  • Se valor entre 1024 e 0, sinal capacitivo (+) Fp = valor / 1024

Cálculo II

Para o cálculo de corrente, potência ativa, aparente, reativa, falta de Kvar e excesso de Kvar.

  • Variável = valor lido * (valor do TC / 5) / 1000

A resposta é uma variável quantizada (Qx) de acordo com a tabela de variáveis.
Definição do tamanho das variáveis

  • Int = Inteiros de 2 Bytes
  • Long = Inteiros de 4 Bytes
  • Variáveis em Q1, dividir por 2 para obter a parte inteira e a decimal
  • Variáveis em Q2, dividir por 4 para obter a parte inteira e a decimal
  • Variáveis em Q3, dividir por 8 para obter a parte inteira e a decimal
  • Variáveis em Q5, dividir por 32 para obter a parte inteira e a decimal
  • Variáveis em Q6, dividir por 64 para obter a parte inteira e a decimal
  • Variáveis em Q10, dividir por 1024 para obter a parte inteira e a decimal

Esquemas elétricos de ligações

As figuras a seguir mostram os esquemas de ligação para a instalação dos registradores ST9250R.

Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água
Observações importantes na instalação do equipamento

  • O transformador de corrente (TC) deve medir a corrente total a ser monitorada.
  • Deve-se colocar um TC específico para a medição de corrente (sempre na relação de transformação XXXX/5A). Caso já exista um instrumento de medição, a medição de corrente pode aproveitar o TC do instrumento, desde que a corrente do secundário do TC seja sempre ligada em série com a do medidor.
  • Deve-se colocar um TC específico para a medição de corrente (sempre na relação de transformação XXXX/5A). Caso já exista um instrumento de medição, a medição de corrente pode aproveitar o TC do instrumento, desde que a corrente do secundário do TC seja sempre ligada em série com a do medidor.

Endereços de memória do multimedidor

São os seguintes os parâmetros básicos de leitura Modbus do multimedidor, utilizando a função 0x04 (read input registers).

Endereço Variável Tipo Descrição
01 Vr Int Tensão da fase R (Q6)
02 Vs Int Tensão da fase S (Q6)
03 Vt Int Tensão da fase T (Q6)
04 Cr Int Corrente da fase R (Q3) – ver cálculo II
05 Cs Int Corrente da fase S (Q3) – ver cálculo II
06 Ct Int Corrente da fase T (Q3) – ver cálculo II
07 FPr Int Fator de potência da fase R – ver cálculo I
08 FPs Int Fator de potência da fase S – ver cálculo I
09 FPt Int Fator de potência da fase T – ver cálculo I
10 FPtt Int Fator de potência total – ver cálculo I
11 Pr Int Potência ativa da fase R (Q5) – ver cálculo II
12 Ps Int Potência ativa da fase S (Q5) – ver cálculo II
13 Pt Int Potência ativa da fase T (Q5) – ver cálculo II
14 HPtt High-Long Potência ativa total – ver cálculo II
15 LPtt Low-Long Potência ativa total – ver cálculo II
16 Qr Int Potência reativa da fase R (Q5) – ver cálculo II
17 Qs Int Potência reativa da fase S (Q5) – ver cálculo II
18 Qt Int Potência reativa da fase T (Q5) – ver cálculo II
19 HQtt High-Long Potência reativa total – ver cálculo II
20 LQtt Low-Long Potência reativa total – ver cálculo II
21 Sr Int Potência aparente da fase R (Q5) – ver cálculo II
22 Ss Int Potência aparente da fase S (Q5) – ver cálculo II
23 St Int Potência aparente da fase T (Q5) – ver cálculo II
24 HStt High-Long Potência aparente total – ver cálculo II
25 LStt Low-Long Potência aparente total – ver cálculo II
26 Freq Int Frequência (Q2)
27 HEat High-Long Energia ativa – ver cálculo II
28 LEat Low-Long Energia ativa – ver cálculo II
29 Demat Int Demanda ativa – ver cálculo II
30 H-Ereat High-Long Energia reativa – ver cálculo II
31 L-Ereat Low-Long Energia reativa – ver cálculo II
32 Demreat Int Demanda reativa – ver cálculo II
33 Dematm Int Demanda ativa média – ver cálculo II
34 Dematac Int Demanda ativa acumulada – ver cálculo II
35 Demapm Int Demanda aparente média – ver cálculo II
36 Demapac Int Demanda aparente acumulada – ver cálculo II
37 Kvaflt Int Valor de Kvars faltando – ver cálculo II
38 Kvaexce Int Valor de Kvars excedentes – ver cálculo II
39 Dematant Int Demanda ativa máxima do mês anterior – ver cálculo II
40 Demapant Int Demanda aparente máxima do mês anterior – ver cálculo II
41 Tensao rs Int Tensão entre fase R e S (Q6)
42 Tensao st Int Tensão entre fase T e S (Q6)
43 Tensao rt Int Tensão entre fase R e T (Q6)
44 TP rs Int Tensão no primário entre fase R e S (Q6)
45 TP st Int Tensão no primário entre fase T e S (Q6)
46 TP rt Int Tensão no primário entre fase R e T (Q6)
47 Ttri Int Tensão trifásica (Q6)
48 Ctri Int Corrente trifásica (Q3)

Suporte para a implantação

Para mais informações ou ajuda técnica, conte com nosso suporte. Solicite o projeto completo.
https://alfacomp.net/suporte/ –  Whatsapp (51)3029.7161

Leia também

 

Este e-book foi feito para você que deseja saber tudo sobre como criar o sistema de telemetria de água e esgoto para a sua cidade.  O e-book contém um projeto completo para você desenvolver e implantar um sistema de automação, controle e tele supervisão de reservatórios, elevatórias e estações de tratamento de água e esgoto.

E-book Projeto Completo e Gratuito de Sistema de Telemetria da Distribuição Municipal de ÁguaJuntamente com os conteúdos, são fornecidos, absolutamente sem custo, links para download de:

  • Projetos elétricos completos dos painéis elétricos
  • Softwares Ladder para automação das estações
  • Um template de software customizável SCADA com telas para até 10 reservatórios e 10 elevatórias de água
  • Software gratuito Haiwell Cloud SCADA
  • Software gratuito HaiwellHappy para a programação dos CLPs

Funcionamento geral do abastecimento de água

Apresentamos a topologia básica dos sistemas municipais de água com suas estações de captação de água bruta, estações de tratamento, estações elevatórias, reservatórios, boosters e demais pontos de controle e monitoração.

Lógica de funcionamento de reservatórios e elevatórias de água tratada

A forma mais usual para garantir o abastecimento de água em um bairro ou região de um município consiste em construir reservatórios em pontos elevados da área atendida, ou construir reservatório elevados quando a região é plana. A água é conduzida aos pontos de consumo por gravidade e o sistema de abastecimento municipal tem como missão, manter os reservatórios abastecidos.
SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIA

CCO – Centro de Controle e Operação da telemetria de água e esgoto

Dotado de computadores e monitores, o CCO permite que a equipe de operação supervisione e controle o funcionamento de todo o sistema de abastecimento de água do município. Do centro de operações é possível comandar de forma automática e manual o funcionamento de elevatórias, reservatórios, boosters, válvulas, comportas, macro medidores de vazão e qualquer outro dispositivo eletromecânico de interesse na distribuição de água. Toda a comunicação se dá via rádio.

Telemetria via rádio da distribuição de água tratada

Para que o CCO – Centro de Controle e Operação – possa se comunicar com as estações remotas, é necessário um sistema de comunicação. O meio de melhor custo-benefício para implementar essa comunicação é o que chamamos de telemetria via rádio, e o rádio mais utilizado para esse serviço é o rádio modem spread spectrum na faixa dos 900 MHz. O e-book ensina como dimensionar e instalar o sistema de rádio para a telemetria da distribuição de água do município.
Remotas de telemetria utilizadas no saneamento

Remotas de telemetria são, por definição, dispositivos microprocessados que permitem monitorar e controlar objetos físicos a distância, conectando sensores e atuadores a um sistema SCADA de tele supervisão e controle. Outros nomes para remota de telemetria são:

  • UTR – Unidade Terminal Remota;
  • URT – Unidade Remota de Telemetria;
  • RTU – Remote Telemetry Unit ou Remote Telecontrol Unit.

Transmissores e sensores utilizados na telemetria do saneamento

Sensores são dispositivos capazes de transformar grandezas físicas em grandezas elétricas, também são chamados de transdutores porque traduzem uma grandeza de uma natureza em outra, no caso em grandeza elétrica. Outro nome frequentemente utilizado em instrumentação é o transmissor. É comum nos referirmos aos medidores de pressão, por exemplo, como transmissores de pressão, até porque o valor da pressão medida é transmitida por cabos elétricos à distância.

SCADA – Software de supervisão, controle e aquisição de dados

O e-book apresenta um template de software supervisório genérico para um sistema de automação e telemetria de 10 reservatórios e 10 elevatórias de água tratada. O template completo e gratuito está disponível para download.
SCADA Elevatoria

Projeto de automação e telemetria de uma elevatória de água

O e-book apresenta o projeto completo de hardware e software para a automação, controle e telemetria de uma estação elevatória de água tratada contendo esquemático, software Ladder e o Manual de Projeto e Utilização.
Projeto de automação e telemetria de um reservatório de água tratada
O e-book apresenta o projeto completo de hardware e software para a automação, controle e telemetria de um reservatório de água tratada contendo esquemático, software Ladder e o Manual de Projeto e Utilização.

Leia também

Solução Elipse E3 monitora, em tempo real, um total de 20 Estações de Armazenagem de Água e 60 moto bombas controladas pelo SAEMAS em Sertãozinho (SP)

FONTE: https://www.elipse.com.br/case/elipse-e3-permite-ao-saemas-diagnosticar-e-solucionar-problemas-em-fracao-de-segundos/

Necessidade

O SAEMAS (Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho) é uma autarquia municipal responsável por executar e explorar os serviços de água e esgoto em Sertãozinho, interior de São Paulo. Para automatizar o sistema de abastecimento de água em Sertãozinho, o SAEMAS decidiu utilizar o Elipse E3.

A grande facilidade com que permite realizar ajustes, melhorias e expansões foi o fator determinante para a escolha da solução desenvolvida pela Alfacomp utilizando o Elipse E3.

SAEMAS - Telemetria de água e esgoto

Figura 1. Tela inicial da aplicação do E3 no SAEMAS

Solução

O E3 permite monitorar e executar comandos sobre as 20 unidades do sistema de abastecimento de água de Sertãozinho, cada uma delas composta de um reservatório e três moto bombas. Para isto, disponibiliza uma tela destinada a cada unidade, na qual é possível supervisionar as vazões, pressões, tensões e correntes assinaladas junto às moto bombas, assim como os níveis de água nos reservatórios.

SAEMAS - Telemetria de água e esgoto

Figura 2. Controle de uma das unidades que compõem a rede de abastecimento de Sertãozinho

Na mesma tela, o E3 permite também acompanhar a condição de operação das moto bombas, informando, por exemplo, se há algum equipamento com defeito ou sob manutenção ou se a unidade já se encontra em operação naquele instante. Além disso, o software permite acompanhar ou resetar o período, em horas, de funcionamento das moto bombas.

Ainda relacionado às moto bombas, o E3 permite visualizar e ajustar as configurações padrões definidas para as suas tensões e correntes. As configurações padrões determinadas para as pressões com que as moto bombas bombeiam a água em cada unidade também podem ser monitoradas e ajustadas pelo software.

SAEMAS - Telemetria de água e esgoto

Figura 3. Controle das configurações de tensão e corrente na moto bomba entre o poço e o reservatório da unidade

O mesmo controle vale para as configurações dos níveis de água nos reservatórios, as quais podem ser ajustadas de forma que o sistema ligue ou desligue as moto bombas conforme seja necessário, contribuindo assim para garantir o abastecimento e redução de desperdícios. Neste contexto voltado ao uso mais racional de água e energia, o E3 também permite selecionar quais estações entrarão em funcionamento nos horários de ponta conforme a demanda.

SAEMAS - Telemetria de água e esgoto

Figura 4. Tela que permite escolher quais estações serão acionadas nos horários de ponta

O E3 exibe ainda os níveis e volumes de água verificados no total e junto a cada reservatório, permitindo acessar as configurações padrões ajustáveis da altura da água em cada reservatório. As vazões mensuradas nas moto bombas localizadas entre os poços e reservatórios, tanto a total quanto a calculada por hora, também são monitoradas, assim como o tempo de varredura do sistema de automação em cada unidade.

SAEMAS - Telemetria de água e esgoto

Figura 5. Controle do nível de água presente nos reservatórios

Por fim, a solução da Elipse permite emitir relatórios dos eventos, históricos e alarmes assinalados no período estipulado pelo usuário. Em relação aos alarmes, caso algum valor definido na configuração padrão não esteja sendo respeitado, por exemplo, haja uma subtensão muito abaixo da indicada, o E3 alerta os operadores via um sinal visual e sonoro.

Além dos relatórios, o software permite, que esta mesma análise de desempenho das unidades, seja realizada sob a forma de gráficos. Vale salientar que, tanto os relatórios quanto os gráficos podem ser exportados para PDF ou Excel, sendo instrumentos de extrema utilidade junto às auditorias de fiscalização.

SAEMAS - Telemetria de água e esgoto

Figura 6. Gráfico de análise das variáveis elétricas das moto bombas de uma unidade

Benefícios

O Elipse E3 permite ao SAEMAS monitorar, em tempo real, as 20 unidades do sistema de abastecimento de água em Sertãozinho. Com isto, o operador é informado caso haja qualquer ocorrência via os alarmes, podendo agir com mais agilidade para solucioná-la. Uma manobra que, hoje, é feita em fração de segundos, antes, levava horas, uma vez que o monitoramento não era remoto, mas sim realizado de forma local.

“Os relatórios e informações geradas pelo E3 nos permitem diagnosticar e solucionar problemas com mais agilidade, dispensando o envio das rondas até cada unidade simplesmente para monitoramento”, disse Leandro Espinoza, Químico do SAEMAS.

Segundo Espinoza, este controle lhes possibilitou também verificar a necessidade de se elevar o fator de potência das moto bombas. Um benefício que vai direto ao encontro do objetivo central desta automação, ou seja, reduzir os desperdícios com água e, neste caso em particular, energia.

“Graças ao E3, conseguimos verificar a necessidade de corrigirmos o fator de potência das moto bombas e, a partir desta observação, podermos tomar, futuramente, as medidas mais indicadas para executar esta correção que, acreditamos, representará uma economia de energia na ordem de R$ 20 mil por mês”, revelou.

Confira abaixo outros benefícios proporcionados pelo software da Elipse ao SAEMAS:

  • Monitoramento, em tempo real, das variáveis de pressão, vazão e nível da água nos reservatórios;
  • Possibilidade de monitorar e ajustar as configurações padrões das tensões, correntes, pressões e níveis de água nos reservatórios;
  • Sistema de alarmes que alerta os operadores caso haja qualquer espécie de problema nas unidades;
  • Possibilidade de acompanhar ou resetar o tempo de funcionamento das moto bombas;
  • Monitoramento da condição de operação das moto bombas;
  • Emissão de relatórios dos eventos, históricos e alarmes, que podem ser exportados para Excel e PDF;
  • Emissão de gráficos de análise de desempenho das unidades, que, assim como os relatórios, também podem ser exportados para Excel e PDF.

Ficha Técnica

  • Cliente: SAEMAS
  • Integrador: Alfacomp Automação Industrial Ltda.
  • Pacote Elipse: Elipse E3
  • Plataforma: Windows Server 2012
  • Número de cópias: 4 (1 E3 Server + 3 E3 Viewer Control)
  • Pontos de I/O: 1500
  • Drivers de comunicação: MODBUS RTU

Solicite informações adicionais ou uma cotação

Conheça o e-book Telemetria do abastecimento municipal de água

E-book Projeto Completo e Gratuito de Sistema de Telemetria da Distribuição Municipal de ÁguaProjeto completo para você desenvolver e implantar um sistema de automação, controle e tele supervisão para os reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs, estações reguladoras de pressão e pontos de macromedição de sua cidade.

Este e-book resume, apresenta e compartilha nosso conhecimento sobre a telemetria do saneamento, acumulado em mais de 20 anos criando e implantando sistemas de telemetria de norte a sul do Brasil.

Em complemento aos tópicos apresentados, são fornecidos links para download de projetos elétricos completos dos painéis, assim como softwares Ladder para automação das estações e o software customizável SCADA com telas para até 10 reservatórios e 10 elevatórias de água, tudo absolutamente sem custo.

Leia também

Por que a telemetria de água e esgoto é importante? Se você reside em um dos 5.570 municípios brasileiros este assunto é importante para você. Quando em uma cidade a população é quem avisa a empresa de águas do município sobre a falta de água, isso provavelmente se dá pelo fato de o município não possuir um sistema de telemetria de água e esgoto.

E o que é a Telemetria de Água e Esgoto?

Trata-se de um sistema eletrônico de automação, monitoração e controle dos reservatórios e estações elevatórias de água e esgoto, ETAs (Estações de Tratamento de Água), ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) e demais pontos de interesse como Boosters (Estações de Pressurização), VRPs (Válvulas Reguladoras de Pressão) e pontos de medição de pressão e vazão da rede de distribuição de água tratada. Todo o controle se dá no CCO (Centro de Controle e Operação).

Como funciona o CCO (Centro de Controle e Operação)?

Dotado de computadores e monitores, o CCO permite que a equipe de operação supervisione e controle o funcionamento de todo o sistema de abastecimento de água do município. Do centro de operações é possível comandar de forma automática e manual o funcionamento de elevatórias, reservatórios, boosters, válvulas, comportas, macro medidores de vazão e qualquer outro dispositivo eletromecânico. Toda a comunicação se dá via rádio.

10 motivos para implantar a Telemetria de Água e Esgoto em sua cidade

Motivo 1 – Garantir o abastecimento

Em uma cidade que não possui o sistema de telemetria de água e esgoto, é a população que avisa a companhia de saneamento quando falta água em um bairro. A população percebe que faltou água quando a caixa d’água da casa esgota o conteúdo. Contudo, muito antes disso o reservatório do bairro secou porque a estação elevatória parou de bombear ou a adutora rompeu. Se existisse um sistema de telemetria no município, o problema na elevatória ou na adutora seriam alarmados imediatamente, dando tempo para a equipe de manutenção restabelecer o abastecimento antes mesmo que a população perceba a falta d’água.

Motivo 2 – Antecipar situações de falha

O sistema de telemetria pode detectar problemas em motores, como vibração excessiva, sobre-temperatura e consumo anormal de energia. O sistema pode também perceber vazamentos que antecedem rupturas de adutoras pela diferença de vazões e por quedas em pressão, ou mesmo pela curva de enchimento e esvaziamento de reservatórios. Estas são algumas das formas de detectar problemas e antecipar a manutenção, minimizando custos e evitando situações de desabastecimento.

Motivo 3 – Minimizar perdas

Muitas cidades brasileiras apresentam perdas que vão de 20% a mais de 50%. Digamos que em uma cidade a perda seja de 50%, isto significa que para cada dois litros de água tratados apenas um é recebido pela população e faturado pela empresa de saneamento. As perdas podem ser reais ou aparentes. Perda real é aquela devida a vazamentos. Perda aparente é aquela devida a medições errôneas ou furto de água. A setorização da distribuição e utilização de macro medidores de vazão auxilia na busca das perdas. O valor macro medido é comparado com a medição dos hidrômetros e o trabalho de “caça” às perdas é priorizado nos bairros onde a perda é maior. Os macro medidores de vazão podem e devem fazer parte do sistema de telemetria.

Motivos 4 – Detectar rupturas de adutoras

Pela medição de pressão da rede é possível perceber quando um vazamento de adutora acontece. No monitor do CCO (Centro de Controle e Operação) a queda da pressão é imediatamente alarmada e os valores da pressão são registrados em gráficos históricos para posterior investigação das causas da ruptura.

Motivo 5 – Equilibrar a distribuição de água


Não são poucos os municípios que sofrem do problema de abastecimento por baixa produção de água tratada. Isso acontece quando os mananciais estão acusando baixos níveis ou quando acontecem chuvas que aumentam as partículas em suspensão e dificultam o tratamento nas ETAs (Estações de Tratamento de Água). Quando o consumo é maior que a produção é necessário equilibrar a distribuição, desviando água de bairros mais abastecidos para regiões mais desabastecidas. Isso é feito monitorando níveis de reservatório e pressões de rede, e desligando elevatórias que abastecem reservatório que estão mais abastecidos de forma a sobrar mais água para os mais críticos.

Motivo 6 – Minimizar custos com energia elétrica

O sistema de telemetria permite controlar as elevatórias de água e esgoto de forma a minimizar ou interromper o funcionamento das mesmas durante o horário de ponta. Com isso pode-se contratar regimes de fornecimento de energia com bandeiras tarifárias econômicas resultando em minimização do custo com energia elétrica. Outro fator que contribui para a diminuição do custo da energia elétrica é a diminuição das perdas reais. Quando as perdas são minimizadas, a produção de água pode ser diminuída, e menos água é bombeada, resultando em menor consumo elétrico.

Motivo 7 – Minimizar custos com pessoas

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIANão é incomum, ainda hoje, encontrarmos municípios em que o nível dos reservatórios é mantido por funcionários residentes ou em regime de turnos nas estações elevatórias e reservatórios. Existem também as situações em que o nível dos reservatórios é mantido por um funcionário que visita cada um para medir o nível, e liga ou desliga a elevatória correspondente. Em cidades que possuem sistemas de telemetria de água e esgoto, pode-se minimizar o número de pessoas envolvidas na operação da distribuição de água pois todo o controle se dá no CCO (Centro de Controle e Operação) com uma equipe reduzida.

Motivo 8 – Minimizar custos com insumos químicos

No momento em que as perdas são minimizadas, menos água é produzida para um mesmo consumo do município. Menor produção de água resulta em menor consumo de produtos químicos.

Motivo 9 – Detectar invasões e roubo

A instalação de painéis de telemetria em cada elevatória e cada reservatório permite acoplar detectores de presença e switches em portas e janelas das instalações. Com este tipo de recurso a tentativa de invasão é imediatamente detectada e providências podem ser tomadas para impedir o sucesso dos ladrões.

Motivo 10 – Detectar falta de energia

Muito antes das empresas de energia tomarem conhecimento pela população sobre um problema de interrupção no fornecimento, o sistema de telemetria detecta a situação pois os painéis de telemetria normalmente são dotados de sistemas ininterruptos de energia (no-break) que sustenta o funcionamento do painel por alguma horas. Durante a falta de energia a unidade remota continua monitorando parâmetros hidráulicos e elétricos e transmitindo as leitura para o CCO. A falta de energia é reportada à concessionária de distribuição de energia elétrica para que providências sejam tomadas no sentido do restabelecimento do fornecimento.

Conclusão

O Sistema de Telemetria de Água e Esgoto monitora em tempo real o funcionamento de estações elevatórias, reservatórios, medidores de vazão e demais dispositivos elétricos e hidráulicos do sistema, armazena e apresenta dados históricos sobre a qualidade do abastecimento, alarma vazamentos, falhas de operação, falhas de equipamentos, intrusões, valores anormais de níveis, pressões e vazões, previne e minimiza perdas. Enfim, garante a qualidade dos serviços prestados pela empresa de saneamento do município. Os primeiros sistemas de telemetria foram implantados há mais de 20 anos. Nos municípios onde o sistema existe, a sua necessidade passa a ser percebida como imprescindível. Por outro lado, ainda são muitas a cidades desprovidas desta tecnologia. Isso se deve principalmente à falta de conhecimento sobre os benefícios do sistema.

Conheça a telemetria implantada no SIMAE de Joaçaba/SC

Leia também

Este artigo sobre CLPs para a telemetria do saneamento é o sétimo da série Tudo sobre telemetria do abastecimento municipal de água“.

Se você deseja elaborar e implantar um sistema de telemetria para os reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs, estações reguladoras de pressão e pontos de macromedição, encontrará nessa série de artigos, todo o conhecimento necessário para projetar, construir e implantar sistemas completos.

Juntamente com os artigos, são fornecidos links para download de projetos elétricos completos dos painéis, assim como softwares Ladder para automação das estações e o software customizável SCADA com telas para até 10 reservatórios e 10 elevatórias de água, tudo absolutamente sem custo.

A solução que defendemos e compartilhamos para a construção do sistema de telemetria da distribuição de água municipal é aquela baseada em CLPs. Neste artigo falamos sobre:

  • Fatores importantes na escolha do CLP
  • Arquitetura do painel de telemetria
  • Dimensionamento do CLP
  • Cuidados na instalação

Fatores a levar em conta na hora de selecionar o CLP

  • Suporte técnico – A pergunta é: quando surge uma dúvida, você tem para quem ligar? Quando você liga, o suporte técnico ajuda você a pensar e solucionar o problema? Busque marcas com um bom suporte técnico.
  • Custo-benefício – Faça uma boa pesquisa e avalie preço x benefícios globais do produto.
  • Custo da ferramenta de programação – Existem muitas marcas que não cobram pela ferramenta.
  • Desempenho do processador – Busque produtos de última geração com processadores rápidos. Compare tempos de execução de instruções.
  • Relógio de tempo real – É importante que o CLP possua relógio de tempo real para a coleta e o armazenamento de dados em tabelas históricas.

Ferramenta HaiwellHappy

  • Capacidade de simulação do programa sem necessidade de conectar ao CLP – Este é um recurso que apenas os CLPs mais modernos possuem, e não necessariamente custam mais por essa razão.
  • Portas de comunicação – O número e tipo de portas de comunicação é importante, busque produtos que possuam o maior número de portas de comunicação nativas.
  • Protocolos de comunicação – Para aplicações no saneamento, entendemos que os protocolos de comunicação mais importantes são o Modbus, TCP/IP e Modbus TCP.
  • Capacidade de programação remota – Esta é mais uma característica fundamental quando se busca minimizar custos com manutenção pois permite diagnosticar e resolver problemas a distância, assim como fazer atualizações de software e firmware sem a necessidade de se deslocar até a estação remota.
  • Facilidade de manutenção – Bornes destacáveis, facilidade de substituição de módulos e um bom suporte de fábrica são essenciais na escolha da marca do CLP que será utilizado para o sistema de telemetria da distribuição de água municipal.

Arquitetura do painel de telemetria

O CLP é o coração do painel de telemetria e o ponto de partida do projeto do mesmo.

Elementos componentes do painel de telemetria (remota):

  • Fonte de alimentação – Transforma a tensão alternada da rede nas tensões CC usuais, geralmente 24 VCC e gerencia a carga da bateria para a operação na falta de energia da rede;
  • CLP (Controlador Lógico Programável) – Responsável por todo o processamento local e automatismo da remota;
  • Interfaces de entradas – Condicionam os sinais de campo fornecidos pelos sensores. Podem estar incorporadas ao CLP ou serem módulo externos ao mesmo;
  • Interfaces de saída – Condicionam os sinais analógicos e digitais produzidos pelo CLP para o comando dos atuadores. Podem estar incorporadas ao CLP ou serem módulos externos ao mesmo;
  • Rádio modem – Podem ser rádios spread spectrum, canalizados ou rádios GPRS/GSM. Permitem à remota comunicar com o CCO ou com outras remotas.

Exemplo de CLP instalado em um painel de telemetria.

Dimensionamento do CLP

Uma das etapas na definição de um sistema de automação é o dimensionamento do CLP. Para tanto, devemos relacionar os dispositivos envolvidos no sistema e listar para cada um o número de entradas e saídas analógicas e digitais necessárias para o comando e monitoração.

A tabela abaixo é um exemplo de como formatar essas informações e obter os totais de pontos de entrada e saída. De posse desses números, e adicionando um percentual de folga, usualmente entre 10 e 20%, podemos selecionar o modelo de CLP e módulos que o irão compor.Dimensionamento do CLP do reservatório de água tratada

Um reservatório típico pode ter os seguintes sensores e atuadores:

  • Transmissor de nível do reservatório;
  • Macro medidor de vazão;
  • Indicador de invasão;
  • Alarme sonoro.

A tabela de entradas e saídas do CLP pode ser como a seguir:

O CLP para o painel de automação do reservatório que irá atender esta instalação deverá ter, no mínimo, 3 entradas analógicas, 3 entradas digitais e 2 saídas digitais. É necessário também uma porta de comunicação serial RS232 ou RS485 para comunicar via rádio com o CCO.

Configuração selecionada para o exemplo:

  • CPU Modelo Haiwell T16S0T: 8 ED + 8 SD + COM RS232 + COM RS485
  • Módulo de entradas analógicas Haiwell S04AI: 4 EA

Dimensionamento do CLP da elevatória de água tratada

Consideramos neste exemplo uma estação elevatória constituída de:

  • Transmissor de pressão na entrada da elevatória;
  • Transmissor de pressão na saída da elevatória (recalque);
  • Dois grupos motobomba de partida direta;
  • Medição de tensão, corrente e fator de potência dos grupos motobomba por multimedidores de grandezas elétricas, um por grupo, comunicando por RS485 com o CLP;
  • Indicador de invasão;
  • Alarme sonoro.

Cada painel de acionamento de motobomba oferece os seguintes sinais digitais para o comando do CLP:

  • Comando de acionamento (saída digital do CLP);
  • Chave local Manual/Automático (entrada digital do CLP);
  • Confirmação de motobomba armado e funcionando (entrada digital do CLP).

Dessa forma, a tabela de entradas e saídas do CLP fica assim:O CLP para o painel de automação do reservatório que irá atender esta instalação deverá ter, no mínimo, 3 entradas analógicas, 6 entradas digitais e 4 saídas digitais. É necessário também uma porta de comunicação serial RS232 para comunicar via rádio com o CCO e uma porta RS485 para comunicar com os multimedidores de grandezas elétricas.

  • CPU Modelo Haiwell T16S0T: 8 ED + 8 SD + COM RS232 + COM RS485
  • Módulo de entradas analógicas Haiwell S04AI: 4 EA

Outras configurações

Outras configurações de estações, tais como centros de reservação com mais de um reservatório, estações elevatórias dotadas de mais de dois grupos motobomba, motores acionados por  inversores ou soft starters, boosters, pontos de macro medição, etc., seguem a mesma ideia de dimensionamento do CLP. Este artigo apresenta a forma de dimensionar o CLP e não deve ser entendido de forma limitada, e sim como um procedimento prático para definirmos o número de IOs e portas de comunicação do mesmo.

Cuidados na instalação do CLP

O CLP deve ser sempre montado em quadros de comando, em nosso caso é o próprio painel de telemetria, devidamente aterrados e protegidos contra surtos e instalados em locais ventilados e o mais distante dos vapores corrosivos de gases como o cloro utilizado no tratamento d’água.

Os sistemas de aterramento e proteção elétrica são extensivamente cobertos pela norma NBR5410, facilmente obtenível na internet.

Proteção contra surtos na entrada de alimentação AC

Dispositivos Protetores Contra Surtos – DPS – devem ser instalados na entrada de alimentação AC do painel de telemetria. O módulo SW3300 é um exemplo de DPS projetado para compor painéis elétricos de comando e automação e integra as seguintes funções:

  • Seccionamento
  • Proteção contra sobre corrente por meio de fusíveis
  • Proteção contra sobre tensões por meio de varistores
  • Tomada bipolar com terra
  • Sinalização luminosa de energização

Por incluir diversas funções em um módulo único, o dispositivo simplifica a montagem do quadro e portanto contribui para lay-outs mais compactos.

Proteção de entradas analógicas contra surtos

A maioria das entrada 4 a 20 mA dos CLPs de mercado possuem um resistor de cerca de 150 a 200 ohms em sua entrada.

O que acontece quando o sensor entra em curto e fornece os 24 V, sem limite de corrente, à entrada analógica 4 a 20 mA? Os resistores utilizados nas entrada analógica dos CLP não são dimensionados para suportar essa potência e fatalmente queimam.

O circuito apresentado ao lado protege não só canal analógico, mas também a alimentação 24 V que é fornecida ao sensor de campo. A proteção se dá em três estágios, por meio dos três tipos de supressores de sobretensão:

  • Centelhador a gás;
  • Varistor de óxido metálico;
  • Diodo TVS.

Proteção de saídas digitais

ID2908 – Isolador a relé para 8 saídas digitais

Sugerimos sempre a utilização de CLPs com saídas a transistor e relés isoladores externos. Por que sugerimos isso? Porque no caso de uma sobrecarga de corrente que pode acontecer quando se aciona um solenoide ou bobina de contatora em curso, isso danifica o relé. Se o relé for interno ao CLP será necessário trocar o módulo de saída digital, enquanto que, se o relé for externo  ao CLP, bastará substituir o relé.

Se você busca uma forma de reduzir o espaço ocupado pelos relés no painel de automação, apresentamos aqui uma solução simples, funcional e de excelente custo-benefício. Este dispositivo foi projetado para criar 8 saídas a relé isoladas para utilização com CLPs de saída a transistor em 24 VCC. A montagem vertical do módulo isolador permite termos 8 relés em apenas 23 mm do trilho DIN.

Proteção contra surtos na conexão de RF (rádio frequência)

Utilize sempre protetores contra surtos na conexão do cabo de antena. Também chamados de centelhadores de RF, esses dispositivos protegem o rádio e facilitam a conexão do painel com o cabo externo de RF.

 

Saiba mais sobre o CLP Haiwell

Ferramenta de programação Saiba mais

CLP Haiwell série standard

CLP Haiwell  Saiba mais

Curso automação com CLP Haiwell - Aula 8 - Configurações diversasCurso de automação Saiba mais

Leia também

Este artigo é o primeiro de uma série na qual repassamos todo o conhecimento que acumulamos ao longo de mais de 25 anos fornecendo sistemas de automação e telemetria de água e esgoto em municípios de norte a sul do Brasil.

Se você deseja elaborar e implantar um sistema de telemetria para os reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs, estações reguladoras de pressão e pontos de macromedição, encontrará nessa série de artigos, todo o conhecimento necessário para projetar, construir e implantar sistemas completos.

Assunto que serão tratados nesta série de artigos

  1. Funcionamento geral do abastecimento de água
  2. Lógica de funcionamento de reservatórios e elevatórias
  3. CCO – Centro de Controle e Operação
  4. Telemetria via rádio da distribuição de água tratada
  5. Remotas de telemetria utilizadas no saneamento
  6. Transmissores e sensores utilizados na telemetria do saneamento
  7. CLPs para a telemetria da distribuição de água municipal
  8. SCADA – Software supervisório
  9. Projeto de automação de uma elevatória de água
  10. Projeto de automação de um reservatório de água tratada

Esquemáticos e softwares gratuitos

Juntamente com os artigos, serão fornecidos links para download de projetos elétricos completos dos painéis, assim como softwares Ladder para automação das estações e o software customizável SCADA com telas para até 10 reservatórios e 10 elevatórias de água, tudo absolutamente sem custo.

Prévia dos artigos da série

Nesse artigo apresentamos a topologia básica dos sistemas municipais de água e descreve os principais tipos de estações componentes da telemetria, como reservatório, elevatórias, boosters, VRPs, macromedidores, ETAs e ETEs.

 


Esse artigo apresenta a lógica de intertravamento entre reservatórios e suas respectivas estações elevatórias, sensores hidráulicos e elétricos, e parâmetros de ajuste de funcionamento.

 


Esse artigo apresenta os equipamento e softwares envolvidos na composição do centro de controle do sistema de telemetria de água e esgoto.

 


Nesse artigo são abordados os rádios modem utilizados na composição do sistema de comunicação, topologias de rádios, análises de viabilidade de rádio enlace e fornecidas as planilhas utilizadas para o cálculo dos enlaces.

 


Apresentamos nesse artigo o projeto completo de painéis compostos por CLP, IHM, rádio modem e demais componentes para o controle e monitoração de reservatórios, elevatórias e demais estações remotas, incluindo os projetos elétricos completos e softwares de controle para download e utilização sem custo.

Abordamos nesse artigo os sensores de campo utilizados na telemetria do saneamento, tai como: transmissores de pressão, nível e vazão, multimedidores de grandezas elétricas, entre outros.

 


Esse artigo apresenta os CLPs utilizados na telemetria de água e esgoto, suas particularidades, detalhes de instalação e módulos interface para aquisição dos sinais dos sensores de campo e comando dos atuadores.

Esse artigo apresenta um software supervisório SCADA gratuito e disponibiliza  para download um template já configurado para um sistema de telemetria municipal composto por 10 reservatórios e 10 elevatórias pronto para utilizar e sem custo. O mesmo pode ser adaptado, reduzido ou ampliado pelo usuário e não tem custo.

 


Projeto completo de automação e telemetria de uma estação elevatória de água tratada com dois grupos de moto bombas.

São apresentados o painel de telemetria com esquemático, o Ladder e o Manual de Projeto e Utilização completos com link para download.

 

Neste artigo apresentamos o projeto completo de hardware e software para a automação, controle e telemetria de um reservatório de água tratada.

Leia também

 

Solução da Elipse Software monitora, em tempo real, um total de 20 Estações de Armazenagem de Água e 60 motobombas controladas pelo SAEMAS em Sertãozinho (SP)

FONTE: https://www.elipse.com.br/case/elipse-e3-permite-ao-saemas-diagnosticar-e-solucionar-problemas-em-fracao-de-segundos/

Necessidade

O SAEMAS (Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho) é uma autarquia municipal responsável por executar e explorar os serviços de água e esgoto em Sertãozinho, interior de São Paulo. Para automatizar o sistema de abastecimento de água em Sertãozinho, o SAEMAS decidiu utilizar o Elipse E3.

A grande facilidade com que permite realizar ajustes, melhorias e expansões foi o fator determinante para a escolha da solução desenvolvida pela Elipse Software. Importante salientar a participação da Alfacomp Automação Industrial Ltda, empresa que implementou o E3 nesta aplicação concluída em março deste ano.SAEMAS - Telemetria de água e esgotoFigura 1. Tela inicial da aplicação do E3 no SAEMAS

Solução

O E3 permite monitorar e executar comandos sobre as 20 unidades do sistema de abastecimento de água de Sertãozinho, cada uma delas composta de um reservatório e três motobombas. Para isto, disponibiliza uma tela destinada a cada unidade, na qual é possível supervisionar as vazões, pressões, tensões e correntes assinaladas junto às motobombas, assim como os níveis de água nos reservatórios.SAEMAS - Telemetria de água e esgoto

Figura 2. Controle de uma das unidades que compõem a rede de abastecimento de Sertãozinho

Na mesma tela, o E3 permite também acompanhar a condição de operação das motobombas, informando, por exemplo, se há algum equipamento com defeito ou sob manutenção ou se a unidade já se encontra em operação naquele instante. Além disso, o software permite acompanhar ou resetar o período, em horas, de funcionamento das motobombas.

Ainda relacionado às motobombas, o E3 permite visualizar e ajustar as configurações padrões definidas para as suas tensões e correntes. As configurações padrões determinadas para as pressões com que as motobombas bombeiam a água em cada unidade também podem ser monitoradas e ajustadas pelo software.

SAEMAS - Telemetria de água e esgoto

Figura 3. Controle das configurações de tensão e corrente na motobomba entre o poço e o reservatório da unidade

O mesmo controle vale para as configurações dos níveis de água nos reservatórios, as quais podem ser ajustadas de forma que o sistema ligue ou desligue as motobombas conforme seja necessário, contribuindo assim para garantir o abastecimento e redução de desperdícios. Neste contexto voltado ao uso mais racional de água e energia, o E3 também permite selecionar quais estações entrarão em funcionamento nos horários de ponta conforme a demanda.

SAEMAS - Telemetria de água e esgoto

Figura 4. Tela que permite escolher quais estações serão acionadas nos horários de ponta

O E3 exibe ainda os níveis e volumes de água verificados no total e junto a cada reservatório, permitindo acessar as configurações padrões ajustáveis da altura da água em cada reservatório. As vazões mensuradas nas motobombas localizadas entre os poços e reservatórios, tanto a total quanto a calculada por hora, também são monitoradas, assim como o tempo de varredura do sistema de automação em cada unidade.

SAEMAS - Telemetria de água e esgoto

Figura 5. Controle do nível de água presente nos reservatórios

Por fim, a solução da Elipse permite emitir relatórios dos eventos, históricos e alarmes assinalados no período estipulado pelo usuário. Em relação aos alarmes, caso algum valor definido na configuração padrão não esteja sendo respeitado, por exemplo, haja uma subtensão muito abaixo da indicada, o E3 alerta os operadores via um sinal visual e sonoro.

Além dos relatórios, o software permite, que esta mesma análise de desempenho das unidades, seja realizada sob a forma de gráficos. Vale salientar que, tanto os relatórios quanto os gráficos podem ser exportados para PDF ou Excel, sendo instrumentos de extrema utilidade junto às auditorias de fiscalização.

SAEMAS - Telemetria de água e esgoto

Figura 6. Gráfico de análise das variáveis elétricas das motobombas de uma unidade

Benefícios

O Elipse E3 permite ao SAEMAS monitorar, em tempo real, as 20 unidades do sistema de abastecimento de água em Sertãozinho. Com isto, o operador é informado caso haja qualquer ocorrência via os alarmes, podendo agir com mais agilidade para solucioná-la. Uma manobra que, hoje, é feita em fração de segundos, antes, levava horas, uma vez que o monitoramento não era remoto, mas sim realizado de forma local.

“Os relatórios e informações geradas pelo E3 nos permitem diagnosticar e solucionar problemas com mais agilidade, dispensando o envio das rondas até cada unidade simplesmente para monitoramento”, disse Leandro Espinoza, Químico do SAEMAS.

Segundo Espinoza, este controle lhes possibilitou também verificar a necessidade de se elevar o fator de potência das motobombas. Um benefício que vai direto ao encontro do objetivo central desta automação, ou seja, reduzir os desperdícios com água e, neste caso em particular, energia.

“Graças ao E3, conseguimos verificar a necessidade de corrigirmos o fator de potência das motobombas e, a partir desta observação, podermos tomar, futuramente, as medidas mais indicadas para executar esta correção que, acreditamos, representará uma economia de energia na ordem de R$ 20 mil por mês”, revelou.

Confira abaixo outros benefícios proporcionados pelo software da Elipse ao SAEMAS:

  • Monitoramento, em tempo real, das variáveis de pressão, vazão e nível da água nos reservatórios;
  • Possibilidade de monitorar e ajustar as configurações padrões das tensões, correntes, pressões e níveis de água nos reservatórios;
  • Sistema de alarmes que alerta os operadores caso haja qualquer espécie de problema nas unidades;
  • Possibilidade de acompanhar ou resetar o tempo de funcionamento das motobombas;
  • Monitoramento da condição de operação das motobombas;
  • Emissão de relatórios dos eventos, históricos e alarmes, que podem ser exportados para Excel e PDF;
  • Emissão de gráficos de análise de desempenho das unidades, que, assim como os relatórios, também podem ser exportados para Excel e PDF.

Ficha Técnica

  • Cliente: SAEMAS
  • Integrador: Alfacomp Automação Industrial Ltda.
  • Pacote Elipse: Elipse E3
  • Plataforma: Windows Server 2012
  • Número de cópias: 4 (1 E3 Server + 3 E3 Viewer Control)
  • Pontos de I/O: 1500
  • Drivers de comunicação: MODBUS RTU

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Atualização tecnológica da telemetria de água e esgoto do SAAE de Sorocaba

A atualização tecnológica da telemetria de água e esgoto de um município visa renovar o sistema de telemetria de forma a torná-lo aberto e compatível com equipamentos genéricos, aproveitando ao máximo o sistema instalado para minimizar custos.

O processo de atualização inclui a qualificação do corpo técnico da empresa de saneamento para a manutenção do sistema de telemetria de forma que o contrato de manutenção seja uma opção da empresa e não a única alternativa.

Ou seja, a atualização tecnológica moderniza o sistema de telemetria e minimiza custos com manutenção.

Quando se faz necessária a atualização tecnológica

Os primeiros sistemas de automação e telemetria de água e esgoto surgiram há cerca de 20 anos no Brasil. Alguns sistemas foram implementados utilizando  CLPs de mercado que hoje estão descontinuados e softwares supervisórios para os quais não existe mais suporte.

Outros sistemas foram desenvolvidos utilizando hardwares e software proprietários, deixando o usuário sujeito a contratos de manutenção com custos altos de reposição de peças.

Esse era o caso do sistema implantado no SAAE de Sorocaba onde o sistema era composto por controladores industriais e software supervisório proprietários ou obsoletos.

Isto significa que apenas o fornecedor original do sistema possuía equipamentos compatíveis para efetuar a substituição de peças defeituosas e para ampliar o sistema. A manutenção do sistema estava a cargo da empresa fornecedora da tecnologia, hoje é realizada pela própria equipe técnica do SAAE de Sorocaba.

Solução encontrada para a atualização tecnológica da telemetria

Decidiu-se utilizar CLPs de mercado comunicando em MODBUS RTU e cujo fornecedor mantivesse cursos regulares de utilização e programação. Foi utilizado um software supervisório de mercado com calendário regular de treinamentos.

Foram aproveitados rádios, antenas, transmissores de nível, pressão e vazão, medidores de grandezas elétricas, painéis elétricos, no-breaks, e demais instalações que estavam em boas condições operacionais.

O protocolo de comunicação MODBUS é de domínio público e sustentado pela quase totalidade de fabricantes de controladores lógicos e fornecedores de softwares supervisórios. A figura a seguir apresenta o equipamento instalado em estação existente:Atualização tecnológica da telemetria do saneamento

O conjunto é composto por:

  • CLP
  • SW3300 – Seccionador, DPS e tomada
  • RS-5024 – Fonte de alimentação
  • IA2820 – Interface com 8 entradas analógicas
  • ID2908 – Interface relé com 8 saídas isoladas

O CLP é instalado na porta do painel existente. Os demais módulos são instalados na placa de montagem do painel existente. O número de interfaces poderá variar conforme a estação.

Onde há necessidade de um maior número de IOs foi instalado um conjunto composto por:

  • CLP
  • IHM Weintek que será instalado na porta do painel
  • SW3300 – Seccionador, DPS e tomada
  • RS-5024 – Fonte de alimentação
  • IA2820 – Interface com 8 entradas analógicas
  • ID2908 – Interface relé com 8 saídas isoladas

Atualização tecnológica da telemetria do saneamento

E o que é a TELEMETRIA DA ÁGUA E ESGOTO? 

Trata-se da automação, monitoração e controle, em tempo real, de reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs via rádio.

Atualização tecnológica da telemetria do saneamento

Qual a importância da TELEMETRIA DE ÁGUA E ESGOTO?

Em um município sem sistema de telemetria, é a população que avisa a companhia de água e esgoto quando ocorre uma falha no abastecimento.

O sistema de telemetria é necessário para:

  • Garantir o abastecimento da população;
  • Monitorar em tempo real o funcionamento de estações elevatórias, reservatórios, medidores de vazão e demais dispositivos elétricos e hidráulicos do sistema;
  • Armazenar e apresentar dados históricos sobre a qualidade do abastecimento;
  • Alarmar vazamentos, falhas de operação, falhas de equipamentos, intrusões, valores anormais de níveis, pressões e vazões;
  • Prevenir e minimizar perdas;
  • Enfim, garantir a qualidade dos serviços prestados.

Como funciona o CCO (Centro de Controle e Operação)?

Dotado de computadores e monitores, o CCO permite que a equipe de operação supervisione e controle o funcionamento de todo o sistema de abastecimento de água do município.

Do centro de operações é possível comandar de forma automática e manual o funcionamento de elevatórias, reservatórios, boosters, válvulas, comportas, macro medidores de vazão e qualquer outro dispositivo eletromecânico. Toda a comunicação se dá via rádio.

Atualização tecnológica da telemetria do saneamento

Como funciona a automação das estações?

Painéis de telemetria, constituídos de quadros elétricos dotados de CLP, rádio modem, fonte de alimentação com bateria e interfaces analógicas e digitais são instalados nos reservatórios, elevatórias de água e esgoto, pontos de macro medição, válvulas atuadoras e VRPs, ETAs e ETEs.

Rádios modem livres de licença de utilização junto a Anatel estabelecem a comunicação entre o CCO e as estações. CLPs fabricados no Brasil, programados em LADDER e comunicando em protocolo MODBUS RTU, controlam a monitoram a estação.

Por que Alfacomp?

Somos a única empresa brasileira fabricante de rádios modem, fornecendo sistemas de telemetria de água e esgoto com tecnologia aberta, protocolos de comunicação de uso comum e não proprietário, utilizando CLPs de mercado e software supervisório de mercado.

  • Vantagem de nossa solução:
  • Possuímos o melhor custo-benefício;
  • Tecnologia aberta que permite ampliar o sistema utilizando qualquer marca de CLP que comunique por MODBUS;
  • Software supervisório de mercado com amplo calendário de treinamentos;
  • Rádios modem fabricados no Brasil com suporte e manutenção nacionais;
  • Mais de 20 anos de experiência em automação do saneamento.

Como especificar um sistema de telemetria

O primeiro passo é o levantamento de campo, quando são coletadas as informações sobre os pontos de interesse, a saber: reservatórios, elevatórias de água e esgoto, boosters, pontos e macro medição, VRPs, ETAs, ETEs, e qualquer outra instalação que se deseje monitorar e controlar. O resultado deste levantamento é uma lista de informações contendo:

  • Descrição da instalação com a lista de instrumentos, parâmetros hidráulicos e elétricos, volumes, pressões, níveis, potências, etc;
  • Foto das instalações com estimativas de altura das edificações e reservatórios;
  • Coordenadas geográficas de cada ponto, preferencialmente em graus, minutos e segundos.

Com base nas informações enviadas, nossa equipe cria um anteprojeto descrevendo em detalhes a tecnologia que será fornecida para automatizar, monitorar e controlar as instalações de saneamento do município.

O cliente recebe então um manual de anteprojeto e uma planilha orçamentária contendo os valores de investimento para cada ponto de automação.

Deseja atualizar ou elaborar o sistema de telemetria de sua cidade? Aguardamos seu contato! 

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Por que a telemetria de água e esgoto é importante? Se você reside em um dos 5.570 municípios brasileiros este assunto é importante para você. Quando em uma cidade a população é quem avisa a empresa de águas do município sobre a falta de água, isso provavelmente se dá pelo fato de o município não possuir um sistema de telemetria de água e esgoto.

E o que é a Telemetria de Água e Esgoto?

Trata-se de um sistema eletrônico de automação, monitoração e controle dos reservatórios e estações elevatórias de água e esgoto, ETAs (Estações de Tratamento de Água), ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) e demais pontos de interesse como Boosters (Estações de Pressurização), VRPs (Válvulas Reguladoras de Pressão) e pontos de medição de pressão e vazão da rede de distribuição de água tratada. Todo o controle se dá no CCO (Centro de Controle e Operação).

Como funciona o CCO (Centro de Controle e Operação)?

Dotado de computadores e monitores, o CCO permite que a equipe de operação supervisione e controle o funcionamento de todo o sistema de abastecimento de água do município. Do centro de operações é possível comandar de forma automática e manual o funcionamento de elevatórias, reservatórios, boosters, válvulas, comportas, macro medidores de vazão e qualquer outro dispositivo eletromecânico. Toda a comunicação se dá via rádio.

10 motivos para implantar a Telemetria de Água e Esgoto em sua cidade

Motivo 1 – Garantir o abastecimento


Em uma cidade que não possui o sistema de telemetria de água e esgoto, é a população que avisa a companhia de saneamento quando falta água em um bairro. A população percebe que faltou água quando a caixa d’água da casa esgota o conteúdo. Contudo, muito antes disso o reservatório do bairro secou porque a estação elevatória parou de bombear ou a adutora rompeu. Se existisse um sistema de telemetria no município, o problema na elevatória ou na adutora seriam alarmados imediatamente, dando tempo para a equipe de manutenção restabelecer o abastecimento antes mesmo que a população perceba a falta d’água.

Motivo 2 – Antecipar situações de falha

O sistema de telemetria pode detectar problemas em motores, como vibração excessiva, sobre-temperatura e consumo anormal de energia. O sistema pode também perceber vazamentos que antecedem rupturas de adutoras pela diferença de vazões e por quedas em pressão, ou mesmo pela curva de enchimento e esvaziamento de reservatórios. Estas são algumas das formas de detectar problemas e antecipar a manutenção, minimizando custos e evitando situações de desabastecimento.

Motivo 3 – Minimizar perdas

Muitas cidades brasileiras apresentam perdas que vão de 20% a mais de 50%. Digamos que em uma cidade a perda seja de 50%, isto significa que para cada dois litros de água tratados apenas um é recebido pela população e faturado pela empresa de saneamento. As perdas podem ser reais ou aparentes. Perda real é aquela devida a vazamentos. Perda aparente é aquela devida a medições errôneas ou furto de água. A setorização da distribuição e utilização de macro medidores de vazão auxilia na busca das perdas. O valor macro medido é comparado com a medição dos hidrômetros e o trabalho de “caça” às perdas é priorizado nos bairros onde a perda é maior. Os macro medidores de vazão podem e devem fazer parte do sistema de telemetria.

Motivos 4 – Detectar rupturas de adutoras

Pela medição de pressão da rede é possível perceber quando um vazamento de adutora acontece. No monitor do CCO (Centro de Controle e Operação) a queda da pressão é imediatamente alarmada e os valores da pressão são registrados em gráficos históricos para posterior investigação das causas da ruptura.

Motivo 5 – Equilibrar a distribuição de água


Não são poucos os municípios que sofrem do problema de abastecimento por baixa produção de água tratada. Isso acontece quando os mananciais estão acusando baixos níveis ou quando acontecem chuvas que aumentam as partículas em suspensão e dificultam o tratamento nas ETAs (Estações de Tratamento de Água). Quando o consumo é maior que a produção é necessário equilibrar a distribuição, desviando água de bairros mais abastecidos para regiões mais desabastecidas. Isso é feito monitorando níveis de reservatório e pressões de rede, e desligando elevatórias que abastecem reservatório que estão mais abastecidos de forma a sobrar mais água para os mais críticos.

Motivo 6 – Minimizar custos com energia elétrica

O sistema de telemetria permite controlar as elevatórias de água e esgoto de forma a minimizar ou interromper o funcionamento das mesmas durante o horário de ponta. Com isso pode-se contratar regimes de fornecimento de energia com bandeiras tarifárias econômicas resultando em minimização do custo com energia elétrica. Outro fator que contribui para a diminuição do custo da energia elétrica é a diminuição das perdas reais. Quando as perdas são minimizadas, a produção de água pode ser diminuída, e menos água é bombeada, resultando em menor consumo elétrico.

Motivo 7 – Minimizar custos com pessoas

SEMAE DE SÃO LEOPOLDO - TELEMETRIANão é incomum, ainda hoje, encontrarmos municípios em que o nível dos reservatórios é mantido por funcionários residentes ou em regime de turnos nas estações elevatórias e reservatórios. Existem também as situações em que o nível dos reservatórios é mantido por um funcionário que visita cada um para medir o nível, e liga ou desliga a elevatória correspondente. Em cidades que possuem sistemas de telemetria de água e esgoto, pode-se minimizar o número de pessoas envolvidas na operação da distribuição de água pois todo o controle se dá no CCO (Centro de Controle e Operação) com uma equipe reduzida.

Motivo 8 – Minimizar custos com insumos químicos

No momento em que as perdas são minimizadas, menos água é produzida para um mesmo consumo do município. Menor produção de água resulta em menor consumo de produtos químicos.

Motivo 9 – Detectar invasões e roubo

A instalação de painéis de telemetria em cada elevatória e cada reservatório permite acoplar detectores de presença e switches em portas e janelas das instalações. Com este tipo de recurso a tentativa de invasão é imediatamente detectada e providências podem ser tomadas para impedir o sucesso dos ladrões.

Motivo 10 – Detectar falta de energia

Muito antes das empresas de energia tomarem conhecimento pela população sobre um problema de interrupção no fornecimento, o sistema de telemetria detecta a situação pois os painéis de telemetria normalmente são dotados de sistemas ininterruptos de energia (no-break) que sustenta o funcionamento do painel por alguma horas. Durante a falta de energia a unidade remota continua mohttp://www.alfacomp.ind.br/paineis-de-telemetrianitorando parâmetros hidráulicos e elétricos e transmitindo as leitura para o CCO. A falta de energia é reportada à concessionária de distribuição de energia elétrica para que providências sejam tomadas no sentido do restabelecimento do fornecimento.

Conclusão

O Sistema de Telemetria de Água e Esgoto monitora em tempo real o funcionamento de estações elevatórias, reservatórios, medidores de vazão e demais dispositivos elétricos e hidráulicos do sistema, armazena e apresenta dados históricos sobre a qualidade do abastecimento, alarma vazamentos, falhas de operação, falhas de equipamentos, intrusões, valores anormais de níveis, pressões e vazões, previne e minimiza perdas. Enfim, garante a qualidade dos serviços prestados pela empresa de saneamento do município. Os primeiros sistemas de telemetria foram implantados há mais de 20 anos. Nos municípios onde o sistema existe, a sua necessidade passa a ser percebida como imprescindível. Por outro lado, ainda são muitas a cidades desprovidas desta tecnologia. Isso se deve principalmente à falta de conhecimento sobre os benefícios do sistema.

Conheça a telemetria implantada em São Leopoldo – RS

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Descubra como o SAEMAS no município de Sertãozinho no interior de São Paulo viabilizou o sistema de telemetria da distribuição de água tratada do município com a ajuda da FEHIDRO e da ALFACOMP.

FEHIDRO 

O Fundo Estadual de Recursos Hídricos apoia os estudos, a implementação e a manutenção de projetos de aproveitamento e gestão dos recursos hídricos do Estado de São Paulo e pode ser utilizado para financiar a implantação de sistemas de automação e telemetria do abastecimento de água municipais.

TELEMETRIA DE ÁGUA E ESGOTO

Trata-se da automação, monitoração e controle, em tempo real, de reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs via rádio. Em um município sem sistema de telemetria, é a população que avisa a companhia de água e esgoto quando ocorre uma falha no abastecimento. O sistema de telemetria é necessário em companhias de água e esgoto para:

  • Garantir o abastecimento da população;
  • Monitorar em tempo real o funcionamento de estações elevatórias, reservatórios, medidores de vazão e demais dispositivos elétricos e hidráulicos do sistema;
  • Armazenar e apresentar dados históricos sobre a qualidade do abastecimento;
  • Alarmar vazamentos, falhas de operação, falhas de equipamentos, intrusões, valores anormais de níveis, pressões e vazões;
  • Prevenir e minimizar perdas;
  • Enfim, garantir a qualidade dos serviços prestados.

As telas de elevatória são funcionalmente semelhantes à tela abaixo. Permitem visualizar a atuar sobre o funcionamento da elevatória sendo mostrada.

COMO O SAEMAS OBTEVE O RECURSO DO FEHIDRO

O FEHIDRO financia grande parte do investimento a fundo perdido. Um projeto deve ser submetido ao Fundo Estadual apresentando o sistema a ser implantado e os benefícios esperados na melhoria da eficiência da utilização dos recursos hídricos.

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E-book Projeto Completo e Gratuito de Sistema de Telemetria da Distribuição Municipal de Água

 

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO SAEMAS

Nos reservatórios e elevatórias são instalados painéis de telemetria dotados de controladores programáveis, rádios modem e demais componentes.

ESPECIFICANDO O SISTEMA  DE TELEMETRIA

O primeiro passo é o levantamento de campo, quando são coletadas as informações sobre os pontos de interesse, a saber: reservatórios, elevatórias de água e esgoto, boosters, pontos e macro medição, VRPs, ETAs, ETEs, e qualquer outra instalação que se deseje monitorar e controlar. O resultado deste levantamento é uma lista de informações contendo:

  • Descrição das instalações com a lista de instrumentos, parâmetros hidráulicos e elétricos, volumes, pressões, níveis, potências, etc;
  • Fotos das instalações com estimativas de altura das edificações e reservatórios;
  • Coordenadas geográficas de cada ponto, preferencialmente em graus, minutos e segundos.

Com base nas informações enviadas, nossa equipe cria um anteprojeto descrevendo em detalhes a tecnologia que será fornecida para automatizar, monitorar e controlar as instalações de saneamento do município. O cliente recebe então um manual de anteprojeto e uma planilha orçamentária contendo os valores de investimento para cada ponto de automação.

Faça como o SAEMAS de Sertãozinho,

Conte com a Alfacomp para iniciar seu sistema de telemetria de água e esgoto. Solicite um estudo gratuito para o sistema de sua cidade.

Veja o exemplo de São Leopoldo no Rio Grande do Sul

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SAAE de Indaiatuba recebe do estado prêmio de R$ 4,3 milhões por reduzir perda de água

Fonte: Publicação da Prefeitura de Indaiatuba/SP 03/06/2016 por Marco Matos - DCS/Saae

O Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) receberá R$ 4.345.932,26 do Governo do Estado, através do Programa Reágua (Programa Estadual de Apoio à Recuperação de Águas), como prêmio por ter superado as metas do Plano de Implantação e Metas (PIM) para redução de perdas. O valor foi repassado como concessão de estímulo financeiro.

No início do programa o índice de perdas era de 370 litros por ligações dia (l/lig/dia), a meta estimada foi de 276 l/lig/dia e a atingida foi 268 l/lig/dia ou seja quase 30% de redução, isso representa um volume recuperado de 2.997.089 m³ de água.

Essa redução foi possível graças a medidas como a implantação do Centro de Controle de Operações (CCO), um sistema integrado de monitoramento, com telemetria de nível e vazão (24h on-line) e controle, simulação e tomada de decisão dos processos de abastecimento de água; instalação de pontos de macromedição (vazão e pressão) com transmissão de dados por telemetria via radiofrequência ao CCO, além de pontos nas saídas das ETA’s e nas entradas dos Distritos de Medição Controlada (DMC); divisão da rede de distribuição em setores, instalação de Válvulas Redutoras de Pressão (VRP’s); substituição de redes antigas; pesquisa de vazamentos não visíveis e substituição dos hidrômetros com mais de cinco anos de uso.

O valor do recurso é proveniente de acordos entre o Banco Mundial e o Governo de São Paulo e são repassados aos municípios a custo zero (fundo perdido), mediante comprovação dos resultados propostos. Esse valor será utilizado para dar continuidade as ações de combate às perdas, promovidas pelo Saae em nosso município.

Programa Reágua

O Programa REÁGUA é promovido pela Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, seu objetivo é contribuir para ampliação da disponibilidade hídrica nas bacias de Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos – (UGHIs) com maior escassez hídrica no estado de São Paulo.

Nele está previsto ações como incentivar projetos e obras de engenharia, destinados a implantação, ampliação e melhorias do sistema de coleta e tratamento de esgotos, ao uso racional da água, à redução de perdas ou reuso da água, assim como outras ações complementares no campo do saneamento ambiental que possam contribuir para a ampliação da disponibilidade da água para abastecimento urbano.

O sistema de telemetria do SAAE utiliza o rádio modem RM2060 da Alfacomp como elemento básico de comunicação entre as estações e o CCO

O transceptor RM2060 consiste em uma solução de alto desempenho e baixo custo para comunicação wireless utilizando tecnologia Spread Spectrum na faixa dos 900 MHz podendo substituir milhares de metros de cabos de comunicação em ambientes industriais ruidosos. Utilizando comprovada tecnologia FHSS, que dispensa licença de operação junto a Anatel, o transceptor RM2060 estabelece comunicação entre computadores, clps e instrumentos diversos que possuem porta serial em padrão RS232 ou RS485 com taxas de 1200 a 115.200 bps. Para aumentar a segurança e integridade das comunicações, os transceptores RM2060 permitem a encriptação dos dados.
Ideal para telemetria.

 

 

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O QUE É TELEMETRIA DE ETAs e ETEs?

A palavra TELEMETRIA tem origem no Grego e significa MEDIÇÃO A DISTÂNCIA. No cotidiano do profissional de automação industrial a palavra telemetria tem significado mais amplo e engloba a medição e o controle de processos a distância. Um processo industrial pode ser definido como um conjunto de equipamentos organizados e ajustados de forma a produzir um resultado. Por exemplo, no caso de uma estação de tratamento de água, a fase de aplicação de cloro à água pode ser definida como um processo integrante da atividade de transformação da água bruta em água tratada. Os sistemas de automação e telemetria de elevatórias, reservatórios e estações de tratamento de água e esgoto são de fundamental importância para a melhoria dos processos de saneamento. Fornecem em tempo real as medições dos parâmetros hidráulicos, mecânicos e elétrico das estações componentes do sistema. A leitura e registro dos históricos de vazões, pressões, níveis, tensões, correntes, fatores de potência e status de bombas e válvulas mantém os processos rastreáveis e permitem agir imediatamente quando anomalias são detectadas. Os sistemas de automação e telemetria de água e esgoto constituem, certamente, a primeira melhoria a ser implantada na busca pela excelência da gestão, pois os dados por esses fornecidos irão auxiliar na implantação e utilização das demais ferramentas de controle e gestão.

COMO FUNCIONA?

Nas estações de tratamento de água e de esgoto, ETAs e ETEs respectivamente, já há muito tempo está consagrada a aplicação das técnicas de automação industrial no controle e monitoração dos processos de tratamento. A forma mais popular de construção dos sistemas de automação dos processos de automação se dá pelo emprego de Controladores Lógicos Programáveis – CLPs – e softwares de supervisão industrial. Enquanto os CLPs realizam a aquisição dos dados de campo, como níveis, vazões e pressões, por exemplo, e acionam atuadores, tais como válvulas e motores, o software supervisório apresenta na forma de telas gráficas as leituras e estados dos parâmetros de processo, permitindo ao operador enxergar o processo e atuar sobre o mesmo.

ONDE SE APLICA A TELEMETRIA?

A telemetria permite a comunicação à distância entre os CLPs e os equipamentos utilizados para a supervisão e controle.

COMO SE DÁ A COMUNICAÇÃO  ENTRE OS DIVERSOS COMPONENTES DO SISTEMA DE TELEMETRIA?

Em nível físico, a comunicação se dá por meio de cabos elétricos, cabos óticos e sistemas de rádio. Em nível lógico a comunicação se dá por meio de protocolos de comunicação como o MODBUS, o PROFIBUS e o TCP/IP, para mencionar alguns. Na prática se utilizam combinações dos diversos meios e protocolos de comunicação e cabe ao profissional de automação e telemetria avaliar e definir a melhor topologia e tecnologias a serem empregadas na elaboração de um sistema de telemetria. Um sistema de automação e telemetria pode ser tão simples quanto o esquema apresentado na figura a seguir.

Um sistema de automação e telemetria pode também ser bastante complexo possuindo inúmeros processos, controladores programáveis e terminais de supervisão e controle.

COMO  SE DÁ A APLICAÇÃO  DA TELEMETRIA EM ETAs E ETEs?

Além da monitoração local, dentro do ambiente da estação de tratamento de água ou esgoto, por intermédio de um computador rodando um software supervisório, a telemetria permite a supervisão e controle remoto de diversas ETAs e ETEs de um município ou até de diversos municípios em CCOs – Centros de Controle e Operação. Uma estrutura deste tipo permite que os diversos processos de tratamentos de água e esgoto de uma empresa de saneamento sejam rastreados, garantido a qualidade dos serviços prestados à população. Normalmente são utilizados os recursos de comunicação via Intranet e Internet em estruturas desse porte. No exemplo abaixo são utilizados um servidor de dados e um visualizador SCADA em cada estação de tratamento. No CCO são utilizados concentradores de comunicação que recebem os dados de todas as estações e disponibilizam a visualização e registro histórico de todos os parâmetros de interesse.

TELEMETRIA DE UMA ETA

A figura a seguir apresenta um exemplo de topologia para um sistema de automação e telemetria de uma estação de tratamento de água considerando as etapas básicas desde a captação de água bruta até o bombeamento para a distribuição da água tratada. Neste exemplo foi utilizado um CLP para cada etapa do tratamento apenas para efeito didático.

TELEMETRIA DE UMA ETE

No caso das estações de tratamento de esgoto são diversos os processos e tecnologias. A ETE do exemplo a seguir possui os seguintes equipamentos e etapas:

  • Elevatória de recalque do esgoto acionada por inversores que mantém o nível do poço de entrada;
  • Pré-tratamento com medição de vazão e aplicação de biodesodorizador;
  • Reator anaeróbico;
  • Sala de comando pneumático;
  • 8 etapas de desnitrificação;
  • Decantação;
  • Adensamento de lodo;
  • Sistema de aeração;
  • Bombas de descarte de lodo;
  • Medição de OD e SST.


No mercado desde 1992, a Alfacomp fabrica produtos e equipamentos de telemetria que viabilizam sistemas SCADA de Telesupervisão e Telecomando. Nossos rádios modem e unidades remotas de telemetria auxiliam empresas de saneamento e energia na melhoria da rastreabilidade, controle de qualidade, eficiência energética e controle de perdas. Aliados a CLPs de mercado e operando em protocolos abertos, nossos produtos compõem soluções de alto desempenho e baixo custo.

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O controle da água e esgoto na ponta dos dedos

O painel de telemetria CCO Touch substitui com vantagens de preço e espaço um computador rodando software supervisório em um CCO (Centro de Controle e Operação). 

Características

– IHM touch screen de 10” 
– Rádio modem spread spectrum em 900 MHz 
– Fonte de alimentação com bateria 
– Espaço para instalar IOs locais 
– Proteções contra surto 
– Iluminador de painel a LED 


Rápido de configurar e instalar, o painel CCO Touch possui a capacidade de comunicar via rádio com todos os reservatórios, elevatórias, pontos de macro medição de vazão e pressão, ETAs e ETEs do município. Na eventualidade da falta de energia, o painel é alimentado pela bateria interna. A comunicação se dá por MODBUS RTU, mantendo a compatibilidade com a quase totalidade de CLPs e remotas do mercado.

 

Funcionamento

A CPU do CCO Touch centraliza todas as comunicações e repassa as informações de nível dos reservatórios às suas respectivas elevatórias. Nas telas configuráveis do display é possível visualizar e comandar todas as estações do sistema de distribuição e abastecimento de água do município.

Família CCO Touch

Disponível com IHM de 4,3″, 7″ e 10″, a família de painéis de telemetria CCO Touch constitui a melhor relação custo benefício para iniciar a telemetria de água e esgoto de sua cidade.

  • CCO Touch com IHM 10″
  • CCO Mini Touch com IHM de 7″
  • CCO Micro Touch com IHM de 4,3″

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Introdução

Estamos vivendo no Brasil um momento crítico em termos de abastecimento de água e energia. Resultado de um modelo econômico que incentivou o consumo e não o investimento, estamos próximos do colapso no abastecimento de energia elétrica. De outro lado, fruto de fenômenos climáticos, agravado pela falta de políticas públicas, o país vive a maior crise hídrica da história. Segundo números apresentados em março de 2014 no seminário “Água, Saúde, Enchentes e Escassez” na FIESP, as perdas de água tratada no país totalizam 40%, mais da metade da população não tem coleta de esgoto, apenas 38% do esgoto é tratado e cerca de 36 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água tratada. Da necessidade de economizar água e energia surge a oportunidade para a oferta de soluções tecnológicas e de estratégias que viabilizem o uso mais racional destes recursos. Os SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO se apresentam como recurso indispensável na busca pela melhoria do desempenho operacional, econômico e financeiro das empresas de saneamento, sendo o primeiro instrumento a ser utilizado pelo programa de diminuição de perdas.

O que são sistemas de automação?

Podemos definir a ciência da automação como o conjunto de tecnologias, conhecimentos e equipamentos que permitem operar processos de forma autônoma e dispensando a intervenção humana. A automação combina controladores programáveis, leituras de grandezas digitais e analógicas fornecidas por sensores e o comando de atuadores que executam as ações do processo sendo controlado. Frequentemente, são utilizados computadores para o armazenamento de dados e para apresentar de forma gráfica e intuitiva o processo sendo controlado.

Não é possível falar de sistemas de automação no saneamento sem mencionar as tecnologias de comunicação com as estações, chamadas popularmente de telemetria.  Podemos dizer que no saneamento os sistemas de automação tratam da automatização, monitoração e controle, em tempo real, de reservatórios e elevatórias de água e esgoto, ETAs e ETEs via rádio.

Os sistemas de automação e telemetria de elevatórias, reservatórios e estações de tratamento de água e esgoto são de fundamental importância para a melhoria dos processos de saneamento. Fornecem em tempo real as medições dos parâmetros hidráulicos, mecânicos e elétrico das estações componentes do sistema. A leitura e registro dos históricos de vazões, pressões, níveis, tensões, correntes, fatores de potência e status de bombas e válvulas mantém os processos rastreáveis e permitem agir imediatamente quando anomalias são detectadas. Os sistemas de automação e telemetria de água e esgoto constituem, certamente, a primeira melhoria a ser implantada na busca pela excelência da gestão, pois os dados por esses fornecidos irão auxiliar na implantação e utilização das demais ferramentas de controle e gestão.

O universo da automação é vasto e existem diversas soluções tecnológica para a implementação de sistemas de automação. Neste texto nos limitaremos a discorrer sobre sistemas de automação mencionando apenas os seguintes componentes básicos:

Software supervisório

SAAE MCR - Telas do supervisório

São programas de computador que permitem criar telas gráficas que facilitam a visualização de processos. Também chamados softwares SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition – supervisão, controle e aquisição de dados), estes programas permitem armazenar históricos dos dados, alarmes e eventos coletados pelos CLPs.

Controladores programáveis

Antes dos controladores programáveis (CLPs, CPs ou PLCs como são chamados), os painéis de controle a relé funcionavam bem, até que um relé falhasse. Descobrir o relé e consertar o painel era custoso e demorado. Surgidos na década de 60, os CLPs são equipamentos microprocessados, programáveis, dotados de entradas e saídas analógicas e digitais aos quais podem ser ligados sensores e atuadores.

Sensores

Sensores são os dispositivos eletroeletrônicos que fornecem sinais de entrada para o CLP. Podem ser digitais ou analógicos. Ex.: chaves boia e transmissores de nível.

Atuadores

Atuadores são dispositivos eletroeletrônicos comandados pelos sinais dos pontos de saída do CLP. Podem ser digitais ou analógicos. Ex.: Motores e válvulas controladoras de pressão.

Rádios modem

São equipamentos capazes de transmitir e receber dados no formato serial. Ex.: transmissão de dados entre CLPs e computadores. Podem alcançar dezenas de quilômetros. A faixa de comunicação de 900 MHz é uma das mais utilizadas em telemetria por permitir o uso de equipamentos baixo custo homologados na Anatel e sem custos de licenciamento.

Qual a importância dos sistemas de automação?

Em um município desprovido de sistema de automação e telemetria, é a população que avisa a companhia de água e esgoto quando ocorre uma falha no abastecimento.

  • O sistema de automação e telemetria é necessário para:
  • Garantir o abastecimento da população;
  • Monitorar em tempo real o funcionamento de estações elevatórias, reservatórios, medidores de vazão e demais dispositivos elétricos e hidráulicos do sistema;
  • Armazenar e apresentar dados históricos sobre a qualidade do abastecimento;
  • Alarmar vazamentos, falhas de operação, falhas de equipamentos, intrusões, valores anormais de níveis, pressões e vazões;
  • Prevenir e minimizar perdas;
  • Enfim, garantir a qualidade dos serviços prestados.

Como funcionam os sistemas de automação?

Os sistemas de automação e telemetria do saneamento normalmente são dotados de CCOs e estações remotas.

Como funciona o CCO (Centro de Controle e Operação)?

Dotado de computadores e monitores, o CCO permite que a equipe de operação supervisione e controle o funcionamento de todo o sistema de abastecimento de água do município.

Telemetria de água e esgoto

Do centro de operações é possível comandar de forma automática e manual o funcionamento de elevatórias, reservatórios, boosters, válvulas, comportas, macro medidores de vazão e qualquer outro dispositivo eletromecânico. Toda a comunicação se dá via rádio.

Como funciona a automação das estações?

Painéis de automação e telemetria, constituídos de quadros elétricos dotados de CLP, rádio modem, fonte de alimentação com bateria e interfaces analógicas e digitais são instalados nos reservatórios, elevatórias de água e esgoto, pontos de macromedição, válvulas atuadoras e VRPs, ETAs e ETEs. Rádios modem livres de licença de utilização junto a Anatel estabelecem a comunicação entre o CCO e as estações.

CLPs fabricados no Brasil, programados em LADDER e comunicando em protocolo MODBUS RTU, controlam a monitoram a estação.

Como especificar um sistema de automação?

O primeiro passo é o levantamento de campo, quando são coletadas as informações sobre os pontos de interesse, a saber: reservatórios, elevatórias de água e esgoto, boosters, pontos e macromedição, VRPs, ETAs, ETEs, e qualquer outra instalação que se deseje monitorar e controlar. O resultado deste levantamento é uma lista de informações contendo:

  • Descrição da instalação com a lista de instrumentos, parâmetros hidráulicos e elétricos, volumes, pressões, níveis, potências, etc.;
  • Foto das instalações com estimativas de altura das edificações e reservatórios;
  • Coordenadas geográficas de cada ponto, preferencialmente em graus, minutos e segundos.

Com base nas informações enviadas, o fornecedor do sistema de automação cria um anteprojeto descrevendo em detalhes a tecnologia que será fornecida para automatizar, monitorar e controlar as instalações de saneamento do município. Os gestores da empresa de saneamento recebe então um manual de anteprojeto e uma planilha orçamentária contendo os valores de investimento para cada ponto de automação.

Onde podem ser aplicados?

Os sistemas de automação e telemetria do saneamento podem ser aplicados em qualquer município que possua captação, tratamento e distribuição de água e/ou coleta e tratamento de esgoto. Os sistemas de automação são customizáveis de acordo com o município, população, distâncias, relevo e número de estações. É comum encontrar condomínios particulares dotados de sistemas de automação para o controle da água e esgoto.

Como o sistema de automação pode reduzir os custos dos processos?

Na busca pela excelência da gestão das empresas de saneamento, o combate às perdas é a primeira e mais fundamental ação a ser desenvolvida. Os sistemas de automação são a primeira ferramenta de controle de perdas a ser implantada. A perda total em um sistema de abastecimento de água é a diferença entre o que foi produzido e o que foi registrado nos hidrômetros e faturado aos consumidores. As perdas podem ser reais ou aparentes. O principal causador de perdas aparentes é a imprecisão na medição dos hidrômetros e pode ser combatido com a troca periódica dos dispositivos. As ligações clandestinas, conhecidas como “gatos”, também contribuem para a contabilização de perdas aparentes e devem ser combatidas. A principal causa de perdas reais são os vazamentos em tubulações. Diversas técnicas são aplicadas para a diminuição de perdas por vazamentos, entre elas o controle da pressão pela utilização de VRPs – Válvulas Reguladoras de Pressão – que evitam que pressões excessivas causem as rupturas em tubulações. A setorização da distribuição, separando a rede em setores, utilizando macro medidores de vazão individuais para cada setor, e correlacionando o somatório das medições dos hidrômetros de cada setor com o valor registrado no macro medidor, permite estabelecer uma medida de perdas por setor do município, auxiliando a priorização da busca de vazamentos nos setores que estão apresentando as maiores perdas. Geofones e correlacionadores de ruídos estão entre os equipamentos utilizados na localização de vazamentos. Há níveis econômicos de perdas que valem a pena buscar. A partir de certos percentuais de perdas os custos inviabilizam a busca pela melhoria.

No aspecto eficiência hidro energética, o consumo de energia elétrica é a principal preocupação. Medidas simples como a contratação de energia em regime de tarifa horo-sazonal, na qual existe um limite de consumo no horário de ponta, permite economias de até 30% na conta de eletricidade. O horário de ponta está normalmente compreendido entre 18h00 e 21h00. Para que o sistema possa manter o consumo abaixo do limite contratado durante o horário de ponta é necessário que os reservatórios sejam dimensionados para manter o abastecimento da região sem ter de ser alimentados pelas estações elevatórias correspondentes. SITEMAS DE AUTOMAÇÃO empregando técnicas de telemetria, são necessários para o correto funcionamento da distribuição de água do município nos horários de ponta. Outro aspecto relevante para a diminuição do consumo de energia é o correto dimensionamento das bombas e motores das estações elevatórias, tanto de água bruta, tratada e de esgoto. Bombas de alto rendimento, motores de alto rendimento e sistemas de acionamento adequados, empregando soft-starters ou inversores – reguladores de velocidade – permitem reduções na ordem de 20% a 30% no consumo de energia elétrica. Por fim, ainda relacionado ao consumo de energia elétrica, fica evidente que a diminuição das perdas de água resulta em redução direta no consumo de energia. Vale lembra que a energia elétrica é o insumo mais relevante nos processos de água e esgoto.

A modelagem hidráulica pode contribuir fortemente no aumento da eficiência dos processos de água e esgoto. Normalmente, a operação em grande parte das empresas de saneamento é baseada na experiência dos operadores. A modelagem hidráulica fornece um modelo hidráulico do sistema que permite planejar ampliações e otimizar as redes de coleta e distribuição de água e esgoto. Utilizando-se softwares como o EPANET, disponível para download gratuito em www.epa.gov, pode-se modelar o sistema hidráulico de um município. O programa utiliza dados sobre a infraestrutura da rede, demandas de água e características operacionais. Executa modelagens matemáticas e prediz vazões em tubulações, pressões da rede, níveis de reservatórios, posições de válvulas e status de bombas. Comparando valores calculados com valores medidos podemos estabelecer indicadores de conformidade que auxiliam na detecção e correção de problemas. A modelagem hidráulica é, portanto, uma técnica que auxilia na busca pela melhoria do desempenho e serve de subsídio para o projeto dos SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO.

Obsolescência e renovação dos sistemas de automação

A demanda por SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO DE ÁGUA E ESGOTO é crescente e se renova periodicamente. Um sistema de controle e automação de estações de água e esgoto dura, em média, cerca de 15 anos, que é o tempo em que novas tecnologias substituem as obsoletas e a vida útil dos equipamentos é atingida. Sistemas que não forem renovados após este tempo de utilização apresentam índices de falhas que geram custos e prejuízos.

Cenário presente e futuro desse segmento

Vivemos um ciclo econômico de aumento da inflação e das taxas de juros, gerando aumento do custo financeiro. O câmbio mudou de patamar e o enfraquecimento da moeda resultou no aumento do preço dos importados, gerando oportunidades para tecnologias com maior índice de nacionalização.

O baixo crescimento do PIB possivelmente levará o governo a canalizar mais recursos para investimentos em produção, saúde e infraestrutura, na busca pela retomada do crescimento, assim que o cenário econômico tiver estabilizado.

A preocupação com a responsabilidade fiscal e o aumento da fiscalização por parte dos tribunais de contas irá criar oportunidades para as empresas que não utilizam de corrupção.

A aplicação das leis de proteção ambiental resulta em oportunidades geradas pelos incentivos canalizados pelas empresas estaduais regulatórias para investimentos em programas de proteção ambiental e combate ao desperdício de recursos.

O crescimento populacional, a escassez de água, o aumento da demanda de energia, intensificada por uma possível retomada do crescimento econômico, são fatores que apontam para a necessidade urgente de buscar práticas sustentáveis que possam garantir que os recursos que nos sustentam hoje não faltem amanhã.

Acredita-se que o cenário atual e futuro resultará no aumento da destinação de verbas para saneamento, gerando oportunidades para a intensificação de obras de ampliação e de aumento de eficiência de operação das empresas de saneamento municipais, estaduais e privadas, um cenário promissor para os SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO.

 Alfacomp Automação Industrial Ltda.

No mercado desde 1992, a Alfacomp fabrica produtos e equipamentos de telemetria que viabilizam sistemas SCADA de Telesupervisão e Telecomando. Nossos rádios modem e unidades remotas de telemetria auxiliam empresas de saneamento e energia na melhoria da rastreabilidade, controle de qualidade, eficiência energética e controle de perdas. Aliados a CLPs de mercado e operando em protocolos abertos, nossos produtos compõem soluções de alto desempenho e baixo custo.

Lista de abreviaturas e siglas

CCO – Centro de Controle e Operação

CLP – Controlador Lógico Programável

ETA – Estação de Tratamento de Água

ETE – Estação de Tratamento de Esgoto

LADDER – Linguagem de programação de CLPs

MODBUS – Protocolo de comunicação de dados para automação industrial

SCADA – Supervisory Control and Data Acquisition

PIB – Produto Interno Bruto

PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica

RTU – Remote Telemetry Unit

VRP – Válvula Reguladora de Pressão

Eduardo Grachten – Engenheiro Eletricista
Alfacomp Automação Industrial Ltda. – http://www.alfacomp.net

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